segunda-feira, 4 de junho de 2007

Um aviso para o futuro

Numa altura em que, como no tempo de António Guterres, se apregoa a sustentabilidade da Segurança Social, é importante não deixar passar sem tomar atenção, apesar de todos os assuntos que lhe passam à frente, o apelo do Presidente da República para que hajam políticas de natalidade. O envelhecimento da população é uma questão bastante abordada, mas com impactos futuros muito pouco quantificados. Alguns aspectos parecem-me evidentes, o envelheciemento da população não é só um problema para a segurança social. Este desafio do envelhecimento pode mesmo ser uma ameaça para o crescimento económico.
A população activa tem de crescer a um ritmo maior do que o crescimento da população total, só assim se pode assegurar o sistema redistributivo efectuado pela segurança social. Também só assim se pode evitar que o envelhecimento da população sobrecarregue o serviço nacional de saúde, obrigando ao aumento das taxas de impostos para cobrir os custos acrescidos de um país envelhecido, prejudicando desta forma a competitividade e o crescimento económico do país. O aumento do número de nascimentos poderia também ajudar a contrariar a actual tendência de encerramento de escolas e de maternindades.
Estarreja poderia ser dos primeiros concelhos no nosso país a decidir ter políticas activas de natalidade, estudando a realidade local e incentivando os jovens a fixarem-se aqui para constituir família. Apesar de não estar muito estudado o fenómeno do envelhecimento, outros estão. Tais como os jovens gastarem mais do que idosos em bens de consumo, também são os jovens que dinamizam os mercados de habitação, procurando casas e obrigando a que o mercado de construção a funcionar.

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