quarta-feira, 13 de junho de 2007

Sobre as urgências (mais uma vez)

Estive a esmiuçar os detalhes da proposta de requalificação do serviço de urgência de Chaves, depois da conversa que é apresentada em todas as propostas, de 90,1% da população portuguesa estar a menos de 30 minutos de um serviço de urgência e 99,4% a menos de 60 minutos (segundo o ministro isto vai diminuir as assimetrias regionais), a urgência de Chaves ficará aberta a curto prazo, enquanto não se realizam obras de acessibilidade ao Hospital de Vila Real. Após este período encerram as urgências.
As contrapartidas oferecidas são:
1.º, centros de saúde a funcionar das 08:00 às 22:00, com "consultas abertas" para casos agudos não programáveis nos dias úteis e das 09:00 às 15:00 aos fins de semana e feriados.
2.º, ambulâncias e um helicópetero para o INEM bem como os necessários recursos humanos para o seu funcionamento. Isto de forma a garantir assistência médica a toda a população de Trás-os-Montes 24 horas por dia.
Os pontos interessantes da proposta do governo:
- No hospital de Chaves das 00:00 às 08:00 a média de casos atendidos é de 13 pessoas por dia, daqui só posso depreender que das 22:00 às 00:00 ninguém vai às urgências de Chaves (facto curioso este)
- Será que a proposta para Estarreja passa pela instalação de um helicópetero? Para garantir a assistência médica a toda a população 24 horas por dia, ou os Cidadãos de São Jacinto não contam?
- Os helicópteros custam muito dinheiro(no mínimo milhões de euros), bem como as infraestruturas para os ter, os pilotos também, a manutenção igualmente. A maior parte do dia estas pessoas e equipamento não terão nada que fazer, talvez mesmo muitos dias sem qualquer utilidade. A urgência do HVS segundo a contabilidade analítica do SNS custa cerca de 1,7 milhões de euros.

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