segunda-feira, 23 de março de 2009

O país irreal?

Noite de Sábado, o Benfica e o Sporting jogam a final da Taça da Liga. O jogo de futebol decorre num Estádio do Algarve que não tem as mínimas condições para jogar futebol (para evitar culpar só os jogadores pelo mau jogo). Já antes, um responsável pelo Estádio do Algarve, durante a semana mencionava que não se vendiam bilhetes no estádio porque não haviam funcionários disponíveis para isso (sem comentários...).
Depois, o árbitro do jogo decide mudar o rumo do jogo, prefiro acreditar que o árbitro e os assistentes andam a frequentar casas de apostas e apenas "roubam" para o lado que mais os favorece, marcando um penálti para o Benfica.
A parte irreal de tudo isto, são os sucessivos capítulos que vão saindo com o passar do tempo. Foi um árbitro assistente que assinalou o penálti. O árbitro assistente na metade do campo onde decorria a jogada não foi porque existem demasiadas testemunhas que dizem o contrário. Então surge um árbitro assistente que quase em Loulé consegue ver o penálti cometido pelo defesa do Sporting (fica a explicação).
Entretanto o árbitro do encontro não viu o treinador da equipa do Sporting a dizer-lhe que estava a roubar, não viu ninguém chamar-lhe ladrão nas 24 horas que se seguiram, não teve a percepção do gesto do defesa do Sporting quando o expulsou e o seu árbitro assistente apenas acha que roubo é uma palavra muito forte.
Três pessoas que não são profissionais do futebol, isto para eles é um part time, vexados em público, humilhados mesmo, não se demitem? Não pedem penas exemplares para quem os tenta denegrir?
Pela parte que me toca, nem mais um jogo vou ver, até ao final da época de futebol (com a excepção dos jogos internacionais).

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Alberto João Jardim

Um pequeno artigo na página do Expresso deixa antever que na Madeira apenas há lugar para entrada de jogadores de futebol durante o ano de 2009. Interessante...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A solução para as famílias endividadas

A Caixa Geral de Depósitos encontrou a forma de combater o endividamento das famílias portuguesas. Ao que parece, na impossibilidade de pagar um crédito, é possível vender um activo ao Banco 25% acima do seu valor de mercado, com opção de recompra durante três anos, salvaguardando assim as famílias em apuros. A medida foi implementada com sucesso com o empresário Manuel Fino, também conhecido pelas suas desventuras como accionista do BCP. A partir de hoje, qualquer cliente da Caixa pode dirigir-se ao balcão, vender ao banco a sua casa 25% acima do valor de mercado com a possibilidade de a recomprar durante os três anos seguintes. Já há algum tempo que não via negócio tão vantajoso para o cliente, sem risco algum.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Diário de Aveiro

O Diário de Aveiro, diário de referência para acontecimentos na região conseguiu passar completamente ao lado do debate organizado na Universidade de Aveiro acerca do tema da crise global. Lamentável.

Qualificação???

Há para aí uma agência chamada AICEP, que tem como objectivo a promoção do investimento em Portugal. Suponho que está agência está, correctamente, sob a alçada do Ministério da Economia. A AICEP descreve a mão-de-obra portuguesa como sendo "Competitiva, qualificada e flexível", apresentado na sua página para o efeito vários gráficos, nenhum referente ao nível de qualificação dos portugueses, apenas ao relativo baixo custo da mão-de-obra e à evolução contida dos custos do trabalho ao longo do tempo. A minha segunda suposição vai para o facto de nas estatísticas da OCDE, de acesso gratuito e universal, Portugal não ter mais do que 27,5 % da população com idade compreendida entre os 25 e os 64 anos com o 12.º ano completo ou superior.
Talvez o programa novas oportunidades seja demasiado exigente, talvez algo mais simples como o simples facto de preencher o nome correctamente fosse motivo para a atribuição da escolaridade obrigatória a qualquer pessoa.

Investimento

Há uma série de temas interessantes para discutir durante a próxima campanha eleitoral, entre eles a economia local. Para evitar questões demagógicas, existem indicadores relativamente precisos que podem ser debatidos, com factos, sem insinuações vagas e sem explicações ambíguas.
O investimento é um dos principais indicadores do desenvolvimento regional. Mais precisamente o investimento em capital físico (máquinas, equipamentos e edifícios). A lógica é de que quanto maior for o capital físico disponível no concelho, maior será a produtividade dos trabalhadores ou maior será a capacidade produtiva da região. Há aqui um pressuposto muito simples na comparação entre concelhos, que já não torna tão fácil a mesma comparação entre nações. O clima económico é semelhante para todos os concelhos, a estabilidade macroeconómica afecta todos os concelhos e a disponibilidade de financiamento é semelhante. Eu já ficava satisfeito se fosse apresentado um indicador que medisse o valor do investimento em relação ao produto do concelho e que essa análise fosse cruzada com os concelhos vizinhos.


domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ops

Parece que uns técnicos da SimRia foram a Canelas dar tiros nos pés dos seus superiores (aqui e aqui).

Na impossibilidade de maiores comentários, cá fica a minha recomendação de fim-de-semana (aqui). Cinco estrelas. Qualquer semelhança com a realidade é pura ilusão.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Visão macroeconómica de um país

Terminado que está o primeiro mês do ano de 2009, é possível verificar que a crise financeira, que já é muito mais do que a crise do "subprime", passou para a economia "real". Surgem as primeiras notícias de que as empresas não conseguem nem de perto todo o financiamento que desejam, sendo que aquelas que o conseguem enfrentam spreads altíssimos quando comparado com os seus níveis históricos.
Do lado da banca, existe um congelar quase completo no mercado de empréstimos interbancário, salvando-se os empréstimos com garantias soberanas, daí o tiro certeiro do Dr. Ricardo Salgado na grande entrevista, na RTP 1, levantando a questão de que a garantia dada pelo Estado português era insuficiente para colmatar as necessidades do sector. O que se entende por estes dias, é que o conjunto de bancos que fixam a taxa denominada Euribor não passará de um cartel, de senhores bem vestidos, que andam para ali a manipular o mercado. Não existe mercado interbancário mas, perante as ameaças de Banco Central Europeu e de governos da Zona Euro, lá veio a taxa descendo, ainda que os sinais do mercado levariam a que a mesma subisse. Se isto não é um cartel, não sei o que será um.
Todas as medidas tomadas até ao momento parecem desagravar os efeitos da crise mas o custo futuro não será leve, também não evitaram a perda de confiança dos consumidores, que por sua vez está a levar a uma desaceleração brusca da produção nos países mais desenvolvidos. Aparentemente o primeiro ano da crise (2008) foi o melhor. Neste momento, governos e Bancos Centrais estão a ficar sem meios para contrariar a crise, apesar da rápida resposta dada até ao momento.