quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Salário mínimo

O governo, ao estabelecer o aumento no salário mínimo nacional bem acima dos números esperados para a inflação, está a dar um pouco de folga às pessoas que estão no fundo da pirâmide. Estas pessoas podem ter um ano de 2008 um pouco melhor, devido ao aumento agora anunciado. Olhando para 2008, é esperado que o preço do leite continue a aumentar, o trigo, seguirá o mesmo padrão, gás, electricidade, tudo bens que representarão uma grande parte do cabaz das pessoas que têm como retribuição mensal este valor.
Um boa notícia antes do final do ano.

domingo, 16 de dezembro de 2007

À antenção do Ministro Manuel Pinho

A comissão europeia tem um novo instrumento de apoio aos cidadãos dos Estados membros que perdem o seu emprego devido a deslocalizações. O Globalization Fund, foi criado em 2005 mas apenas entrou em funcionamento em 2007 e foi criado pela comissão para convencer os cidadãos das vantagens da globalização.
As empresas que requalifiquem trabalhadores redundantes, recebem assim um subsídio pela minimização dos efeitos de deslocalização de postos de trabalho. As empresas francesas da indústria automóvel já apanham uma fatia destes subsídios (€ 2,56 milhões para a Peugeot Citroen e 1,26 milhões para a Renault).
O governo de Malta também recebeu cerca de 680 mil euros pelo encerramento de duas empresas têxteis. Talvez seja uma boa oportunidade para apoiar a nossa industria têxtil ou a do mobiliário por exemplo.
Poderíamos chegar ao extremo de tentar usar este apoio para a requalificação dos excedentários da função pública.

Disparates

O presidente da Câmara de Ílhavo, Ribau Esteves, anunciou, anteontem à noite, na Assembleia Municipal, que pode estar a caminho um investimento de 800 milhões de euros, susceptível de criar cerca de 3 000 postos de trabalho directos no município. O autarca disse que o assunto foi discutido, nesse dia, com o ministro da Economia, mas escusou-se a adiantar pormenores. "São negociações que não devem ser tornadas públicas antes do tempo", justificou.

Notícia completa no JN.

Infelizmente para o Ribau Esteves o recente apoio ao Luís Filipe Menezes deu-lhe uma projecção que tornam os seus disparates mais notados. Se o Sr. Ribau acha que estas negociações não devem ser tornadas públicas antes do tempo, porque é que tomou a iniciativa de as tornar públicas antes do tempo?

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Incrível!

Mais do que um normal artigo de opinião, esta narrativa de Rui Moreira, a ser verdadeira, é um autêntico escândalo. Sem comentários...
A ler no Público.

domingo, 25 de novembro de 2007

Uma mente brilhante

Quando começamos a suspeitar das capacidades de Ben Bernanke de controlar os problemas deixados pelo seu antecessor, eis que ele mostra todo o brilhantismo, coisa que sempre me pareceu ter. Isto apesar de a comunicação social não perceber estes movimentos da economia americana, reclamar a cabeça do homem por deixar o dólar afundar.
Os Estados Unidos atingiram o limite do mercado imobiliário através de uma poupança negativa do sector privado nos últimos anos, ao mesmo tempo o saldo das relações com o exterior tem aumentado e o deficit não tem parado de crescer. Se a questão da poupança líquida não for invertida a crise é certa. É a lógica bastante simples que diz que se continuasse tudo inalterado, o deficit dos E.U.A. facilmente chegaria a números acima dos 7%, a dívida externa dispararia para valores muito superiores a 100% do PIB.
Como Bernanke tenta manter o crescimento a níveis que não afectem os números do emprego (os E.U.A. necessitam de crescer acima de 3% ao ano), precisava de estimular as exportações das empresas americanas, pressionar o consumo interno a baixar, a solução que poderá salvar a economia americana está a acontecer. O dólar está a perder valor, o que poderá permitir manter o crescimento a níveis sustentáveis, diminuir o deficit do saldo orçamental e diminuir o desnível da balança de transacções. Claro que ainda há a questão do preço de petróleo nos mercados a níveis demasiado altos mas para já, Bernanke mereceria a nota mais alta do professor Marcelo, se ele fizesse ideia do que está a acontecer.

sábado, 24 de novembro de 2007

O que o ministro nunca diz

O ministro Teixeira dos Santos diz que vai ter tolerância zero contra a fraude e a evasão fiscal.
"se não houvesse incumprimento por parte daqueles que se evadem e procuram defraudar o fisco, os contribuintes cumpridores poderiam pagar quase menos 38 por cento de IRS ou menos 25 por cento de IVA”

Nunca ouvimos um ministro pedir desculpa, aos que pagam impostos, por simplesmente haver fuga fiscal. Pedir desculpa a um contribuinte perseguído, mesmo quando acaba por ter razão (mas primeiro paga, depois fica responsável por efectuar a prova). O primeiro ministro nunca pediu desculpa por não ter cumprido a promessa eleitoral de não aumentar impostos. Por prometer que não haveria portagens nas SCUT. E não pedirá se não houver mais emprego - coisa que estrategicamente prometeu. Nunca pediu desculpa por nomear (ainda que diga que não foi ele que o fez) um ex professor, que depois de uma saída em desgraça da Estradas de Portugal, voltou para gastar o dinheiro dos tipos que pagam impostos a contratar uma funcionária brasileira, de um restaurante de centro comercial, para um posto de chefia na administração pública sem concurso...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Publicidade e a confiança das empresas

Este ano, apesar de não parecer, a publicidade nos meios de comunicação (TV, rádio, cinema, imprensa e outdoor) tem sido inferior ao ano passado. A explicação é bastante simples, as empresas de telecomunicações decidiram (pelo menos até ao momento) não gastar tanto em publicidade. Sendo assim, a Vodafone, a TMN e PT decidiram não fazer a luta sem sentido e sem resultados do ano passado (só estas 3 representaram mais de 10% do mercado).
Parece-me um sinal claro de falta de confiança na economia, as empresas não gastam o dinheiro porque não esperam resultados, apenas as cadeias de distribuição apostam forte nesta altura, ainda assim anunciando descontos agressivos na época em que deveriam garantir as melhores receitas do ano em alguns departamentos. Quem tem acções de empresas cotadas (Impresa e companhia...) devia aproveitar a época natalícia para reflectir se quer esperar até saber dos resultados do 4.º trimestre deste ano.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Leitura obrigatória

Este post no Efervescente (aqui).

Um natal mais ecológico

Os lojistas independentes, de maior ou menor dimensão, são uma fatia significativa de todos os negócios do país. No próximo natal, com o objectivo de evitar longas filas de trânsito nos acessos aos centros comerciais, causando poluição desnecessária, ao mesmo tempo ajudando o comércio tradicional, compre nas lojas de rua. Ao mesmo tempo que protege o comércio tradicional, no longo prazo mantêm empregos a nível local e estimula a que os negócios locais aumentem a gama de ofertas. As pequenas e médias empresas são responsáveis pela maioria do emprego em Portugal, não são as grandes empresas.

Não tenho qualquer tipo de negócio deste tipo (directa ou indirectamente).

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O Orçamento de Estado

Apesar de não ter dado muita atenção ao Orçamento de Estado para o ano de 2008, cada vez mais me parece que a qualidade da discussão é menor. Além de o debate se centrar em questões que nada importam para o orçamento de 2008, não são abordados temas fundamentais como a questão do emprego, a grande aposta de um governo que pensava que a economia conseguiria recuperar sozinha e sem grande esforço (e para testar a capacidade do país crescer, num cenário macroeconómico bastante desfavorável ainda aumentaram os impostos), pelas estimativas do ministro Teixeira dos Santos ainda não é em 2008 que a promessa dos empregos é cumprida.
A produtividade, aquela coisa que é o que fará os salários reais crescer no médio prazo, quem é que abordou essa questão? O que é que vai acontecer à produtividade em 2008?
Qual é o comportamento esperado para o investimento das empresas? A balança de transacções correntes do país vai mover-se em que sentido (o seu saldo)? As existências como vão variar? O governo continua à espera que o português médio continue a endividar-se e o consumo aumente?
Tantas questões que ficam sem resposta que é quase inútil a discussão no parlamento.
A função pública era um bom tema de análise, não no próximo ano mas daqui a 5.
Por último a questão do petróleo, quando é que vai haver um governo que pense que os combustíveis não são uma fonte de receita inesgotável, que uma grande parte dos custos de algumas empresas (e não são poucas), são os combustíveis?

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Bioria

Parece certo que apenas uma de duas situações aconteceu nos campos de Canelas/Salreu, ou a mão criminosa de quem na falta de melhor programa para passar os seus dias, encontrou na destruição pelo fogo um passatempo, ou a negligência acumulada com a cobardia de algum Chico-Esperto que ao ver o resultado da sua queimada fugiu para não ser responsabilizado pelos danos causados.
Os acessos ao local eram difíceis, o que não é estranho para quem já andou por aqueles lados, o que me faz pensar onde andam os meios aéreos permanentes de que António Costa tanto se vangloriava. 4 aviões pesados, 6 helicópteros médios e 4 helicópteros ligeiros, em pleno mês de Novembro nenhum estava disponível, ou então não existem.
Para quem quiser uma boa cobertura fotográfica da tragédia é altamente recomendada a visita ao blogue 7 meses.

domingo, 4 de novembro de 2007

2300 idiotas, ou não?

Não. Na verdade não são 2300 idiotas, são apenas os que estão no fundo da pirâmide. No expresso deste fim-de-semana surge mais um estúpido jogo de pirâmide, onde nada se vende, apenas ilusões, que se dá pelo nome de AGEL. É estúpido mas resulta, sendo que os enganados normalmente são pessoas mais susceptíveis a um logro deste género.
Peço desculpa a quem possivelmente possa ler as palavras que vou escrever a seguir:
- Se entra neste esquema, ou algo do género, ou é um grande idiota ou então é um aldrabão que não passa de um verme.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Energia

O primeiro-Ministro José Sócrates falava hoje de utilização de energia. Há uma parte interessante do discurso para o qual gostaria de chamar a atenção. Portugal é um país que não tem petróleo. Perfeitamente aceite que qualquer petróleo será importado, ainda que possa ser explorado por alguma empresa portuguesa. O que o primeiro-ministro não sabe, alguém se esqueceu de lhe explicar esse detalhe, é que Portugal é um país que na área da refinação tem um superavit na produção de gasolina e na produção de gasóleo tem um deficit. Embora isto não seja um facto secreto na economia portuguesa, os sucessivos governos têm incentivado a utilização de gasóleo, aumentando ainda mais a dependência do exterior, aumentando as importações. Para quem quer diminuir o desequilíbrio da balança de transacções correntes esta estratégia não parece muito correcta...

Estudos...

Aparentemente não sou o único a achar que se estuda demasiados projectos em Portugal. Pelo menos quando o Investimento vai caindo.
Notícia do SOL (aqui).

domingo, 28 de outubro de 2007

Coincidências

Espero que alguém não durma descansado esta noite. O bombeiro que acabou no hospital não passará uma noite tranquila certamente.

Estudos de que necessitamos

Como acontece cada vez que se muda de governo, não sendo este a excepção, há uma quantidade de estudos que é necessário encomendar. Segundo o Semanário Expresso, na sua edição deste fim-de-semana, o ano de 2008 vai ser dedicado a um desses estudos. Ernâni Lopes, economista mais virado para a esquerda, vai efectuar o referido estudo com o objectivo de formar um hipercluster do mar.
Não sendo eu contrário a esta ideia de reforçar a competitividade de muitos sectores ligados ao mar, a coisa parece-me estranha. Encomendar um estudo que na melhor das hipóteses será entregue em 2009, ano de eleições, parece-me mais uma daquelas coisas que acabarão numa gaveta.
Entretanto a empresa de Ernâni Lopes passará um ano ocupada com estudos de casos de sucesso ligados ao mar noutros países, a entrevistar pessoas envolvidas nesses projectos e a elaborar um conjunto de medidas que não passarão de cópias do que outros fizeram. Não é importante, se acaba numa gaveta ninguém vai criticar nada.
Como não gosto particularmente das ideias do Sr. Ernâni Lopes, que já quis fazer de Portugal o país de turismo e habitação da terceira idade dos países europeus (mais uma vez não gosto da ideia de acabar a servir cafés a estrangeiros, lamento imenso por isso) agora parece estar no bom caminho, será que será para concretizar?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Quem tem medo de José?

Se algumas publicações regionais tivessem, ao melhor estilo de semanários e jornais desportivos, uma coluna de altos e baixos, José Eduardo Matos estaria na parte mais alta da tabela, pelas notícias recentes (Excepto o jornal de Oliveira de Azeméis). O que é estranho, é ver a oposição, que não vê nele um grande presidente de câmara a desejar que ele tome outro rumo na sua vida, que alargue os seus horizontes políticos e isto é um pouco estranho, se ele é o incompetente personificado, não é o candidato ideal para combater numa eleição?
Aparentemente não será assim tão incompetente e assusta possíveis candidatos À C.M.E., que prefeririam que ele fosse embora, dando lugar a um candidato que não pudesse reclamar nada do que foi feito nos últimos anos (não estou a dizer se é muito ou pouco), aumentando as possibilidades de êxito na próxima eleição.
É que, de qualquer maneira, com ele já sabem o que aí vem, com outro candidato é sempre uma incógnita...

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Devassidão

Apesar do exagero no esboço do banqueiro dentro de um fato de 4000 € efectuado por Joe Berardo, a verdade é que Jardim Gonçalves devia ter optado pela mesma solução que o seu filho e respectivos sócios. Mantinha-se calado e lamentava em silêncio a descoberta do lodo com que este tipo de pessoas íntegras pautam a sua vida, em vez disso preferiu dizer que não tinha conhecimento de nada.
Está-se mesmo a ver o departamento de controlo de crédito do BCP, a deixar passar uma dívida de dezenas de milhões de euros e ninguém de topo perguntava nada.
E o que se deve estar a ver agora é uma autêntica caça ao homem dentro do BCP, com o objectivo de descobrir quem ventilou a informação, pessoa essa que Jardim Gonçalves faz questão de que nunca mais consiga trabalho nem como arrumador de carros.
Agora parece que há um testa-de-ferro que compra acções com crédito concedido pelo banco, não pagando as respectivas dívidas. Talvez haja umas centenas ou mesmo milhares de pessoas em condição idêntica. Serão perdoados?

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

I'm back.

Há semanas em que mais valia não sair de casa. Esta foi uma delas. Tudo por causa de um computador que, apesar de novo, decidiu deixar de funcionar.O que não seria muito problemático caso não houvesse quase uns mil quilómetros entre mim e este belo distrito.
Apesar de dias de trabalho de 16 horas e de descobrir que o porteiro da noite ganha mais do que eu (gratificações não incluídas na comparação) regressei. Ele também não queria trocar de lugar comigo. Era um tipo porreiro.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Sobre a piscina

A primeira coisa que me parece interessante referir é que a nova piscina municipal de Estarreja é construída com o objectivo de servir as pessoas que moram em Estarreja, não me parece que haja qualquer critério de articulação entre as duas piscinas do município e o objectivo de maximizar o alcance das mesmas.
Em segundo lugar, este projecto da piscina municipal já é estudado há alguns anos, sendo assim, poderia ter-se chegado a uma parceria com o município de Albergaria para construção de uma estrutura partilhada, partilhando os custos e maximizando o número de utilizadores.
Em terceiro lugar, o estudo baseou-se em 50 000 utilizadores, não em 90 000 como refere o José Matos, o que não é explicado é qual é a expectativa de aumento no número de utilizadores com os novos equipamentos acrescentados, ou se pretendem simplesmente acrescentar serviços para os utilizadores actuais.
O PS faz duas acusações bastante sérias ao projecto, a primeira é que a CME pretende apressar a obra (com os custos que isso terá), com objectivos eleitoralistas, em segundo lugar acusa a CME de relações pouco claras com uma empresa (não referida).

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Uma coerência intrigante

Descobri hoje, no "Primeiro de Janeiro", que a responsabilidade das más condições em que se encontra o rio Antuã é da CCDR-C. O que demonstra uma coerência de actuação que não pode ser questionada por ninguém. Ao contrário de outras situações em que com o tempo a coisa vai desaparecendo da vista (passando a arquivo), neste caso a situação fica pior com o passar do tempo.
Agora, é de esperar que uma obra que já deveria ter acontecido muitos meses antes, esteja pronta no primeiro trimestre de 2008. Talvez o problema seja do custo da empreitada, cerca de 100 mil euros, que nem são pagos na totalidade logo após o final da obra, que atrasaram a obra este tempo todo. O que me deixa a pensar quanto ganharão as pessoas responsáveis da CCDR-C? Comparando esse valor com o custo desta obra talvez não seja assim tão cara em termos relativos.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Oposição em Estarreja

A oposição à actuação do executivo da Câmara Municipal de Estarreja sofreu um pequeno golpe, para quem se lembra da questão das contas apresentadas pela coligação PSD/PP.
A aprovação de apoios do FEDER e um outro apoio que não é muito claro na notícia que li no Diário de Aveiro, anula alguns dos argumentos quanto ao investimento e, penso que parte da oposição se fez também pela perda de apoios comunitários. Se se juntar a isto alguns anúncios de novas empresas e esquecendo promessas de tecnologias de ponta do Ministro Manuel Pinho a coisa pode rebentar na cara da oposição nos próximos tempos.

Não foi por minha causa

Não foi por eu ter falado na situação em que se encontrava o Antuã mas no site da C.M.E. pode ler-se uma notícia relacionada com a intervenção.


"O conjunto de intervenções prevê a reparação das margens e do leito nos locais onde existem estragos, a regularização do leito incluindo o seu desassoreamento aumentando a sua secção de vazão e, consequentemente, diminuindo o risco de cheias, a remoção de plantas infestantes, reabilitação de infra-estruturas hidráulicas existentes e também a execução de novas infra-estruturas hidráulicas."



O resto da notícia no sítio da C.M.E.

Pelo fim da caça


Com um pouco de falta de tempo nos tempos que correm mas deixo aqui as ligações para duas boas leituras sobre o assunto.

Notícias d'Aldeia: Aqui.

Vela Latina: Aqui.

Peço imensa desculpa pelo roubo da imagem mas até combina com o blogue em geral.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Coincidência ou talvez não

Augusto Santos Silva queria controlar a comunicação social. Hoje deu o primeiro passo para conseguir o objectivo a que se propôs ao conseguir que o Telejornal achasse mais importante um par de reportagens sem grande interesse, passando um pouco ao lado dos protestos dos agentes policiais.
É assim o admirável mundo novo do Ministro dos Assuntos Parlamentares e responsável pelo controlo da comunicação social.

Para mais tarde recordar

Para que não apareça alguém mais tarde, com o mesmo papel ridículo que representou ontem o Presidente da Câmara Municipal de Loures, era interessante que a entidade responsável pela manutenção do rio Antuã tomasse algumas medidas.
É melhor não esperarem sentados com esperança que não chova muito este ano, provavelmente saberão melhor do que eu as condições em que estão as coisas por lá...

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Mais um aumento. Pequeno.

A provar que o equilíbrio das contas públicas se faz pelo aumento das receitas, seja de privatizações, alienação de património do Estado ou por simples aumento de impostos a verdade é que ninguém pára a despesa, nesse caso aumenta-se impostos.
O ISP aumenta € 0,025 em 2008, já não basta o alto preço do petroleo, que por sua vez aumenta o preço por litro de gasolina, provocando aumentos significativos de ISP e de IVA, ainda não chega. Na verdade nunca chega.
Uma pessoa vai adiando a emigração mas não devem receber muito mais declarações de IRS minhas. Parasitas não. Obrigado.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Lusoponte e a procura de rendas económicas

Mais uma para a galeria de coincidências. Aproximava-se o final do período de Governo de Cavaco Silva, o então Ministro das Obras Públicas Joaquim Ferreira do Amaral, dá um monopólio a uma empresa chamada Lusoponte para a exploração de travessia do rio Tejo. Agora, o Presidente da Lusoponte, Joaquim Ferreira do Amaral, vai obrigar o Estado a cumprir o que assinou. Pena o Primeiro Ministro da altura ser tão mal assistido...
A notícia do Jornal de Negócios:
"A Lusoponte terá direito a receber uma compensação por cada carro que perca para a futura Terceira Travessia do Tejo (TTT), de acordo com o parecer da Procuradoria- Geral da República (PGR).
Segundo explicou ao Jornal de Negócios fonte próxima do processo, esta foi a a forma que a PGR arranjou para compensar a concessionária das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, que, pelo contrato de concessão, teria direito a ficar com a nova ponte.
Deste modo, o Estado conseguiu ultrapassar o problema colocado pela cláusula no contrato da Lusoponte que lhe dá o exclusivo dos atravessamentos rodoviários a jusante de Vila Franca de Xira e que abrange a área Chelas-Barreiro, onde se prevê que seja construída a TTT."

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A Economia como ela é...

Há cerca de umas duas semanas fiquei intrigado com declarações do Ministro da Economia, houve um ajuste directo na atribuição da exploração de uma barragem, depois um outro serviço associado ao mesmo projecto, a uma empresa e o Ministro em reunião com o concorrente directo explicou-lhe a situação e ele entendeu.
Agora o Ministro surge em Aveiro e a outra empresa que perdeu o primeiro concurso ganha a concessão de um parque eólico, juntamente com uma fábrica, altamente subsidiada por impostos, sem contestação da que havia ganho o concurso da barragem.
Se a Economia não é cheia de coincidências felizes...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Um bom motivo para comprar o Jornal

Os senhores do Jornal de Negócios chegaram à mesma conclusão que qualquer pessoa mais informada chega. Um bom motivo para comprar o Jornal de Negócios de hoje.
Aqui fica a notícia aperitivo do sítio do Jornal de Negócios:

O Jornal de Negócios realizou uma operação de cliente-mistério e visitou ontem de manhã balcões de dez bancos em Lisboa, fazendo questões sobre a crise financeira do "subprime" que está a deixar os mercados à beira de um ataque de nervos. Veja o que dizem o que o recomendam os bancários no Jornal de Negócios hoje nas bancas.
"Não entre em pânico mas não invista agora em Bolsa. Tem acções? Então também não as venda. Prefira os depósitos, espere para ver até onde isto vai." Estas foram algumas das recomendações que mais ouvimos aos balcões de dez dos maiores bancos em Portugal. A crise "é coisa dos americanos". E o depósito de 8% que aquele banco está a dar? "Oh, isso é treta."
O objectivo foi perceber o nível de informação que os bancos estão a prestar aos seus clientes e, sobretudo, observar as suas recomendações para carteiras de investimento de particulares, colhendo opiniões quanto a acções, fundos de investimento, depósitos e outros produtos de poupança e investimento.
O resultado é um extenso trabalho editorial de seis páginas, com informação, recomendações e reportagem, incluindo as respostas, banco a banco, sobre o que é esta crise financeira, se as acções vão continuar a cair e como investir uma carteira de 35 mil euros.
"Não entre em pânico mas não invista agora em Bolsa. Tem acções? Então também não as venda. Prefira os depósitos, espere para ver até onde isto vai." Estas foram algumas das recomendações que mais ouvimos aos balcões de dez dos maiores bancos em Portugal. A crise "é coisa dos americanos". E o depósito de 8% que aquele banco está a dar? "Oh, isso é treta."
O facto de não se identificarem como jornalistas permitiu aos "clientes" ultrapassar o filtro dos departamentos de marketing dos bancos e perceber de que forma um particular é informado sobre esta crise, que está a deixar as Bolsas à beira de um ataque de nervos, colocou as taxas de juro sob pressão e trouxe dificuldades de liquidez aos sistemas financeiros.
Foram visitados à mesma hora balcões do Banif, do Barclays, do BBVA, do BES, do BPI, da CGD, do Millennium bcp, do Montepio, do Popular e do Santander Totta. Nem os bancários nem os balcões em concreto serão identificados. Conheça as respostas, uma a uma, esta quinta-feira nas bancas.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Shame on you!


Afinal Bancos e instituições de crédito podem agir irresponsavelmente que são sempre salvas... Não é este corte de juros que ajuda quem tem dificuldades com empréstimos, no médio prazo pode significar inflação...

Despejar lamas está a tornar-se moda

A notícia é do Jornal de Notícias:

A empresa responsável pela deposição de lamas provenientes da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Areosa na vizinha freguesia de Carreço, em Viana do Castelo, veio a público afirmar que a actividade que desenvolve é legal, sendo do conhecimento tanto da firma multimunicipal Águas do Minho e Lima (AML), a quem presta o serviço, como da Câmara de Viana do Castelo. Indignada com a situação, a Junta de Carreço vai exigir, em tribunal, uma indemnização "pelos danos causados à freguesia", e apresentar, também, uma providência cautelar, com vista à paragem "imediata" dos trabalhos e consequente limpeza dos terrenos "afectados".Em comunicado, os responsáveis pela referida empresa, com sede em Coimbra, assinalam que a aplicação das lamas "decorre de actividade perfeitamente enquadrada na legislação nacional e comunitária, sendo efectuada por técnicos responsáveis e com conhecimento dos trabalhos executados". Mais refere a empresa que a solução preconizada "é, do ponto de vista técnico, ambiental e económico, sustentada por organizações internacionais e apoiada por ambientalistas, uma vez que reduz tanto o consumo de água como a aplicação de adubos químicos, reciclando substâncias que todos nós cidadãos produzimos diariamente".Considerando que o trabalho desenvolvido pela empresa "faz parte da solução e não do problema", o documento alude a trabalhos semelhantes, desenvolvidos um pouco por todo o país, dando conta que a firma "não está disponível para alimentar polémicas ou interesses de índole pessoal ou corporativo, mas para esclarecer e clarificar as questões levantadas pelas populações locais".Revoltado com o despejo das lamas da ETAR em terrenos da freguesia, o autarca de Carreço, Viana da Rocha, disse que terão sido já depositados mais de mil metros cúbicos desses resíduos na Veiga de Paçô, a curta distância de praia com o mesmo nome, que é há muito distinguida com o galardão da bandeira azul.Sobre a questão, fonte da administração da AML havia já referido que a empresa em causa "é responsável pela recolha e despejo das lamas", tendo a Câmara Municipal, segundo indicou o líder do Executivo, Defensor Moura, participado a ocorrência "às entidades competentes".

terça-feira, 18 de setembro de 2007

IMI

A Câmara Municipal de Aveiro resistiu à tentação de aumentar o IMI para a taxa máxima, é o mínimo que podia ser feito pelo executivo, afinal os cidadãos não têm culpa dos erros de quem governou a cidade.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Comissão Nacional de Caçadores Portugueses


· A CNCP engloba dez formações regionais com a cobertura total do território;
· Os cerca de 250 mil caçadores lutam contra um processo que pensavam já estar resolvido e que é o da conflituosidade na caça em praça pública;
· A caça é hoje uma prática consciente e que desempenha um papel fundamental, sendo que os caçadores ajudam o comércio, abrem caminhos que facilitam o acesso a zonas difíceis, semeiam terrenos para assim alimentar os animais durante todo o ano, limpam as matas e florestas e apoiam na divulgação e sensibilização das populações;
· Por outro lado, o desenvolvimento da caça turística é uma actividade fundamental para o desenvolvimento económico das zonas do interior e um contributo concreto para diminuir o fenómeno da sazonalidade, típico por exemplo do Turismo no Algarve;
· Mostrou estar seriamente preocupado com a actual situação da caça em Portugal após o Senhor Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas ter afirmado não estar receptivo a alterar a regulamentação que fixou a proibição da actividade cinegética a menos de 500 metros das casas de habitação. Explicou que o tiro atinge 80/90 metros, sendo que os 250 metros previstos inicialmente eram mais que suficiente. Os 500 metros acha que é um autêntico exagero, inviabilizando a caça e inviabilizando precisamente aqueles que querem desenvolver o interior da serra e criar postos de trabalho;
· A proibição do Governo inviabiliza a prática da caça em cerca de dois terços do território nacional, nomeadamente no Algarve, Oeste e entre Douro e Minho. E por isso mesmo, a CNCP terá que tomar uma posição em relação às declarações do Sr. Secretário de Estado e caso não haja cedência por parte do Governo, garantiu que haverá medidas de luta muito fortes;
· A seca também esta na lista das preocupações dos caçadores, com prejuízos graves para a população cinegética, embora tenham vindo a investir para que não falte a água às populações cinegéticas e não cinegéticas ;
· Integrar a actividade na oferta turística da região do Algarve é uma matéria que permitirá medir o peso económico da caça no Algarve e a criação de roteiros turísticos e gastronómicos seria um passo importante para o turismo de caça;


Fonte: Audiência de 29 de Junho de 2005, subcomissão de agricultura, desenvolvimento rural e pescas.

A exposição é feita pela Confederação Nacional de Caçadores Portugueses CNCP

Eles não querem saber do cidadão comum

Parece que o homem mais importante do mundo por estes tempos turbulentos volta a ser o "chairman" da Reserva Federal dos EUA, Ben Bernanke, que se espera mais inteligente do que o senhor que substituiu (eu pelo menos penso assim), não deverá baixar as taxas de juro. Caso este o faça, é provável que comecem a pressionar o nosso senhor Trichet para que faça o mesmo.
Se por acaso houver uma diminuição das taxas de juro, certamente aparecerão alguns chicos espertos a falar do impacto das taxas na vida das pessoas, que é tudo menos o que é certamente. Se por acaso houver um corte nas taxas de juro, é porque existem uma classe de empresários, os banqueiros, que estão em apuros, são esses senhores que serão salvos pelos cortes, não as famílias (embora algumas possam sentir-se aliviadas temporariamente).
Se há coisa que Portugal não pode ter, é taxas de juro mais baixas, os portugueses entraram numa corrida ao crédito nos últimos anos à custa de taxas de juro baixas, falta de informação e oportunismo de instituições que se dizem de confiança.
O que o Sr. Primeiro-Ministro e o Sr. Ministro das Finanças têm de fazer, visto o seu apetite por impostos ser um caso clínico difícil de resolver, é criar incentivos muito fortes para que quem tem capacidade de poupar em Portugal o faça no próximo ano. Espero que o próximo Orçamento de Estado tenha isso claro.
O que eu gostava de saber, é quantos bancos ou instituições financeiras aconselharam as pessoas (e ainda aconselham) quando lhes concedem um crédito a pensarem no que pode acontecer no futuro (e não estou a falar das simulações que lhes dão de mudança de taxa de juro). Lamento se não acho que os senhores do banco sejam meus amigos.

Northern Rock

Northern Rock é o nome do mais recente (famoso) afectado com a crise do imobiliário, se não existem motivos para pânico, então o que faziam milhares de pessoas a aguardar impacientemente que as sucursais do referido banco abrissem esta manhã?
Uma queda de 34% no preço das suas acções, clientes ansiosos por retiram o seu dinheiro do banco por falta de confiança no mesmo, não será um dia normal num banco. Nem mesmo as garantias dadas pelo Banco Central Inglês acalmaram o pânico generalizado.
Os responsáveis do banco pensam que só no final de semana tenham sido retirados dois mil milhões de libras das contas, apesar de o banco ter tornado indisponível o acesso online a transferências algures durante o fim-de-semana.
Não, isto não é uma crise.

domingo, 16 de setembro de 2007

Autoridade da Concorrência

Aqui fica um exemplo, para todos os que querem bater na Autoridade da Concorrência, acusando-a de perseguir as grandes empresas nacionais como a EDP e a PT (os cidadãos do concelho de Estarreja derramam lágrimas com qualquer perspectiva de perda de monopólio por parte da EDP).
O Office of Fair Trading (Reino Unido), multou a British Airways em 121,5 milhões de libras por ter formado um cartel com a Virgin Atlantic para cobrar taxas de combustível suplementares (alegadamente provocadas pelo aumento do preço do petróleo). A Virgin Atlantic não paga um cêntimo que seja por ter denunciado o esquema.
Em Portugal, a AdC é criticada por perseguir grandes empresas (não interessando muito se são culpadas daquilo que são acusadas), 38 milhões de euros à PT não é aplicável, é astronómico como dizia o Jornal de Negócios (mesmo que esta tenha abusado de posição dominante?).

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Se fizerem referendo eu sou a favor

No Diário Económico de hoje (na versão online aqui), Ricardo Costa, habitual autor de artigos de opinião sugere uma coisa que eu já referi há algum tempo:
"(...) Uma verdadeira reforma estrutural seria implodir o estádio do Algarve, juntamente com o de Leiria e o de Aveiro. E quem devia pagar a dinamite da implosão era o actual primeiro-ministro e o José Luís Arnaut. Só a partir daí é que se pode fazer alguma coisa estrutural."
Quanto aos responsáveis, estou certo que teria de colocar mais uns nomes na lista mas a realidade é que além do desperdício que já fizeram em Aveiro, poupavam o desperdício de 800 mil euros por ano aos contribuintes.

Mais um cargo a preencher

A autoridade da concorrência terá dentro de meses mais um funcionário nomeado pelo Partido Socialista. Abel Mateus não continua no cargo, ao que parece não tem o apoio de ninguém.
Pelo caminho fica um Ministro da Economia que decidiu que era bom para os portugueses se a Brisa fosse concorrente dela própria ao contrário da deliberação da AdC. Farmacêuticas que eram culpadas de formar um Cartel mas um tribunal achou que o processo contra eles tinha erros.
Agora cabe ao Conselho de Ministros nomear um novo nome para o cargo. Se estes não fossem cargos de confiança política...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Flexigurança

Se o caminho para a flexibilização do mercado de trabalho passa por uma maior facilidade de despedir pessoas, porque é que as taxas dos impostos sobre os salários não reflectem uma maior precariedade para os trabalhadores?
As contribuições para a segurança social podiam ser mais reduzidas nos contratos que permitam maior estabilidade para o trabalhador, sendo mais altas para reflectir os encargos que o Estado irá enfrentar com a flexibilização.
Claro que o debate é feito do lado da procura de trabalho (os empresários) que querem mais flexibilidade dos processos de despedimento e indemnização, que querem mais trabalho temporário... Estariam interessados em diferentes escalões de contribuição para a segurança social? Não, até querem menores contributos.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

O equilibrio fiscal

A questão que o José Matos devia estar a responder não é sobre o aumento de receitas que o município tem com o IMI. A questão fundamental é se a posição fiscal da Câmara Municipal de Estarreja está num caminho mais saudável do que a generalidade das Câmaras do país. A CME está exposta a pressões despesistas? Qual é o nível de receita que a CME necessita para abordar a sustentabilidade que necessita a longo prazo? A questão de Albergaria, que obteve uma receita melhor do que antecipada no orçamento significa que vai permitir um mais rápida ajustamento das receitas da Câmara às despesas, permitindo corrigir excessos passados, ou significa apenas mais uns postos de trabalho e alargamento da despesa futura para ajustar às expectativas de maior receita?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Ainda sobre a caça

Devo referir que sou um leigo no assunto. Sou completamente estranho ao assunto.

Resposta ao José Claudio Vital

O José Claudio escreveu no Vela Latina (Pelo fim da caça no Baixo Vouga) pedindo, de seguida, a opinião de outros membros da blogosfera local.
Em primeiro lugar gostaria de expressar que não tenho qualquer simpatia pela actividade, especialmente porque é apenas realizada como actividade recreativa.
Suponho que a actividade poderia surgir como actividade ligada a uma monitorização rigorosa da área em questão, praticada para regular a população de aves. Quando os caçadores organizam uma jornada no Baixo Vouga, quantos deles estão interessados em não comprometer os esforços de conservação da área?
Outro assunto, que pode servir de argumento aos caçadores, é a questão dos mecanismos utilizados e a sua fundamentação científica para justificar que a sua actividade no ecossistema está a ter um papel adverso na influência de uma ou outra espécie no ecossistema.

sábado, 8 de setembro de 2007

O PSD quer uma baixa de impostos

Numa altura em que o mandato do governo vai a meio, é importante reflectir sobre o que é proposto pelo PSD. Os choques sentidos pela economia portuguesa parecem ainda subsistir, o impacto na riqueza, no consumo e especialmente no investimento apontam nesse sentido.
No que diz respeito ao governo, dado que a política monetária não estava ao seu alcance para alterar a situação, passou a contar com a política fiscal como meio de controlar a economia. Mexendo com a política fiscal, os dois últimos governos apostaram no aumento de impostos e estes aumentos parecem fazer efeito pelos números do crescimento de Portugal quando comparado com os nossos parceiros da UE.
Quando se fala em economia três aspectos são imediatamente importantes e devem ser observados para aferir sobre como vão as coisas, o crescimento do PIB, a inflação e a taxa de desemprego. O mercado de trabalho continua desfasado do crescimento económico e é necessário um crescimento bem maior para que se sintam mudanças no emprego. A produtividade, esse eterno atraso de Portugal em relação aos outros, a crescer provoca desemprego (é simples a lógica, quando um empregado produz mais, são necessários menos empregados a uma empresa para atingir determinado output), os salários reais não têm acompanhado o sentido de outros países europeus.
Eu sou dos que acredita que uma baixa de impostos tem um impacto positivo na economia (não estou a defender que uma baixa de impostos cubra a totalidade da receita perdida por parte do governo, nem sequer acredito que isso aconteça), os cortes fiscais, permitem às pessoas manterem mais do dinheiro que ganham, que por sua vez influencia o consumo, que por sua vez influencia a procura agregada de bens e serviços.
Ao mesmo tempo, a diminuição de impostos influencia o investimento, ponto fulcral na nossa economia hoje em dia. A proposta do PSD, não é uma proposta do PSD, é uma proposta semelhante à da administração do senhor George Bush, após a crise do início do século. A diminuição dos impostos sobre salários, sobre o capital dá incentivos ao aumento do output de uma economia. A ênfase sobre as PME feito pelo PSD é notório do caso americano.
Um exemplo académico sobre o efeito de um aumento de impostos pode ser dado, por exemplo, se o governo aplicar um imposto especial aos produtores de cerveja (por exemplo sobre os barris de cerveja), um imposto sobre o capital, quem suporta o esforço fiscal? Se fosse o nosso camarada Jerónimo de Sousa a responder aplaudia e dizia que era o proprietário da fábrica, afinal de contas o imposto cai sobre o rico. Mas isto é pura demagogia. O imposto faz com que o negócio seja menos lucrativo para o proprietário, assim em resposta ao imposto ele diminui o investimento na produção de cerveja, menos cerveja produzida representa um aumento do preço da cerveja para o consumidor, quem quiser beber cerveja tem de suportar um preço maior, alguns desistirão de beber cerveja.
Não é só o consumidor que paga um preço maior pela cerveja, devido à menor produção, a fábrica necessita de menos trabalhadores, por isso os empregados da empresa também são afectados com o imposto.
Além destes afectados directamente, há o impacto de toda uma cadeia de valor criada, os fornecedores da fábrica sofrem as consequências da diminuição da produção e assim sucessivamente.
Da mesma forma, uma redução dos impostos sobre a fábrica da cerveja, levam a ganhos não só do proprietário mas dos seus funcionários, porque o proprietário vai investir em novos equipamentos e aumentar a produção para aproveitar a menor carga fiscal, levando à criação de empregos e necessidades de novos fornecimentos.
Agora sobre o impacto dos impostos sobre a receita do Estado, penso que o impacto é positivo mas nunca chegará a retornar a receita do Estado a 100% a não ser que se fale de casos extremos de economias onde haja enormes cargas fiscais.
As mudanças fiscais nos Estados Unidos tiveram, quase todas, algum tipo de auto financiamento, especialmente os cortes nos impostos sobre o capital, mas nenhuma atingiu a totalidade da receita perdida.
O Luis Filipe Menezes anda um pouco perdido sobre o que acontece quando se mexem nos impostos, deve andar a ser um pouco mal aconselhado e depois diz o que não sabe, algum defensor da Laffer Curve certamente e da Supply Side Economics.
Este texto não tem a ver com a recente defesa da baixa de impostos a nível local.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Nota

Os últimos dois posts, são o motivo que leva a Comissão Europeia a intentar uma acção contra Portugal no Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias.
Stavros Dimas, o membro da Comissão responsável pelo ambiente, disse o seguinte acerca do processo: "É importante que Portugal se conforme a estes acórdãos do Tribunal, pois têm incidências directas na saúde pública (...)".
É realmente lamentável que a Comissão Europeia tenha mais interesse com a saúde dos portugueses do que o governo do país.

Qualidade da água destinada ao consumo humano

Na sequência de um acórdão do Tribunal de Justiça de 29 de Setembro de 2005, que condenou Portugal por incumprimento de uma série de parâmetros da água destinada ao consumo humano (ferro, manganês, coliformes totais, coliformes fecais, estreptococos fecais e clostrídios), as autoridades portuguesas tomaram algumas medidas com vista ao melhoramento das ETAR, das redes de abastecimento e de outras infra-estruturas. Os parâmetros em causa são estabelecidos numa directiva comunitária relativa à qualidade das águas destinadas ao consumo humano.
No entanto, alguns desses parâmetros continuam a não ser respeitados em Portugal. Por exemplo, quase 50 % das zonas de abastecimento de água não respeitam as normas de coliformes totais e 20 % dessas zonas não respeitam as normas de coliformes fecais. A situação melhorou em 2004, último ano para o qual Portugal forneceu dados. Contudo, os elementos relativos a 2004, além de não serem totalmente comparáveis com os anteriores, continuam a revelar situações de incumprimento, no caso dos coliformes totais, coliformes fecais, ferro e manganês.
A Comissão vai, portanto, enviar a Portugal uma primeira advertência por escrito, solicitando-lhe que se conforme ao acórdão do Tribunal.
Não é de estranhar, deste modo, as análises efectuadas às lamas depositadas em Canelas...

Tratamento das águas residuais urbanas

A Comissão vai intentar uma acção contra Portugal no Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias por aplicação inadequada de uma directiva comunitária relativa ao tratamento das águas residuais urbanas, no que concerne à recolha e tratamento secundário (biológico)obrigatórios, antes da descarga no mar ou em água doce, das águas residuais das aglomerações com mais de 15 000 equivalentes de população. As medidas em causa deveriam ter sido tomadas até ao final de 2000.
Todavia, em 29 zonas urbanas abrangidas pela directiva, ainda não estão operacionais os sistemas colectores e/ou de tratamento necessários. Em Lisboa, por exemplo, a ETAR de Alcântara não está a funcionar. Em Matosinhos, na região do Porto, só está operacional o tratamento primário (básico). Na Costa de Aveiro, 60 % da carga poluente aí gerada não é recolhida e 65 % não é tratada. Na Póvoa de Varzim e em Vila do Conde, 60 % da carga poluente não é recolhida e desconhece-se qual é o nível de tratamento.

Oportunismo económico

Começa este mês com maior evidência a procura de habitação por milhares de estudantes deslocados. Como sempre, este negócio rende milhões de euros a nível nacional, um familiar meu, vive num prédio com 6 apartamentos (onde até a garagem foi transformada em quarto sem grandes remodelações), 19 quartos, a 100 euros cada um, sem qualquer tipo de factura... Talvez o facto do feliz proprietário do edifício ser um funcionário público torne este facto mais engraçado.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

O oportunismo compensa? (Um ponto a favor do José Matos)

Linda Veiga e Francisco Veiga, da Universidade do Minho, publicaram um artigo com o título "Does opportunism pay off ?", em Abril deste ano.
O objectivo do trabalho era aferir sobre o efeito de aumentos de despesa feita pelos titulares dos cargos municipais, com maior ênfase nas obras de maior visibilidade para a população e se estas despesas aumentavam a sua hipótese de serem reconduzidos no cargo.
A variável explicada do modelo é a percentagem de votos do partido do incumbente no município, as variáveis explicativas do modelo foram os votos na eleição anterior, os anos no cargo, a popularidade do governo do país e o nível real de despesa de investimento per capita no ano anterior às eleições. Os dados usados foram de 1979 a 2001.
Uma conclusão interessante dos autores do estudo é que o desperdício em períodos pré-eleitorais por oposição a um rigor na política fiscal é bem aceite pela população em Portugal, o que dá um bom fundamento à teoria do José Matos que é mais importante a obra do que folgas fiscais para os Cidadãos.
A conclusão básica do estudo é que o aumento da despesa imediatamente antes das eleições resulta numa maior percentagem de votação para o incumbente nas eleições municipais e que este tipo de comportamento tem maiores resultados agora do que no início da democracia.
Portanto o que pode dar a eleição ao José Eduardo Matos na próxima eleição não é qualquer tipo de diminuição da tributação mas sim coisas como equipamentos desportivos (nova piscina municipal?), escolares (beneficiação do parque escolar municipal anunciado...), equipamentos sociais, arranjos de ruas, sistemas de esgotos, tratamento e distribuição de água, caminhos rurais, material de transporte, habitação e mais alguns itens.
Está aqui a receita para o José Eduardo Matos ganhar a próxima eleição, uma última pista, o item que parece segundo o estudo ter maior impacto é o dos equipamentos sociais, bem mais do que os desportivos ou escolares.

Programa Porta 65

Para quem tem menos de 30 anos, começa a sua vida activa, este artigo do Diário Económico sobre o novo programa Porta 65 de auxílio a jovens que pretendam arrendar casa é um bom ponto de partida (artigo aqui).

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Comparações sobre o IMI

Não faz sentido esta comparação porque Estarreja não é concelho vizinho de Anadia mas, faz sentido para o caso de começar a haver mais competição fiscal entre municípios vizinhos.
Uma família que compre um apartamento de 100 000 €, em Estarreja, que seja habitação permanente, se o proprietário não estiver registado num paraíso fiscal, se o prédio não estava devoluto há mais de um ano, o IMI a pagar em Estarreja é de 500 €.
Um apartamento nas mesmas condições em Anadia, tem a pagar de IMI 200 €.
É legítimo que o executivo da CME queira aumentar a sua independência do Estado mas a possibilidade de ter competitividade fiscal é algo que se deve equacionar. Também é legítimo que a CME espere pelos resultados de outros municípios para decidir se este é um bom instrumento.
Era algo que gostava de ver explorado, juntamente com incentivos à maternidade, a criação de habitação para jovens (não habitação social), nas freguesias que estão a ficar mais envelhecidas e a perder serviços.
A CME poderia por exemplo criar uma isenção de IRS (na fatia que lhe diz respeito) para rendimentos superiores a 5000 €.

Citação do dia

"Taxes, are the price we pay for a civilized society"

Oliver W. Holmes

A tributação dos Cidadãos

O único objectivo do aumento de impostos deveria ser para acompanhar melhores bens e serviços para os Cidadãos.
Quando o José Matos referiu-se aos impostos, em primeiro lugar referiu-se ao impacto nulo de uma baixa de impostos municipais sobre o número de pessoas que escolheriam esse concelho em função dessa baixa, não há quaisquer dados que possam ajudar nessa análise, que se possa verificar com um nível de significância alto qual o impacto de tal mudança na fixação de pessoas. É certo que se estivermos num concelho onde não existe emprego, tal mudança estará condenada a ter um impacto muito reduzido. Por exemplo, caso o número de empregos aumentasse significativamente na zona industrial de Albergaria, não seria possível que caso uma família pudesse poupar duas ou três centenas de euros não se instalasse em Fermelã, em vez de morar no concelho vizinho?
Um dos factores mais concretos no estudo da economia é que as pessoas respondem a incentivos e um dos incentivos é o proporcionado pelo sistema fiscal. O peso das perdas provocadas por um aumento de impostos para aumentar receitas deve ser bem ponderado contra o bem-estar económico do Cidadão que os paga. Nos últimos anos, o governo não tem feito essa medida, limita-se a aumentar os impostos em que tem maior certeza de que a receita aumenta.
Uma palavra a favor do que o José Matos afirmou, se se provar que as baixas de impostos são apenas em função de um ciclo eleitoral, então futuramente este tipo de mudanças de impostos terá um impacto muito reduzido ou quase nulo pois ninguém estará interessado em mudanças profundas na sua vida para aproveitar incentivos fiscais temporários.
O problema em muitos municípios portugueses é que há demasiados eleitos corruptos, outros incompetentes e num caso e no outro têm de fechar os olhos a comportamentos semelhantes por parte de quem está imediatamente abaixo na cadeia de poder, isto alastra-se a toda a pirâmide de poder. As câmaras municipais são para quem tem capacidade de fazer a diferença, não para quem quer viver à custa dos outros, tornando-as em empresa quase familiares, burocráticas e corruptas. Não para dar emprego a filha do senhor x, ou para engordar a empresa de construção Y à custa dos Cidadãos, ou subcontratar a empresa do filho do político Z.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

J. S. Bach

Uma nova piscina

Albergaria inaugurou mais uma piscina municipal, na Branca. Esta piscina pode adiar a necessidade de uma nova piscina em Estarreja por estar bastante próxima de Estarreja. A não ser que se seja irredutível defensor da rivalidade entre concelhos, a verdade é que uma piscina em Estarreja, junto ao Estádio Municipal ou uma piscina na Branca servem da mesma maneira boa parte da população, Canelas, Fermelã e boa parte de Salreu.
Talvez a Câmara Municipal de Estarreja tenha outros projectos que considere urgentes, a realizar nos próximos tempos, ou talvez apenas possa manter as suas contas equilibradas e quem sabe seguir o exemplo da Mealhada e aliviar umas dezenas ou centenas de euros aos contribuintes do concelho. Poderia por exemplo alterar o IRS, como medida de neutralidade fiscal, com o objectivo de anular o efeito das taxas municipais que têm crescido nos últimos anos no concelho.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Assuntos de Verão

O ano passado, no parlamento europeu, foi debatida uma proposta francesa de constituição de uma frota aérea para combate a incêndios. O assunto não passou do papel, o assunto afundou-se quando o tema em discussão era o financiamento, quem pagava a frota?
Este ano o ministro francês da agricultura voltou à carga e oportunamente apareceu imediatamente um país a juntar-se à coisa, a Grécia. Actualmente a actuação da UE centra-se na ajuda de países com equipamento disponível e países com necessidades de equipamento. Claro que este ano, como no último, a questão do pagamento dos aviões é a grande questão. A UE aconselha o investimento na prevenção de incêndios.
Cá em Portugal fazem-se uns negócios estranhos, primeiro compram-se aviões que têm dificuldades técnicas, os negócios são anulados em concursos públicos para se optar por ajuste directo (falta referir que os concursos foram efectuados com as especificações de um aparelho, excluindo da questão um certo fabricante canadiano que normalmente ganha este tipo de concursos...). Agora apareceram uns helicópteros para combater incêndios no Inverno... Coisas de Verão.

Concorrência perfeita?

Os editores de livros não consideravam o mercado de livros do 1.º ciclo um mercado rentável. A partir daí, conseguem convencer o governo a que em 2008 possam aumentar o preço dos manuais em 6%. Um aumento superior à inflação, independente da estrutura de custos das editoras, o preço dos manuais subirá 6%. De uma forma geral, todos os livros vão subir de preço.
Se havia um problema tão grande, não poderia o Estado português, passar a produzir os manuais para o 1.º ciclo? Se há uma falha de mercado assim tão séria, poderiam deixar as editoras concentrarem-se noutros segmentos de mercado?
O que me parece é que tem havido alguns movimentos de concentração a nível de editoras, agora os resultados parecem estar à vista. Preços mais altos, maior qualidade? O que é certo é que o ensino gratuito, ficará só um bocadinho mais caro para as famílias.

Mealhada em alta

A Câmara Municipal da Mealhada apareceu ontem nas notícias por um bom motivo, vai baixar o Imposto Municipal sobre Imóveis em 40%, noticiou a Rádio Renascença (aqui). A taxa passará a ser de 0,3%.
Hoje o mesmo executivo dá uma ajuda subsidiando os aumentos dos transportes escolares, mantendo o preço pago pelos alunos por esse transporte igual ao do ano anterior.
Outros houve, que em vez de olharem pelos interesses da população em geral, andaram a fazer buracos para mais tarde recordar, é que fazer estádios de futebol onde nem de graça lá vão mil pessoas, é realmente triste.
É um princípio bastante básico da gestão, se não tens nenhum projecto rentável para investir o dinheiro, então devolve-o aos accionistas, que neste caso são os cidadãos do concelho.
Quanto à Mealhada, além do leitão ter sido recentemente considerado uma das sete maravilhas gastronómicas de Portugal, o nome do Presidente é Carlos Cabral e os únicos defeitos que achei quanto à governação do senhor, foi o parecer do Tribunal de Contas, no que diz respeito aos orçamentos que apresenta.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Não há almoços grátis

Literalmente não haverá mais almoços grátis para ex-trabalhadores da EDP. A medida vai significar uma redução de 125 mil euros por ano nos custos da empresa. A medida tem um impacto tão reduzido nas contas da empresa que é bem possível que a actual administração não precisasse de comprar esta guerra. Se é certo que num plano de corte de custos, se procure maximizar o retorno para os accionistas, também é certo que quem colocou o actual presidente na empresa foi o governo português. O Sr. Mexia poderia aferir sobre as necessidades desses trabalhadores e, caso achasse que alguns deles precisam desta ajuda, poderia prescindir de algumas visitas ao Ritz, suponho que o Sr. terá habitação em Lisboa e até suponho que se as suites são usadas para reuniões, também haverá instalações da EDP na cidade.

Metas ambientais

A União Europeia prossegue a sua estratégia de reduzir o consumo de energia, no entanto, hoje parece ter dado mais um passo para manter as lâmpadas economizadoras a preços elevados. O comissário europeu Peter Mandelson afirmou que provavelmente as tarifas de importação sobre este produto vão manter-se por mais um ano. Segundo o comissário, os produtores europeus precisam de mais tempo para se ajustarem. Cá em Portugal também há umas quantas indústrias que precisavam de tempo para ajustamentos...
Há bons lobbies por essa Europa fora.

Capitalismo divino

Uma notícia que revela mais uma vez a face capitalista do Vaticano, no sítio do Diário de Notícias (Aqui), sobre a possibilidade de o Vaticano realizar voos para peregrinos com destino a Fátima.
Ao que parece o Vaticano além de outras actividades também já é proprietário de uma companhia aérea Low Cost!?

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Hospital Visconde de Salreu

De acordo com dados do INFARMED, o Hospital Visconde de Salreu continua a sua têndência de sobrecarga para o Ministério da Saúde.
O relatório sobre o consumo de medicamentos em meio hospitalar revelam que o HVS consumiu 91 162€ nos primeiros 5 meses do ano, um valor extremamente pesado em termos relativos sobre o total, só para se ter uma ideia, o HVS tem um peso de 0,0287%.

Poupe 700 euros

Eu já cheguei à mesma conclusão há bastante tempo, que o Feira Nova de Aveiro, no cabaz de produtos que costumo comprar é o mais barato. No extremo oposto coloco o Carrefour.
A notícia é da DECO-Proteste:
Poupar centenas de euros nas compras do mês é possível, sem cortar na lista ou percorrer grandes distâncias. A conclusão é da DECO PROTESTE, que visitou 572 estabelecimentos à procura dos preços mais baixos. A cadeia Feira Nova é a vencedora.
A PRO TESTE comparou mais de 66 mil preços, recolhidos em 113 localidades de norte a sul do País e Ilhas. Para reduzir a factura, o consumidor só tem de procurar, no suplemento de oito páginas da edição de Setembro, a morada do estabelecimento ou a cadeia que, perto da sua casa, tem os preços mais baixos. Segundo aquela revista, cerca de metade dos seus leitores afirma que este estudo anual influencia a escolha do supermercado.
Como os consumidores têm hábitos de compra variados, a PRO TESTE formou três cabazes:
o cabaz 1, com 100 produtos de características e marcas definidas, para quem privilegia as marcas;
o cabaz 2, que abrange 81 produtos, destina-se a quem escolhe o produto mais barato;
o cabaz 3, a estreia deste ano, composto por 64 produtos de marca própria das superfícies.
Norte e Centro com preços mais baixosOs supermercados foram classificados por tipo de produto (de mercearia, drogaria ou carne, fruta e le­gumes, etc.) e por região.
Para encher o cabaz 1, o Intermarché das Caldas das Taipas, em Guimarães, e o Intermarché da Covi­lhã são os mais baratos do País. Segue-se o Intermar­ché de Mafra e, em terceiro lugar, o Intermarché de Portalegre, revela a DECO PROTESTE.
O Norte e Centro do País têm preços mais baixos.

Chipidea

Cá está no Diário de Notícias a notícia da compra da Chipideia (notícia aqui).
A Reuters também dá a notícia (aqui).

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

FDI e desenvolvimento

Alguns teóricos recentes apontam a Investigação como um dos maiores motores do desenvolvimento de um país e consequentemente da melhoria da sua produtividade. A ChipIdeia, uma empresa com cerca de 10 anos, é comprada pela MIPS (empresa americana), por cerca de 110 milhões de euros. O resultado para a economia portuguesa é que sim, foi comprada uma importante empresa portuguesa do sector de novas tecnologias, por outro lado, existem neste momento mais 110 milhões de euros que podem ser reinvestidos e aumentar o nosso output total.
Parece-me que a empresa é adquirida por um múltiplo bastante elevado, mas não conheço os produtos que serão lançados no futuro mais próximo, é possível que tenha alguns novos produtos. Ou então pode ser apenas uma aquisição importante para a MIPS e a sua cadeia de Valor.

A traição do português

António Mexia, ex-ministro das obras públicas, actual presidente da EDP casou com a filha. Pelo menos é o que se pode entender pelo seu perfil no Portal do Governo (perfíl aqui).


António Luís Guerra Nunes Mexia

Nascido em Lisboa, em 12 de Julho de 1957
Casado com uma filha

José Manuel entalado por Durão Barroso

Notícia do Financial Times:

José Manuel Barroso, the European Commission president, has become embroiled in a party funding scandal in Portugal, his home country, with members of the European parliament demanding he answer questions about the affair.
They want to be told how much he knew about payments made by a construction group to his Social Democrats (PSD) shortly before he became prime minister in 2002 – and whether favours were rendered in return.
This week the Portuguese state prosecutor said he would consider opening a criminal investigation into the case after fresh revelations in the media.
In June the constitutional court convicted Somague, a construction and engineering company, of paying the PSD €233,000 ($318,000, £156,000) for services provided to the party by a public relations company. This exceeded the legal limit on private donations to political parties. Recent revelations have forced prosecutors to re-examine the case.
Local media allege that, less than two months after sanctioning the payment by Somague, the PSD’s finance director, who had since become public works minister, petitioned the state prosecutor’s office in a way that could be interpreted as favouring the construction company in the adjudication of a motorway construction and operation contract. The previous Socialist government had awarded it to a consortium competing with Somague, which contested the decision.
José Luís Arnaut, the PSD’s general secretary in 2001, has assumed “objective responsibility” for the donation, but says he was not aware of the facts at the time. Some believe Mr Barroso, as party leader, should also bear some blame.
A spokesman for Mr Barroso said on Friday: “This is a national issue and we do not comment on national issues.” However, she said he was prepared to answer any questions the Portuguese authorities and parliamentarians might have.
Bart Staes, a Belgian Green MEP, said: “These findings cannot be dismissed as an internal problem. [They] test Barroso’s integrity and independence.”

domingo, 26 de agosto de 2007

Desemprego em Estarreja

Dados do IEFP:


Julho de 2004: 1119 desempregados
Julho de 2005: 1162 desempregados
Julho de 2006: 1134 desempregados
Julho de 2007: 1024 desempregados

Quem dirige Portugal?

Apesar de se poder pensar que o governo constitucional dirigido pelo Sr. Eng. José Sócrates comanda o país, cá ficam umas pistas entre recomendações e políticas portuguesas:


Portugal is recommended by the Commission to:


in the context of the on-going correction of fiscal imbalances and public administration reform, redirect public spending towards uses more supportive to potential growth, while maintaining firm control over public expenditure overall;

O governo responde aumentando impostos, dois pontos percentuais no IVA, ISP, escalões do IRS e diminui o Investimento...


Portugal is recommended by the Commission to:



implement measures to strongly improve the education attainment levels of the young, and develop a vocational training system that is relevant to labour market needs and based on a "National Qualifications Framework"

O governo responde com o programa "Novas Oportunidades"...



Portugal is recommended by the Commission to:



modernise employment protection, including legislation to foster flexibility and security to reduce the high levels of labour market segmentation.

O governo responde com a Flexigurança...


Um coincidência tremenda se me perguntarem a mim, mas nunca me passaria pela cabeça que a agenda do governo seja a da Comissão Europeia.

Salários em Portugal

Ao analisar a Estatística do Emprego, referente ao segundo trimestre de 2007, há uma secção que é bastante interessante, acerca de salários. No ano de 2006, para se pertencer aos 10% mais bem remunerados (salário líquido de trabalhadores por conta de outrem) basta ganhar 1224 euros, isto não para afirmar que é fácil atingir esse salário, mas para afirmar que Portugal continua a ser um país de salários baixos. Os 10% que ganham menos têm um salário inferior a 380 euros.
A verdade do estudo demonstra que 75% da população ganha menos de 800 euros por mês, 25% ganham menos de 440 euros. Também deste estudo se pode comprovar que os melhores empregos se situam em Lisboa, pois a média de salários em Lisboa é de 877 euros, por aqui na região centro a média é de 650 euros. No norte do país o salário médio é o mais baixo, apenas 637 euros. Empresas com trabalhos qualificados monta em Lisboa, fábricas com mais requisitos de mão-de-obra do que de qualificação manda para os outros.

sábado, 25 de agosto de 2007

Razões de atraso de Portugal (II)

Para todos os fãs incondicionais de Salazar e companhia, a educação nunca foi uma prioridade, era mais urgente a criação de elites do que a necessidade de ensinar as pessoas a ler, como o próprio afirmou. Pois bem, em 1970, a média de anos de escola de um português entre os 15 e os 64 anos era de 2,4. O português médio não chegava a andar 3 anos na escola. A iliteracia abrangia aproximadamente 20% da população.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Razões de atraso de Portugal

Vou dar um pequeno contributo para explicar a diferença de produtividade entre Portugal e os outros parceiros da U.E. (quando ainda era a 15).
Este texto é sobre produtividade, para muitos o principal indicador do nível de vida em determinado país ou região. Quantifica como uma economia usa os seus recursos disponíveis. No tempo de António Guterres, havia um incentivo enorme a que houvesse uma fraca produtividade. Aqui ficam os dados:
Outubro de 1997, 19 511 famílias abrangidas pelo Rendimento Mínimo Garantido, ou 66 337 pessoas, ou ainda 0,7% da população residente.
Outubro de 1998, 100 412 famílias abrangidas pelo R.M.G., ou 311 940 pessoas, ou 3,1% da população residente.
Outubro de 1999, 143 360 famílias abrangidas pelo R.M.G., ou 427 461 pessoas, ou seja 4,3% da população residente.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

As mãos andam muito sujinhas

Só ninguém parece conseguir explicar porque é que a Somague pagou. Talvez tenha sido um erro da tesouraria da Novodesign, enviando uma factura para a empresa errada (acontece), que por sua vez originou outro erro na tesouraria da Somague, que talvez seja um pouco amadora e pague facturas que não estarão registadas na contabilidade da empresa.
É prática comum em empresas mais organizadas, haver um certo protocolo quando aparecem facturas acima de determinado valor, que têm de ser assinadas as ordens de pagamento por mais do que um administrador (será que nenhum achou estranho?) quando as despesas não fazem parte dos orçamentos do ano (ou será que faziam?).
Notícia do Jornal de Negócios (aqui).
Será que existe algum coeficiente de determinação entre a presença do PSD no Governo e o pagamento? E querem os senhores ser oposição...

Então é assim que eles fazem...

Não há nada como ser honesto e dizer-se aquilo que se pensa. José Luis de La Torre, director de uma divisão da Fomento de Construcciones Y Contratas, S.A., disse desta forma ao Financial Times porque é que as empresas espanholas estão a ganhar uma fatia considerável de concursos nos novos países membros da U.E.:


"Spanish companies are experts at tapping EU funds. We can teach the new member states how to do it. We want them to . . . put the funds available to the best possible use"


Talvez seja por isso que já apanharam à U.E. noventa mil milhões de euros de apoios para infraestruturas desde que entraram para a União (obras efectuadas em Espanha).

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Estatística como passatempo


Como adepto de futebol e curioso da estatística, gosto de fazer alguns cálculos sobre quem vai ganhar jogos. A minha estatística é confirmada por um site de apostas bastante conhecido.

As minhas cobaias para as estatísticas são normalmente ou o Chelsea ou MAN UTD, devido à sua estabilidade (treinadores), o que no caso do MAN UTD permite séries mais longas.

No caso deste fim de semana, estive a calcular os dados para o Chelsea - Portsmouth, sendo que, desde que José Mourinho está no comando da equipa londrina, a probabilidade de o Chelsea ganhar este encontro é de 100% (nem sequer levei em conta nos cálculos o facto de José Mourinho não ter perdido ainda um jogo em casa desde que treina a equipa). O site de apostas, dá a quem apostar na equipa do Portsmouth um retorno de 10 vezes o montante apostado, no caso do empate o retorno é de 5 vezes o montante apostado (uma boa confirmação dos meus cálculos). Eu não aposto, mas se alguém quiser seguir a dica...

Irresponsabilidade sem limites.

Quando se é totalmente irresponsável, não se pode ter grande credibilidade. Miguel Portas escreveu:
"Está a dar que falar o primeiro acto de desobediência civil ecológica realizada em Portugal. Ainda bem e gostaria de declarar a minha simpatia com o gesto.Distancio-me, assim, das respeitáveis opiniões da Quercus e da Almargem - ambas com trabalho mais que meritório - que criticaram o gesto, concordando embora com os seus objectivos. Tais posições reflectem, acima de tudo, uma cultura de prudência ante a desobediência civil que penso ser injustificada e tradicionalista"
Já agora, se uma cambada de parasitas achar que a minha casa é ecológicamente desagradável podem entrar e destruir a mesma, ou talvez o meu carro, se por acaso não agradar aos senhores podem vir e destruir a propriedade de quem trabalha. Já apanhar propriedades a estes parasitas será mais difícil, nenhum deles é conhecido por ser grande trabalhador. Nem o Miguel Portas.
Porque será que lhes chamam irresponsáveis?

Portanto mais uma obra em Lisboa?

Continuando com a equidade que leva a lágrimas qualquer defensor de regionalização, lá vão ser aprovados mais dois mil milhões de euros para mais uma obra de acesso à principal cidade de Portugal.
E aqui os tipos que usam a A29 é que são uns sacanas que querem extorquir os contribuintes deste país. Pelas minhas contas, sem manutenção, custos administrativos ou qualquer custo adicional de obras e outros necessários para a manutenção não se vai aplicar o princípio de utilizador pagador porque com 50 anos de amortização do projecto a conta dá quase 3 500 000€ por mês.
É só um projecto, mas de uma maneira ou de outra vai acontecer, se não for túnel será uma ponte. Já nem vale a penafazer mais considerações sobre qual é a cidade portuguesa que é engordada a toda a força.
Notícia do Jornal Sol aqui.

Mais alguns postos de trabalho

O sítio "Notícias de Aveiro" dá notícia de mais algumas dezenas de postos de trabalho a serem criados em Estarreja.
A notícia pode ser consultada aqui.

Não deveria ser ao contrário?

Existem crianças na praia da Torreira a promover a consciência ambiental de adultos. Infelizmente há pessoas que precisam que uma criança os ensine a comportarem-se com civismo. É pena as crianças não poderem trabalhar durante o período nocturno, porque também a essa hora existe muita gente que não tem grande educação ambiental...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

"Combata a obesidade à dentada"


"Combata a obesidade à dentada" é o título de uma campanha efectuada pela Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça (APMA). A associação está a efectuar acções de promoção do consumo de maçã como forma de conseguir uma alimentação mais saudável, a promoção passa pela publicação em jornais e revistas de publicidade e pela distribuição por algumas praias do seu produto, gratuitamente.

É óptimo ver alguém a aproveitar o financiamento da U.E. para promover os seus produtos, é que o Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas tem os fundos para serem usados, não para serem devolvidos de novo. Mas os financiamentos não são concedidos a entidades individuais, são para agrupamentos de produtores. A verdade é que os agricultores que constituem este tipo de associações têm a hipótese de apoio durante 5 anos para despesas de constituição e administrativas e para o plano de reconhecimento. Os limites do apoio são em função da produção do agrupamento de produtores.

O único reconhecimento de produtos por estes lados é dos Ovos Moles e da carne Marinhoa.

sábado, 18 de agosto de 2007

Imigração, a culpa não é dos imigrantes

Não para falar dos imigrantes, mas sobre as políticas de imigração. Se há coisa que me deixa com um sorriso nos lábios, é a afirmação que o mercado de trabalho é muito rígido em Portugal. E isto tem tudo a haver com a questão da imigração.
Os trabalhadores são pessoas que querem bons trabalhos e bons salários, não porque precisam apenas de comer mas porque precisam igualmente de satisfazer as suas necessidades. E como as pessoas têm sentimentos, preocupam-se com a procura de trabalho (por parte das empresas) e a qualidade dessa oferta.
Sem entrar nos pormenores da teoria económica do mercado de trabalho, é fácil entender que a escassez de mão de obra para trabalhar em tanto centro comercial iria fazer subir os custos do trabalho, para acalmar os alarmados patrões pouco interessados em partilha de lucros com empregados, o governo garante um stock permanente de trabalhadores de países com qualidade inferior de vida (por exemplo o Brasil) com um stock permanente de pessoas que esperam uma oportunidade de poderem melhorar a sua qualidade de vida. Empregados mais dispostos a manter os salários bastante baixos, alguns mesmo com contratos de tempo parcial mas que acabam por fazer horários inteiros sem receber mais por isso. Se o fenómeno ainda não é muito visível por aqui, quem passa por exemplo num famoso centro comercial de Cascais pode descobrir facilmente esta realidade.
O problema é que os patrões (os medíocres) têm medo do efeito borboleta, pois se existisse uma verdadeira política de imigração, o país teria melhores salários, as empresas medíocres afundariam-se mais facilmente. Bem querem atirar lama para os olhos com a saída de empresas com mão de obra intensiva de Portugal, mas depois fomentam a exploração barata para manter os mesmos na mesma situação.
Andamos sempre atrás porque a oligarquia dominante alimenta o país de políticos à medida das suas necessidades. Portugal no fundo? Não é realmente um mistério porque lá andamos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Actividade de Lobby

Novo Complexo de Piscinas Municipais de Estarreja

Descrição do projecto:


O projecto do novo Complexo de Piscinas Municipais de Estarreja foi apresentado em reunião do executivo camarário em Outubro 2005. O investimento previsto é de 2,8 milhões de euros.
Constituído por três pisos, o equipamento vai nascer junto ao Estádio do CDE sendo destinado a fins balneares e actividades recreativas, formativas e desportivas. A Autarquia prevê lançar o concurso internacional para execução da obra até ao final do ano. A construção deverá ter início no primeiro semestre de 2006.
A intervenção arquitectónica apresentada rege-se por quatro directrizes fundamentais: a definição de uma praça pública, a criação de uma vasta zona verde, a construção de três campos de ténis e de um complexo de piscinas cobertas.
A praça pública, junto à entrada principal do edifício, e a intervenção nos espaços exteriores circundantes materializam zonas de convívio, lazer e desporto, ponto de encontro de pessoas, estabelecendo-se a preservação e criação de áreas ajardinadas e arborizadas. Os estacionamentos localizam-se junto à rede viária.
O terreno de implantação possui boas condições de acessibilidade e complementa outros espaços públicos de desporto e lazer. Na envolvente destacam-se as instalações do Clube Desportivo de Estarreja e a Escola Secundária.
Uma das principais preocupações para a concepção da piscina foi a clara distinção dos espaços interiores para evitar conflitos entre as diferentes funções espaciais. Destacam-se quatro sectores: a zona do público, a zona de serviços anexos, a zona de banho e a zona de serviços técnicos.
A piscina coberta terá dois tanques artificiais. O de 18x10m considera-se de aprendizagem ou recreio e o tanque 25x18 classifica-se como desportivo. A zona de serviços técnicos funciona ao nível da cave.
O espaço do bar possui vista panorâmica para a praça exterior e para o complexo de ténis, fazendo parte da composição do alçado principal do edifício. A sua localização permite igualmente visão para o interior da nave.
Num corpo localizado a norte, situam-se as áreas de ginásio, “health-club”, salas de “squash” e respectivos balneários.
A disposição dos dois volumes que compõem o edifício permite a criação de um pátio interior ajardinado. Para esta área ficam voltados os espaços de “health club”, nomeadamente a sala de relaxamento.
Existe ainda um espaço interior com carácter polivalente, destinado a sala de eventos. Este espaço localiza-se na frontaria do edifício, ao nível da cave, voltado para um espaço complementar exterior onde se situa um anfiteatro.
Construída em 1986, a actual Piscina Municipal de Estarreja, situada no centro da Cidade, apresenta várias lacunas: inexistência de um espaço social ou bancada, o grande grau de humidade impossibilita a informatização dos serviços e limitações ao nível da tecnologia do tratamento e aquecimento da água. Por outro lado, a actual piscina implica custos de manutenção elevados.
Face às carências detectadas, a Câmara Municipal optou por construir o Complexo de Piscinas equipado com 2 piscinas cobertas, ginásio, “health club”, hidromassagem, 2 campos de squash e 3 de ténis, auditório e bar.
Oferecendo outro tipo de condições e diversificando as actividades, tais como ginásio, sauna, jacuzzi, o novo Complexo irá contribuir para o desenvolvimento da prática desportiva dos Munícipes.
O texto sobre o projecto é da responsabilidade da Câmara Municipal (ligação aqui).
Meu caro José Eduardo Matos, faça lá a piscina, eu agradeço.

Emprego e desemprego

O INE apresentou os dados relativos a emprego no segundo trimestre de 2007. Os dados mais relevantes da comparação com o mesmo período do ano anterior foi o aumento da população activa de 5 586 400 para 5 595 200, uma diminuição da população empregada de 5 180 800 no segundo trimestre de 2006 para 5 164 600 no mesmo trimestre deste ano. O número de trabalhadores com contrato sem termo desceu de 3 109 100 para 3 031 500 enquanto os trabalhadores com contrato com termo aumentou de 617 800 para 673 800 (isto nos trabalhadores por conta de outrem). De referir também o aumento dos empregados a tempo parcial de 589 400 para 630 200 enquanto que os empregados a tempo inteiro diminuiram de 4 591 500 para 4 524 400.
O desemprego aumentou de 405 600 no segundo trimestre do ano anterior para 440 500 no segundo trimestre deste ano. O desemprego de longa duração continua a aumentar, o desemprego de pessoas com ensino superior aumentou (25,1%), o único ponto positivo nos números relativos a desempregados foi no desemprego dos 15 aos 24 anos (-3%).

A ridícula crise

A crise actual nos mercados financeiros deve-se sobretudo a um sistema demasiado complexo do mercado de crédito, com a criação de produtos financeiros que são extremamente dependentes do comportamento de outros mercados principais. Neste caso do mercado de crédito, existe um índice (chamado de ABX index BBB, Mortgage backed securities), que funciona pela titularização dos mercados de crédito tradicionais. Ora bem, nos mercados de crédito tradicionais já se chegava ao ridículo de compra de casas (nos E.U.A.), para alugar ou para posterior venda a preços completamente especulativos (para dar uma ideia, havia compras de casa para posterior arrendamento que levaria, aos preços de arrendamento de mercado, a retornos a quase 40 anos), os bancos felizes por aumentarem os seus lucros emprestavam aos dois lados com facilidade, a quem compra casa e a quem as contrói, livrando-se de muito do risco destes créditos por titularização dos créditos.
Como nada pode crescer sem sentido a coisa tinha de parar, para já os bancos europeus não foram muito afectados, com excepções de alguns distintos membros em França e Alemanha e de fundos no Reino Unido. Já nos Estados Unidos para além de falências causadas por esta crise, o que eu acho incrível é a capacidade dos bancos de não serem honestos sobre as suas perdas, o que já levou o novo presidente francês Sarkozy a pedir maior transparência nos mercados. O banco americano Goldman Sachs apenas refere que vai injectar 3 000 000 000$ num dos seus fundos, o Bear Stearns fechou um fundo onde se estima que tenha perdido 20 000 000 000$. O índice ABX BBB perdeu cerca de 60% desde Janeiro e é esperado que ainda haja muita perda por aí escondida.
Na europa o enigma continua, o BNP Paribas suspendeu três dos seus fundos apenas referindo-se a uma evaporação de liquidez, A AXA registou problemas de liquidez em dois fundos, o Commerzbank é afectado pela falência do Homebanc nos E.U.A., mas apenas refere que as suas perdas andarão nos dois dígitos (em milhões de euros) e o Postbank referiu que tem 600 000 000€ de activos expostos a este mercado de crédito o que fez as suas acções caírem 5% num dia.
Tenho pena que o responsável do Banco Central Europeu não seja muito sério e venha dizer que voltou tudo ao normal, não voltou tudo ao normal senhor Trichet, também se entende que os bancos podem continuar o seu caminho de irresponsabilidade, têm sempre por trás um banco central para os socorrer, os tipos no fim da linha é que não têm. Já agora o pai da crise, o senhor Greenspan que até aconselhava os americanos a atirarem-se de cabeça a esta nova oportunidade poderia ter dado agora uma palavra de conforto, ou uma explicação, qualquer coisa.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Imigração

O Diário de Aveiro de hoje (notícia aqui) indicava que no país existe já uma ocupação de empregos significativa por parte de imigrantes, no distrito de Aveiro indicava a existência de 10 000 imigrantes e que já representam até 20% da mão de obra do distrito.
Por outro lado no Jornal Público de dia 13 deste mês (notícia aqui), indica que o número de imigrantes tem vindo a diminuir desde 2001.
Segundo o INE a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2007 era de 8,4%.
Não tenho um conhecimento muito profundo do mercado de trabalho, mas certamente parte da imigração a que se refere o jornal Público, especialmente os emigrantes de leste estarão mais voltados para trabalhos mais afectados pela situação económica (por exemplo construção). Os dados referentes à contradição entre o número de imigrantes empregados e o valor do desemprego em Portugal terá explicações mais complexas que não tentaria nunca explicar sem dados concretos. De qualquer forma é um paradoxo interessante.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Turismo em alta

Apesar da minha visão diferente para o desenvolvimento, não tenho nada contra as pessoas que pensam que é pelo turismo que o país vai avançar, respeito a perspectiva mas penso de forma diferente.
Aqui está a notícia do JN a falar de um aumento, embora sem números muito conclusivos, do turismo em Aveiro. Quem anda pela cidade normalmente durante o dia, certamente que percebe o aumento de turistas.
"Mais turistas, pelo segundo ano consecutivo. Hotéis e restaurantes mais cheios. Passeios de barco, e city-tour mais procurados. Estadias mais prolongadas. O Turismo, na região de Aveiro, está a passar por um bom momento.As estatísticas da Região de Turismo "Rota da Luz", relativas aos atendimentos nos balcões do posto de turismo de Aveiro, atestam um incremento de 26%, de Janeiro e Julho e de mais de 33 % só no mês de Julho. Um aumento que se percebe nas ruas e os números da Associação da Hotelaria Regional do Distrito de Aveiro (AHRDA) atestam.Na cidade de Aveiro, a ocupação hoteleira teve um incremento de 13%, no mês de Julho, enquanto, ao nível de toda a região, o aumento médio do número de dormidas foi, no mesmo período, de 17%. Com uma particularidade, nada despicienda. "Há, hoje, mais pessoas a ficarem mais noites na região", diz Óscar Damaya, presidente da AHRDA.As estatísticas confirmam o predomínio dos espanhóis, seguidos dos nacionais. O que poderá ser explicado pela melhoria da situação económica em Espanha, mas também, pelo facto de a A25 (auto-estrada Aveiro-Vilar Formoso), completa desde o Setembro do ano passado, ser, agora, uma via de acesso ao litoral aveirense mais rápida e segura do que era o IP5. Também o número de franceses e italianos tem vindo a aumentar, muito provavelmente fruto da promoção - "um trabalho altamente meritório", na opinião do presidente da Rota da Luz - que o Turismo de Portugal tem feito nesses países.Porém, de uma forma geral, hoteleiros, industriais de restauração e demais operadores referem, como determinante, "o dinamismo" e a "postura mais colaborante" da actual direcção da Região de Turismo."Hoje há colaboração entre os vários agentes", reconhece Rui Barros, da Ecoria, o maior operador de passeios de barco na ria, que regista um aumento da procura da ordem dos 25%."De há dois anos para trás é melhor nem falar. A Região de Turismo esteve parada. Sem ideias, nem articulação com o sector. E isso reflectia-se na ocupação hoteleira", dizia, ainda há poucos dias, o presidente da associação de hoteleiros, Óscar Damaya, sem papas na língua.A diversificação da oferta, através de novos produtos e/ou pacotes de serviços e o trabalho colaborativo (de hotéis, restaurantes e outros operadores, Região de Turismo e câmaras) na promoção tanto interna como externa tem sido, para o presidente da Rota da Luz, a chave do crescimento da actividade turística na região.Aí, Pedro Silva, reconhece que, apesar do esforço promocional que a Região de Turismo tem vindo a desenvolver, os maiores créditos devem ser atribuídos "ao trabalho de qualidade da associação de hoteleiros, que tem sido muito dinâmica"."Os hotéis já não vendem apenas dormidas. Vendem um produto integrado. Vendem a dormida, mas também vendem visitas à cidade, vendem circuitos e vendem passeios na ria. Isto é, um pacote turístico. E isso já começa a reflectir-se na ocupação e no aumento de duração das estadias", argumenta Pedro Silva. "

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Hospital sem controlo

A Inspecção Geral de Saúde não mostrou grande entusiasmo pelas práticas adoptadas no Hospital Visconde de Salreu quando a questão se refere à sua gestão. A notícia do "O Aveiro" aponta várias falhas importantes. Na função pública parece haver sempre incidentes acerca das compras, ajustes directos pouco claros parecem ser o prato principal do gestor público médio.
A notícia aqui.

Travessia com sentido (notícia JN)

"O ferry-boat "Cale da Vila", transportou 1570 automóveis e 5210 pessoas entre o Forte da Barra (Ílhavo) e S. Jacinto (Aveiro), na primeira semana de carreiras regulares, evidenciando uma procura que parece estar ao nível do esperado, revelou, ontem , a MoveAveiro."Para já está a ser um sucesso", diz o presidente da Junta de Freguesia de S. Jacinto, António Costeira. Mesmo nos primeiros dias, em que a procura terá sido menor, por desconhecimento (há quem aponte o facto da entrada em funcionamento do "ferry" não ter sido publicitada e a falta de sinalização) a procura esteve à altura das expectativas. E a partir do meio da semana, começaram a formar-se filas."Na sexta-feira a maior parte das carreiras esgotou", adiantou, por sua vez, o vereador Pedro Ferreira, administrador da empresa municipal de mobilidade MoveAveiro, que explora o ferry-boat, ainda sem ter conhecimento do "movimento" de sábado e domingo. No fim-de-semana, " houve carros que ficaram em terra", testemunha António Costeira, registando que, nos últimos dias, houve quem, "por não querer ficar uma hora à espera na fila (o "ferry" transporta 14 viaturas, em média e as carreiras são de hora a hora) optasse por efectuar o percurso de regresso, cerca de 100 quilómetros até Aveiro, por estrada".Dino Silva, do restaurante "Peixaria", confirma que "de facto, notou-se, no fim-de-semana, um aumento do movimento de carros em S. Jacinto e de pessoas a passar". Outra questão é saber até que ponto esse aumento do movimento de pessoas e viaturas decorre da entrada em funcionamento do ferry-boat ou se é apenas reflexo do período de férias que atravessamos. "É difícil de dizer, porque estamos no Verão e a praia traz muita gente ", adverte Maria da Luz, do restaurante Américo Calisto. "A partir do mês que vem é que vamos ver", vaticina. O presidente da Junta concorda "é preciso esperar pelo fim do Verão para vermos qual vai ser o impacto real do ferry no dia-a-dia de S. Jacinto"."

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Betuwe Line

Um dos mais controversos projectos de infraestruturas públicas na Holanda está finalmente pronto. A Betuwe Line como é conhecida, liga o Porto de Roterdão (e não só) com a Alemanha e em geral com a U.E.. A oposição maior a este projecto fez-se por motivos ambientais, por ser considerado pelos movimentos ambientalistas que este mega-projecto teria impacto sobre a paisagem e a nível de ruído. O principal objectivo desta linha é retirar parte do movimento das autoestradas para um meio mais rápido e mais seguro de transporte.
Chegou-se à conclusão que este projecto vai ainda aumentar mais o potencial do Porto de Roterdão como porto de entrada na Europa, o que deixou os ambientalistas ainda mais desencantados com o projecto.
Em Portugal também poderia ser feita uma ligação para dinamizar um ou dois portos nacionais, retirar trânsito do IP5 ao mesmo tempo que se aumentava a atracção do distrito para fixação de empresas.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Escolher a escola do seu filho

No sítio na rede da SIC, é possível encontrar uma compilação de um ranking de escolas, este ranking é dado pela média ponderada da média das classificações internas de frequência e da média dos exames do 12.º ano. Apesar de poder haver argumentos em defesa dos resultados de uma escola em relação a outra (por exemplo pode alegar-se que o número de exames efectuados a disciplinas de maior dificuldade numa escola são superiores aos efectuados noutra escola), a verdade é que há diferenças muito grandes entre escolas, especialmente quando levamos em conta apenas os exames do 12.º ano. Do topo da classificação, nos dez melhores, parece-me claro que a performance mais honesta é das escolas: Colégio São João de Brito (O nível de exigência da escola parece ser superior ao pedido nos exames) e da Escola Secundária do Restelo, que apesar de as classificações internas se situarem nos 13 valores, a performance semelhante nos exames permite-lhes estar entre as melhores. No extremo oposto por exemplo o Externato de nossa senhora de Fátima consegue estar no fundo da lista porque as classificações dos exames são desoladoras. O que leva por exemplo a concluir que o nível de exigência da Escola Secundária do Restelo com uma média de 13,65 nas classificações internas e 13,42 é muito superior ao do aluno do Externato Nossa Senhora de Fátima com 11,85 e 6,95 respectivamente. O aluno médio perde 1,8 valores durante o ensino regular e depois numa prova semelhante perde quase 6,5 valores? O que dá uma ideia que nem sequer o acesso ao ensino superior é muito justo, além de mostrar as deficiências do ensino em algumas escolas.
A Escola Secundária de Estarreja ficou no lugar 174 da lista com uma média de 13,31 no CIF e uma média de 10,58 nos exames.