quinta-feira, 21 de junho de 2007

Anos a mais de Alberto Souto

Alberto Souto, ex-autarca de Aveiro, sempre me ficou na recordação como um presidente da Câmara sempre aberto a grandes projectos mas que falhava sempre na questão de interesse ou viabilidade económica dos mesmos.
Quando vejo Alberto Souto criticar as escolhas em termos financeiros da Câmara Municipal de Aveiro, vêm-me imediatamente à memória o Orçamento da Câmara para o ano de 2005, quando um autarca que vê o abismo, descobre imediatamente a fórmula para a resolução dos problemas financeiros de Aveiro. A solução? As receitas da Câmara passariam para cerca de 120 milhões de Euros, assim, sem mais. Um município com receitas que se situavam nos 40 milhões de euros, conseguiria quase triplicar as mesmas no prazo de um ano. Não conseguiu, mas a dívida da Câmara a insituições de crédito e a fornecedores crescia lenta mas de forma segura. A eleição do PSD para a Câmara acabou por ser surpreendente. Mas o actual executivo não tem capacidade para mudar a situação. Infelizmente no país onde vivemos, ninguém tem a coragem de perder as eleições seguintes.
Quando este novo executivo chegou à Câmara, como suponho que irá acontecer em Lisboa, houve imediatamente a primeira medida para resolver a situação. Contratou-se uma empresa para efectuar uma auditoria, acabada a auditoria, não há soluções. Há degradação de bens públicos, há uns equipamentos mais recentes que mascaram a realidade, há empresas municipais que afundam o município...
Alberto Souto, o Senhor Euro 2004, agora Vice Presidente da ANACOM, podia dar umas pistas sobre o que fazer com o Estádio Municipal de Aveiro, ou como resolver a questão financeira na CMA. Por sorte para ser-se nomeado para um cargo de confiança política não há avaliação de desempenho em funções anteriores.
O resultado mais prático e visível de uma má gestão, o buraco financeiro da Câmara passa para a manutenção de bens públicos, os buracos financeiros passam para buracos nas ruas e passeios...
Quase que me esquecia! Os fornecedores da Câmara também passam a ser financiadores porque não recebem os pagamentos devidos.

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