quinta-feira, 22 de março de 2007

Um pouco de história para o Partido Socialista

Desde 2002 que Portugal se afasta da média europeia. A tendência parece ser para continuar nos anos que aí vêm. Talvez isto se deva aos ajustamentos por que o país está a passar, não se pode negar que o país está a realizar algumas reformas estruturais ao mesmo tempo que tem congelado o Investimento Público. Além destes factos, por duas vezes diferentes governos tomaram a mesma medida para diminuir o défice público e tentar mantê-lo abaixo dos 3%, que tem consequências negativas sobre a procura interna, esta medida foi o aumento do IVA. Até recentemente a diminuição do Investimento Directo Estrangeiro tinha tomado uma forma nada menos do que espectacular e as deslocalizações para os novos países do alargamento e para a Ásia não deram grande folga ao país. Desde 1980 e até 1995, as empresas estrangeiras eram atraídas para o nosso país apenas por salários baixos, agora na Ásia os salários são bastante mais baixos e nos novos países da U.E. além dos salários mais baixos, também os níveis de educação contam. Se se olhar para trás, entre 2000 e 2003 o desemprego em Portugal aumentou 50 %. Talvez Portugal esteja apenas a voltar à sua forma habitual antes de entrar para a C.E.E. como era então conhecida, nos cinco anos anteriores à entrada, Portugal crescia a uma taxa anual de 0,9 %, quase metade da média da então C.E.E., os claros benefícios em termos de inflação e poder de compra da governação do então Primeiro Ministro Cavaco Silva rápidamente foram esbanjados por um governo que deitou tudo a perder, qualquer aluno do segundo ano de uma licenciatura de economia podia explicar ao Sr. António Guterres que estava a esconder o aumento da dívida pública na descida das taxas de juro, que o défice que estava a criar não ia ser fácil de resolver mesmo com a economia a crescer, quando os problemas foram demais, fez como os ratos que são sempre os primeiros a abandonar o barco. Pediu exílio fora de Portugal onde ainda hoje permanece, à espera de melhores dias para também ele ser candidato a presidente. O que se pede ao governo actual é um paradigma, uma escolha de projectos correcta é essencial para o desenvolvimento, há projectos actuais que nem parecem preocupar-se com uma visão de longo prazo, quanto mais contribuir para os objectivos que o país quer atingir, já tem exemplos suficientes do passado de investimento de fundos estruturais em projectos megalómanos, é preciso investir nas pessoas, investir na sua formação e nas ferramentas para a longo prazo obter um país com maior espírito empreendedor, é preciso ter uma visão de longo prazo. Quando se devia diminuir as inequidades regionais, porque razão só se fala em grandes projectos para a região de Lisboa e as outras regiões ficam para daqui a uma década ou duas? Veja-se o exemplo do que foi feito em Espanha na Galiza e nas Astúrias. Em Portugal vão continuar a aumentar as assimetrias, se os projectos são criados nas áreas de grande densidade populacional, então as pessoas das outras áreas são forçadas a migrar para essas regiões, devia ser exactamente o contrário, atrair pessoas para as regiões menos desenvolvidas. Este tipo de políticas idiotas é seguido de imensas notícias de congestionamentos nas duas grandes cidades de Portugal Continental, os preços das habitações na cidade de Lisboa, etc.
Portugal e Espanha são bastante referenciados na literatura que circula na U.E. pelo seu esbanjamento de fundos e ainda pior, pelo abuso na atribuição de fundos do primeiro Quadro Comunitário de Apoio, não cometam o mesmo erro com o pouco que ainda resta.
Porque é que o actual governo quando faz as suas análises do passado, as regressões acabam sempre no início do mandato do Sr. Durão Barroso, ou José Barroso como é conhecido hoje em dia no exílio. Porque é que não explicam os bons caminhos traçados durante o desgoverno do Sr. António Guterres?

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