O Vladimiro Silva constrói no seu "O Efervescente" um caso bastante bem estruturado sobre o parque industrial de Estarreja, começando por indicar a aposta do Partido Socialista (penso que local) de construir um parque com caracteristicas diferentes do tradicionalmente escolhido pela generalidade dos municipios, apostando na eficiência energética e em empresas mais com componente de tecnologia do que com mão de obra intensiva. No caso da IKEA contudo, parece-me que a decisão teve um bom empurrão político para se instalar em Paços de Ferreira e não aqui, eu penso que um projecto como o da BOSCH, que se pretende instalar em Aveiro seria mais o género de industria a que o Vladimiro Silva se referia.
Quanto ao ponto do fim do projecto, realmente parece evidente a quem observa sem estar por dentro da situação que existe uma certa estagnação do projecto, que o parque não tem dado nenhum contributo para o crescimento de Estarreja ultimamente.
Quanto ao caso das derrapagens, só pode haver uma de duas situações, ou o anterior executivo fez mal as contas e o projecto estava mal planeado, aí caberá ao actual executivo mostrar essas falhas, claramente e sem insinuações vagas de "isto e aquilo" (caberá também ao PS a sua defesa). Ou então a responsabilidade é deste executivo, nesse caso, segundo o que é apontado pelo Vladimiro Silva, a situação já começa a ter um desvio orçamental considerável e cabe ao Presidente apresentar a sua explicação como responsável máximo de tudo que se passa no municipio.
O meu ponto de vista para o parque industrial de Estarreja é diferente dos dois apresentados, tanto o apresentado pelo Vladimiro Silva e bastante difícil de executar de empresas de cariz capital intensivo e não trabalho intensivo, como a do "nós também" do actual executivo, a minha visão passaria pela contrução da ligação Aveiro-Salamanca (para transporte de mercadorias) em Velocidade Elevada e não em Alta velocidade como foi feito na Galiza e em partes de França, bastante mais barata de construir e sobretudo mais barata em termos de manutenção. Estarreja faria parte de uma importante plataforma logística a nível da Península Ibérica, em articulação com o Porto de Aveiro. Penso que o exemplo do Porto de Barcelona devia ser mais que suficiente para levar alguém neste país a entender a posição estratégica de Portugal no continente europeu e o que é que está do outro lado do atlântico, bastando para que passasse por Aveiro uma pequena parte das importações da Europa da América do Sul...
Só a título de exemplo daquilo que digo aqui ficam os números, a U.E. importa do Brasil (segundo os últimos dados oficiais; 2004) por via marítima 92 milhões de toneladas de produtos, dos E.U.A. 54 milhões de toneladas e exporta para o Brasil 6 milhões de toneladas e para os E.U.A. 86 milhões de toneladas, em 2004 o Porto de Aveiro movimentou 3 milhões de toneladas. Talvez eu esteja errado, talvez Portugal não se encontre numa posição estratégica, especialmente Aveiro, de entrada e saída na U.E. por mar. Quem sabe além da entrada e saída, Portugal pudesse até entrar no transporte das mercadorias...
Fonte: Eurostat
Quanto ao ponto do fim do projecto, realmente parece evidente a quem observa sem estar por dentro da situação que existe uma certa estagnação do projecto, que o parque não tem dado nenhum contributo para o crescimento de Estarreja ultimamente.
Quanto ao caso das derrapagens, só pode haver uma de duas situações, ou o anterior executivo fez mal as contas e o projecto estava mal planeado, aí caberá ao actual executivo mostrar essas falhas, claramente e sem insinuações vagas de "isto e aquilo" (caberá também ao PS a sua defesa). Ou então a responsabilidade é deste executivo, nesse caso, segundo o que é apontado pelo Vladimiro Silva, a situação já começa a ter um desvio orçamental considerável e cabe ao Presidente apresentar a sua explicação como responsável máximo de tudo que se passa no municipio.
O meu ponto de vista para o parque industrial de Estarreja é diferente dos dois apresentados, tanto o apresentado pelo Vladimiro Silva e bastante difícil de executar de empresas de cariz capital intensivo e não trabalho intensivo, como a do "nós também" do actual executivo, a minha visão passaria pela contrução da ligação Aveiro-Salamanca (para transporte de mercadorias) em Velocidade Elevada e não em Alta velocidade como foi feito na Galiza e em partes de França, bastante mais barata de construir e sobretudo mais barata em termos de manutenção. Estarreja faria parte de uma importante plataforma logística a nível da Península Ibérica, em articulação com o Porto de Aveiro. Penso que o exemplo do Porto de Barcelona devia ser mais que suficiente para levar alguém neste país a entender a posição estratégica de Portugal no continente europeu e o que é que está do outro lado do atlântico, bastando para que passasse por Aveiro uma pequena parte das importações da Europa da América do Sul...
Só a título de exemplo daquilo que digo aqui ficam os números, a U.E. importa do Brasil (segundo os últimos dados oficiais; 2004) por via marítima 92 milhões de toneladas de produtos, dos E.U.A. 54 milhões de toneladas e exporta para o Brasil 6 milhões de toneladas e para os E.U.A. 86 milhões de toneladas, em 2004 o Porto de Aveiro movimentou 3 milhões de toneladas. Talvez eu esteja errado, talvez Portugal não se encontre numa posição estratégica, especialmente Aveiro, de entrada e saída na U.E. por mar. Quem sabe além da entrada e saída, Portugal pudesse até entrar no transporte das mercadorias...
Fonte: Eurostat
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