Se esteve distraído, aqui está um pouco da história económica recente.
As décadas recentes mostraram uma mudança no panorama económico mundial memorável. Países que eram tradicionalmente fechados política e económicamente entraram na economia mundial. A novidade desta vez? Apenas a duplicação da força de trabalho disponível no mundo e em todos os casos a preços mais baixos do que o que se podia encontrar até então. O fim do comunismo no bloco soviético trouxe 260 milhões de novos empregados para o panorama mundial, a China ofereceu 760 milhões de trabalhadores e a liberalização da Índia cerca de 440 milhões. Juntamente com este fenómeno as mudanças tecnológicas têm vindo a diminuir progressivamente os custos de interacção entre países. As principais mudanças são a redução dos custos de comunicações, durante um certo periodo de tempo a tecnologia naval cresceu mais rápidamente que os produtos que transportava o que permitiu também uma redução das tarifas, embora ultimamente as questões de segurança e o preço do petróleo tenham mudado o cenário um pouco. As multinacionais foram rápidamente colher os frutos destes desenvolvimentos mundiais e o investimento estrangeiro no mundo começou a crescer a um ritmo duas vezes superiores ao do comércio mundial. Uma lição a retirar daqui é que o capital irá para onde o trabalho for mais barato e assim o trabalho e tecnologia serão transferidas.
Que sectores se movem da sua localização actual para regiões onde a mão de obra é mais barata? Um factor determinante é a intensidade, trabalho intensivo sem qualificações tem tendência a mudar-se para países com salários mais baixos. Outro factor importante é: a facilidade com que se pode separar essa actividade do local onde está actualmente e qual é o custo de a separar de actividades económicas relacionadas? Se as firmas em determinado sector são altamente dependentes da rede de fornecedores locais ou da especialização dos trabalhadores locais, então é pouco provável que as empresas se mudem.
A U. E. está a perder rápidamente a sua fatia que detinha do Produto mundial em termos de percentagem, um país como Portugal que se encontra entre os que mais beneficiava dos seus baixos custos quando se juntou à então C.E.E. enfrenta hoje a concorrência feroz de países dentro da União, mas acima de tudo a maior ameaça para as nossas fábricas intensivas em trabalho vem da Ásia. Na minha perspectiva Estarreja esta numa posição em que não existirão grandes ameaças a curto prazo sobre as empresas de maior dimensão cá instaladas.
As décadas recentes mostraram uma mudança no panorama económico mundial memorável. Países que eram tradicionalmente fechados política e económicamente entraram na economia mundial. A novidade desta vez? Apenas a duplicação da força de trabalho disponível no mundo e em todos os casos a preços mais baixos do que o que se podia encontrar até então. O fim do comunismo no bloco soviético trouxe 260 milhões de novos empregados para o panorama mundial, a China ofereceu 760 milhões de trabalhadores e a liberalização da Índia cerca de 440 milhões. Juntamente com este fenómeno as mudanças tecnológicas têm vindo a diminuir progressivamente os custos de interacção entre países. As principais mudanças são a redução dos custos de comunicações, durante um certo periodo de tempo a tecnologia naval cresceu mais rápidamente que os produtos que transportava o que permitiu também uma redução das tarifas, embora ultimamente as questões de segurança e o preço do petróleo tenham mudado o cenário um pouco. As multinacionais foram rápidamente colher os frutos destes desenvolvimentos mundiais e o investimento estrangeiro no mundo começou a crescer a um ritmo duas vezes superiores ao do comércio mundial. Uma lição a retirar daqui é que o capital irá para onde o trabalho for mais barato e assim o trabalho e tecnologia serão transferidas.
Que sectores se movem da sua localização actual para regiões onde a mão de obra é mais barata? Um factor determinante é a intensidade, trabalho intensivo sem qualificações tem tendência a mudar-se para países com salários mais baixos. Outro factor importante é: a facilidade com que se pode separar essa actividade do local onde está actualmente e qual é o custo de a separar de actividades económicas relacionadas? Se as firmas em determinado sector são altamente dependentes da rede de fornecedores locais ou da especialização dos trabalhadores locais, então é pouco provável que as empresas se mudem.
A U. E. está a perder rápidamente a sua fatia que detinha do Produto mundial em termos de percentagem, um país como Portugal que se encontra entre os que mais beneficiava dos seus baixos custos quando se juntou à então C.E.E. enfrenta hoje a concorrência feroz de países dentro da União, mas acima de tudo a maior ameaça para as nossas fábricas intensivas em trabalho vem da Ásia. Na minha perspectiva Estarreja esta numa posição em que não existirão grandes ameaças a curto prazo sobre as empresas de maior dimensão cá instaladas.
P. J. Mazzoni
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