quinta-feira, 29 de março de 2007

BAWO Confecções, L.da e a ROHDE

Provavelmente já poucos se lembram da BAWO, na verdade a empresa foi à falência, já não labora neste concelho, mas voltemos mais atrás na história. Estávamos no Verão de 2003 e um pequeno grupo de trabalhadoras de uma empresa de Estarreja, tinha tempo de antena na comunicação social pela sua luta contra o encerramento da sua empresa. O caso foi de tal forma mediático que chegou até ao Presidente da República (sindicatos, um deputado, um Presidente de Câmara), todos estavam do lado destas trabalhadoras, que provavelmente eram as que menos entendiam de Economia, mas com a sua luta conseguiram atraír as piranhas do costume, homens de negócios que caçam subsídios estatais, foi assim que a BAWO trabalhou mais algum tempo, os subsídios duram e eles competem num mercado artificialmente até que chega ao fim o subsídio, então vivem algum tempo à custa de salários em atraso e enquanto o crédito junto de fornecedores funciona. No final desaparecem. A administração da empresa desapareceu, a contabilidade não existe, para a história fica um Presidente de Câmara com uma salva de prata oferecida pelas trabalhadoras. Como elas próprias colocaram a questão: "não o fazer ao Presidente da Câmara mas à pessoa do Dr. Eduardo de Matos, que tanto as ajudou". Já se afiguram interessados em manter a funcionar a ROHDE com menos funcionários se os apoios forem encontrados. Se isso acontecer, cá estaremos todos para ver mais alguém receber a sua salva de prata, afinal de contas, passados 3 ou 4 anos já ninguém terá memória. Este é o meu tributo às trabalhadoras enganadas.

Sem comentários: