segunda-feira, 28 de maio de 2007

Como não salvar o Darfur

Apesar dos meus escassos conhecimentos de história do continente africano, pergunto-me se no Sudão nos últimos séculos alguma vez houve realmente paz. Uma coisa é certa, as pessoas do Darfur, tal como aquele milhão que se diz já ter falecido no Iraque, morrem porque alguém precisa de petróleo. No caso do Darfur não estão ocupados por nenhuma potência mundial mas sofrem das necessidades de uma potência. O simples facto é que ninguém quer realmente parar aquela guerra, porque ninguém quer incomodar a China. Os interesses económicos das suas empresas multinacionais não são compatíveis com um monte de africanos que ninguém conhece nem sentirá a falta. O mesmo se passa com os iraquianos. Assim, embora todos lamentem demagógicamente a tragédia que se vive no Darfur, todos fazem de conta que a China não tem um programa de troca de armas por petróleo com o Sudão e que garante que o regime lá instalado não é incomodado internacionalmente. Na ONU a China usa todos os meios à sua disposição para impedir decisões do conselho de segurança para que tropas internacionais entrem no Darfur.
As multinacionais americanas, europeias, japonesas, sul coreanas, etc., querem estar no mercado Chinês, os chineses precisam de petróleo, os africanos têm petróleo, Os países africanos têm políticos corruptos. A cadeia de valor é mais complexa mas dá para entender a ideia.
Darfur exposes Chinese hypocrisy, no Washington Post;

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