terça-feira, 3 de abril de 2007

O império contra ataca

Os Estados Unidos, um dos maiores defensores do comércio livre, poderá ter dado mais uma facada na já débil Organização Mundial do Comércio (OMC), ao ceder a mais um lobby e fazer subir as barreiras alfandegárias sobre as importações de papel (as barreiras são uma pauta comum, mas o país que eles pretendem atingir é a China). A verdade tem de ser dita que os E.U.A. são o país com as barreiras mais baixas de todo o mundo, mas as pequenas mudanças a que se tem assistido últimamente, mostram que está a produzir-se uma mudança de mentalidades. Os E.U.A. sobre o pretexto que os chineses estão a fazer dumping de alguns tipos de papel no mercado americano, usando um sistema quase generalizado de subsídios à indústria, levantará as barreiras impostas ao papel maioritáriamente usado para jornais, revistas e alguns livros. Parece que se vão seguir os sectores do têxtil, do aço e dos plásticos.
Talvez o comércio mundial seja bom quando se está a ganhar e a subsidiar a Microsoft para conquistar quota de mercado mundial, talvez os subsídios sejam produtivos quando se trata de apoiar a Boeing. A verdade é que o comércio mundial tem feito com que se ganhe bastante em termos de especialização e de preços mais baixos, mas é certo também que há sempre no final algumas pessoas (trabalhadores) que ficam a perder. Neste caso bastou uma empresa pelos vistos com bastante peso nos meios políticos norte americanos para fazer subir o protecionismo.
Quanto a Estarreja, as boas notícias parecem continuar pois aparentemente não haverá restrições na importação de Kiwis, o próximo motor do desenvolvimento local.

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