quinta-feira, 26 de abril de 2007

No segundo semestre acaba a discriminação



E finalmente está pronto o "Modelo de Gestão e Financiamento das Estradas". O modelo vai contribuir para as contas públicas serem mais equilibradas, não há volta a dar, vamos ser utilizadores pagadores no segundo semestre deste ano. Não há atrasos. Deve seguir-se o hospital.
A semana passada havia quem quisesse fazer passar a ideia que os lisboetas pagam mais IRS que os outros. Na verdade pagam, mas a história é um bocadinho mais complexa, bastava fazer uma análise do investimento estrangeiro em Portugal e ver onde ele se instala. A repartição de investimento é bastante equitativa. Sempre que se trata de IDE em serviços lá vão eles parar a Lisboa ou arredores, com os quadros qualificados do resto do país a serem atraídos para lá. Claro que não colocam parques eólicos ou fotovoltáicos em Lisboa porque não têm espaço nem sequer criam muitos empregos, esses vão para outros locais.
Quando quiserem contar a história da equidade contem-na em Lisboa, no Oceanário, um pavilhão Atlântico, no Centro Cultural de Belém, nos museus, nos teatros, na FIL, Na Gare do Oriente, No Euro 2004, na Expo 98, nas empresas municipais de transportes, Metro de Lisboa, Transtejo, depois façam uma A5, uma CRIL, uma CREL, uma A8 e uma A12, as travessias do Tejo...
E para terminar. Porque é que os ministérios são em Lisboa? Porque é que o Primeiro Ministro lá mora, o Presidente da República também e existe um número enorme de organismos públicos lá? Só a quantidade de empregos e empresas de serviços que seriam criadas noutros locais para servir a máquina do Estado daria para dinamizar concelhos inteiros.
Mas nós pagaremos a nossa estrada. Afinal não queremos que nenhuma empresa confunda as vantagens de se instalar em Lisboa com os concelhos onde nada existe.

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