segunda-feira, 30 de abril de 2007
É nos custos que tens de poupar idiota! O hospital deve ficar aberto.
Isto utilizam alguns mas pagam todos. Coincidências...
O prazer da farsa
Veja com os seus próprios olhos. A parte que eu mais gostei nas declarações do Primeiro Ministro foi: "seja quem for que tenha cometido o erro, o relatório tinha um erro relativamente às pessoas".
Veja-se a maneira inteligente como o Primeiro Ministro diz que a responsabilidade foi de alguém, sem nunca referir que foi do seu governo, do Conselho de Ministros do seu governo...
Só para terminar, o governo que acusou o Tribunal de Contas de ter feito passar a imagem de um governo despesista, não enviou para o tribunal qualquer documento para alterar os dados das despesas. Porque será?
sábado, 28 de abril de 2007
Leituras de fim de semana
sexta-feira, 27 de abril de 2007
Sobre o novo Imposto de Circulação
Basicamente a grande mentira que tentam passar sobre este imposto é que tem uma componente ambiental, o que este imposto tem é uma componente de maior receita anual, de ambiental não tem nada.
Ponto número 1: Para efeitos de comparação utilizarei os dados referentes a um Toyota Yaris 1.0 com os dados oficiais a apontarem para as emissões de CO2 de 127 (g/km), o segundo veículo será um Audi A4 1.9 TDI com emissões de 151 (g/km). As taxas de imposto (o IUC) são respectivamente €100 e € 175.
Se o condutor do Yaris fizer 50000 kms por ano e o A4 fizer apenas 10000 kms, os resultados por km, para o Yaris são de € 0,002 por km e de € 0,000016 por cada grama de CO2. Por sua vez o do A4 paga € 0,0175 por km e € 0.00012 por grama de CO2.
Os cálculos poderiam ser feitos ao contrário e os resultados seriam opostos.
O que eu queria mostrar é apenas que o imposto é um custo afundado, ou seja não tem qualquer impacto no número de quilómetros que serão feitos com o veículo, o que resulta é apenas um imposto que se arrecada quer o carro faça 100000 kms ou nenhum. Se queriam fazer algum imposto verdadeiramente com uma componente ambiental para compensar a externalidade causada pela poluição era sobre os combustíveis, o princípio do utilizador pagador. Mas esse já não pode ser mais sobrecarregado, afinal de contas já é tão grande que já inclui uma grande componente ambiental.
O ministro Teixeira dos Santos é Economista, tanto quanto sei também era professor,não imagino o que ensine, o que ele é neste momento é um grande mentiroso, a tentar mentir sobre custos afundados e a relacionar os mesmos com externalidades que não podem ser compensadas desta forma. O que o senhor faz é aumentar o custo fixo do proprietário do veículo e quanto mais ele andar de automóvel menor será o custo total médio.
Xenofobia disfarçada
"Portugal prepara Euro 2012 na Ucrânia com estágios com ucranianas (...) Madail declarou-se satisfeito (...) já há muitos anos que a selecção portuguesa realiza estágios com ucranianas."
"Amadora quer ser a Bollywood portuguesa; Se o Alentejo quer ser a Holywood portuguesa, a Câmara Municipal da Amadora já manifestou o desejo de se tornar na Bolywood nacional. "Com tantos emigrantes que residem no nosso concelho, podemos oferecer aos produtores indianos todas as codições que encontram no país natal, a baixo custo, como manda o Manuel Pinho" (...)"
A mim não me parece muito prestigiante para um país de emigrantes, que nós ridicularizássemos assim os que para cá vêm na procura de melhores oprtunidades.
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Obras em Salreu
No segundo semestre acaba a discriminação
Quando quiserem contar a história da equidade contem-na em Lisboa, no Oceanário, um pavilhão Atlântico, no Centro Cultural de Belém, nos museus, nos teatros, na FIL, Na Gare do Oriente, No Euro 2004, na Expo 98, nas empresas municipais de transportes, Metro de Lisboa, Transtejo, depois façam uma A5, uma CRIL, uma CREL, uma A8 e uma A12, as travessias do Tejo...
E para terminar. Porque é que os ministérios são em Lisboa? Porque é que o Primeiro Ministro lá mora, o Presidente da República também e existe um número enorme de organismos públicos lá? Só a quantidade de empregos e empresas de serviços que seriam criadas noutros locais para servir a máquina do Estado daria para dinamizar concelhos inteiros.
Mas nós pagaremos a nossa estrada. Afinal não queremos que nenhuma empresa confunda as vantagens de se instalar em Lisboa com os concelhos onde nada existe.
quarta-feira, 25 de abril de 2007
terça-feira, 24 de abril de 2007
O Golias que não consegue ganhar a guerra
O exército mais caro do mundo está a perder outra guerra, não no Iraque onde hoje morreram mais nove militares americanos e vinte ficaram feridos, mas no Afeganistão, o país do qual se diz "onde os invasores vêm morrer", os ingleses perderam lá, mas na altura não havia grande tecnologia na guerra e as montanhas eram um bom esconderijo. Os russos seguiram-se e com o apoio dos americanos também foram humilhados. Agora os Estados Unidos perdem uma guerra com um exército sem qualquer tipo de sofisticação, refugiando-se na desculpa que são apoiados por gente no Paquistão e por alguns sauditas mais abastados...
Como dizia o poeta:
Co'o mundo pouco te importas
porque julgas ver direito.
Como há-de ver coisas tortas
quem só vê o seu proveito?
À guerra não ligues meia,
porque alguns grandes da terra,
vendo a guerra em terra alheia,
não querem que acabe a guerra.
Vós que lá do vosso império
prometeis um mundo novo,
calai-vos, que pode o povo
q'rer um mundo novo a sério.
A política local
O último episódio que conheço deste claro desentendimento é caso da prestação de contas relativo ao exercício de 2006, O PS local apresenta uma série de argumentos em que tenta mostrar estagnação do município, a administração local rebate as acusações. Neste caso parece-me que algumas das questões levantadas pelo PS são aproveitamento, falando de assuntos como factos isolados e que tirados do plano geral parecem fazer sentido.
O PS devia apresentar as suas próprias soluções, certamente quando concorreu às últimas eleições tinha uma estratégia de médio prazo (a não ser que esperasse perder as eleições como veio a acontecer) e tentar implementar algumas das suas soluções caso fossem favoráveis ao município. Certamente receberiam o crédito por isso no futuro.
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Um aviso para os portugueses
Será que como copiam tudo, os programas portugueses também enganam os seus espectadores?
domingo, 22 de abril de 2007
Manifesto das urgências
Aproveito este episódio das urgências do Hospital Visconde de Salreu para deixar o link para o Manifesto das Urgências.
O documento pode ser consultado aqui.
Resposta do C.A. do hospital
Estarreja nas notícias
Como não acredito que a visita do Marques Mendes tivesse um impacto negativo sobre a decisão de manter as urgências abertas penso que é lamentável o que aconteceu.
sábado, 21 de abril de 2007
Discriminação positiva ou negativa?
Era bom que a direcção do hospital explicasse o acontecimento porque é um pouco estranho...
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Santa Casa da MIsericórdia
Cá vai mais uma para o Torcionário
Devem ter sido este tipo de movimentos que levaram Vara à administração da Caixa Geral de Depósitos. Episódio da cleptocracia aqui.
Dolce Vita à portuguesa... (ou espanhola hoje em dia)
Eu não penso assim, na verdade acho que a próxima geração não deve ser confinada a servir cafés a turistas e a paquetes de hotéis. Este projecto do Dolce Vita é ainda pior do que o turismo, quanto a mim a cadeia de valor não tem mais valia, é apenas uma maneira de secar o comércio que se encontra em determinado raio. Continuo a ter a ideia (posso ser um pouco idiota) que se deve produzir alguma coisa, que é preciso ter uma cadeia de valor que incorpore conhecimento, que possa produzir algo que também possa ser exportado. Se Portugal só vender Sol e o resto sejam centros comercias, daqui a uns anos quase não serão necessárias universidades, não é preciso andar numa universidade para servir a uma mesa, nem para estar atrás de um balcão de uma loja.
Prefiro uma fábrica da Ikea em Portugal com 400 empregos do que três lojas da Ikea com 1200 empregos, prefiro uma autoeuropa do que todos os centros comerciais Dolce Vita juntos.
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Interessante...
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Polónia e Ucrânia vão organizar Euro 2012 em conjunto
O todo poderoso Euro
Favores em cadeia (ou mais uma coincidência)
O António Morais, professor do Sócrates (o tipo que queria meter a amiga brasileira na administração pública), que por sua vez foi nomeado pelo Armando Vara (Embora as histórias contadas por ambos dessa nomeação na batam certo uma com a outra) para a administração interna e que não tinha relação nenhuma com Sócrates, nomeou o arquitecto Fernando Pinto de Sousa (se o nome lhe é estranho, o senhor é pai de José Sócrates) para a fiscalização de uma grande empreitada. Que raio de coincidência esta! Também a empresa que foi responsável por dezenas de empreitadas por aquelas bandas era a mesma onde trabalhava o António Morais. O António Morais era ainda consultor desta empresa ao mesmo tempo que trabalhava no governo para projectos no estrangeiro...
Não sei, parece uma coisa daquelas do tu coças as minhas costas e eu coço as tuas...
Fonte: José António Cerejo. Jornal Público; GEPI contratou pai de Sócrates para fiscalizar obra da Conergil, página 6
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Quando não se é imparcial, pelo menos devia alegar-se desconhecimento
Importações de baixa qualidade
Se a moda pega, talvez possamos importar de outras paragens igualmente democráticas. Talvez aquele administrador do Delta da Nigéria que recebeu uns apoios para ajudar as pessoas e decidiu investir num iate particular (de dimensões razoáveis), logo seguido de incitamento contra as companhias estrangeiras que nada fazem pela região, apenas explorando o petróleo. O resultado são raptos de trabalhadores das ditas companhias.
Roubos, os malditos roubos
Com um pouco de sorte são convidados para entrevistas na TVI. Os meus parabéns a todos os génios dos pequenos crimes.
sábado, 14 de abril de 2007
Evidência empírica sobre parques tecnológicos
Existem bastantes estudos que mostram os beneficios dos clusters regionais, por exemplo Paul Krugman e Michael Porter têm estudos deste fenómeno bem documentados. Estes clusters não se limitam a sectores tecnológicamente avançados. Já o Alfred Marshall no início do século 20 descobria os beneficios dos clusters, ao nível da oferta de trabalho (quem oferece trabalho são as pessoas, as empresas procuram trabalho), acesso a inputs especializados e circulação de informação entre pessoas e firmas do cluster. Estes beneficios por sua vez segundo os estudos por exemplo do Krugman, geram um feedback positivo incentivando a mais concentração, não só de firmas mas também de trabalhadores qualificados. Parece já ser neste momento do conhecimento do público em geral que no caso das empresas de tecnologia, a associação de "Venture Capital" e a sabedoria das universidades é o que gera empresas de sucesso num cluster.
As universidades atraem cientistas e engenheiros para a sua região, gerando ao mesmo tempo conhecimento que as firmas podem utilizar. Também já existem estudos a documentar esta transferência de conhecimento das universidades para as firmas, com uma correlação positiva entre a investigação nas universidades e o número de patentes nas firmas aí existentes. Um caso bem documentado é o da Universidade de Stanford e Silicon Valley.
Uma oferta de trabalho altamente qualificada, uma combinação entre grandes empresas e pequenas "start ups", o "venture capital" e os capitalistas, infraestruturas de acordo com as necessidades das firmas de alta tecnologia e ligações com universidades são todos componentes de clusters tecnologicos. Alguns destes itens podem ser feitos com resultados imediatos por políticos interessados em promover a sua região economicamente.
Os estudos indicam que os parques tecnológicos são criados com dois objectivos, o primeiro é o papel de incubadora, nidificando o desenvolvimento e crescimento de pequenas novas firmas tecnológicas, facilitando a transferência do conhecimento das unversidades para edifícios criados para o efeito onde se tornam inquilinos, onde são estimulados a desenvolver produtos e processos inovadores. O segundo objectivo é ser um catalisador para o desenvolvimento economico da região, atraindo investimento e propulsionado o desenvolvimento local.
Claramente os parques tecnológicos são subsidiados, terrenos, edificios, infraestrutura e serviços e redução fiscal.
Agora vem a má notícia, a maioria dos parques tecnológicos criados falham, não foi o caso do Tagus park, mas existem exemplos claros dos E.U.A. onde não houve um verdadeiro empenho no desenvolvimento de parques, apenas a tentativa de contrariar o declinio de outras industrias.
Para concluir, estudos econometricos apontam para um impacto positivo ao nível do emprego de parques tecnológicos onde se produz investigação, também no número de firmas, funcionando mesmo como atracção de capital para a região.
O Michael Porter indicou bem as dificuldades de iniciar este tipo de parques, especialmente do zero.
Leituras recomendadas:
Paul Krugman. Geography and trade
Michael Porter. The economic performance of regions
sexta-feira, 13 de abril de 2007
Sobre a AMIGAIA, para o José Matos
O Martins da Cruz, além dos "Road Shows" mais públicos que fará, como por exemplo na London School of Economics (LSE), irá fazer reuniões com potenciais investidores onde tal como em Frankfurt ele não vai falar de Portugal, vai falar de Gaia, apenas de Gaia como uma porta para o outro lado do oceano por exemplo (Porto de Leixões e Porto de Aveiro). A vantagem é que ele vai atirar para cima da mesa a localização, depois vai usar o trunfo que os parques tecnológicos vão ser feitos à medida das empresas que lá se instalarão, para que em cada cluster as empresas possam agir como um todo. Vai falar no acesso a um aeroporto internacional, as ligações ferroviárias (prometidas) e rodoviárias. Quanto à parte de mão de obra qualificados ele vai referir a parceria com a Universidade do Porto e a Universidade de Aveiro com custos de mão de obra moderados comparado com o resto da Europa. Depois vem a parte mais importante, os subsídios para a instalação, o apoio financeiro, os impostos sobre as empresas moderados e a flexibilidade para grandes empresas. Ele apresentará o Business and Inovation Center para start ups e para pequenas e médias empresas (Se procurar por exemplo no exemplo inglês, os principais parques tecnológicos nascem da relação com universidades, 75% das empresas no parque vêm de um raio de 50 kms e 20% da própria universidade, na realidade os parques tecnológicos são compostos largamente por PME's). Por fim utilizará pessoas influentes como referência e falará da qualidade de vida no concelho. O José Matos poderia dizer que isso também pode tudo acontecer em Estarreja, os apoios que Gaia possa conceder também podem ser replicados aqui. O problema é que temos de nos dar a conhecer com o nosso projecto, mostrar claramente os incentivos e mostrar que não vamos mudar de rumo. Em Frankfurt, em 15 anos, foi conseguido apenas o investimento de dez mil milhões de Euros, empresas como a BASF (concorrente da DOW), Aventis, ABB, Eni e a Total, só para citar algumas, localizaram-se lá e não pensam em sair porque o nível de interligação com outras empresas que por lá se instalaram é tão grande que o cluster é mesmo um cluster. Na verdade, o caso de Frankfurt deu origem a novos clusters, um cluster de logística foi criado apenas para servir as empresas ali instaladas, por sua vez este cluster levou à criação de vários serviços locais como por exemplo stands de camiões, postos de abastecimento de combustíveis e oficinas.
Dito isto, continuo a preferir o desenvolvimento de uma plataforma logística no distrito de Aveiro, Aveiro poderia ser a ligação com o outro lado do Oceano, funcionar como a porta de um corredor de mercadorias para a Europa e da Europa. Uma plataforma eficiente atrairá empresas industrias e de serviços.
O ensino de línguas na Europa dos 27
A parte interessante do estudo mostra, que por exemplo na Dinamarca, além da sua própria língua, 99,1% dos alunos estavam a aprender inglês14,9% francês e 84,5% alemão, no reverso da medalha está o Reino Unido, 34,4% aprendem francês e 13,9% aprendem alemão. O outro aspecto que parece ser evidente é a escolha da língua inglesa, a mais estudada e o alemão a ganhar largamente ao francês.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Imagino que fosse a algo deste género a que o Vladimiro Silva se referia
Aqui fica a sua declaração de princípios:
Diplomacia Económica
Neste âmbito, a internacionalização da economia local, constitui um dos principais eixos de actuação da AMIgaia, através da promoção de acções de diplomacia económica.
A intervenção no domínio da diplomacia económica irá privilegiar a criação e exploração de oportunidades para as empresas e para a economia local, através da sua internacionalização, do incremento das exportações e da captação de investimento directo estrangeiro de qualidade.
Pretende-se, por um lado, favorecer a inovação do tecido empresarial local, através do reforço da orientação das empresas locais para mercados internacionais, com vista ao seu reposicionamento em segmentos mais competitivos e diferenciados e, por outro lado, apoiar activamente a captação de investimento directo estrangeiro, através de incentivos a projectos de investimento produtivo com forte intensidade inovadora e de natureza estruturante, propiciadores de demonstração e de efeitos de arrastamento no tecido económico local.
Neste domínio serão organizadas várias missões empresariais a países estrangeiros com o objectivo de estabelecer contactos directos com empresas e investidores, câmaras de comércio e outros organismos associativos e representativos do tecido empresarial, que possam contribuir para apoiar activamente a dinamização da actividade económica do Concelho.
Martins da Cruz estabelece uma fasquia bastante elevada, se conseguir será a inveja dos municípios vizinhos. Meu caro José Eduardo Matos, alguns dos príncipios apontados por Martins da Cruz têm que ver com a localização de Gaia, NÓS ESTAMOS MELHOR LOCALIZADOS, é altura de entender que não é só Portugal que luta com outros países para a atracção de IDE, também os concelhos dentro de Portugal devem lutar e fazer por serem vistos. Eu continuo a apostar na plataforma logística, para mim será mais benéfica a longo prazo, não sofrendo de problemas de deslocalização.
Nova proposta para o BCN
Quanto aos demais aspectos do projecto do PS, cabe-lhes demostrar a sua viabildade, quanto à parte do BCN, penso que se for possível a sua instalação sem defice nas contas ao final do mês, estou apenas a referir-me às despesas directamente resultantes da actividade do BCN, como salários, equipamentos e os custos da sua utilização do espaço, não imputando a este os custos fixos totais suportados pela Câmara com a escola, apenas os custos marginais da utilização do espaço e da manutenção da actividade em Estarreja, deve este projecto por cá continuar. Entendo perfeitamente que seja cobrada uma renda ao BCN pelo espaço, ou se for caso disso, um apoio na forma de instalações gratuitas para o desenvolvimento desta actividade, diminuindo os apoios monetários concedidos pelo município.
A competitividade, o desporto e as empresas
O nosso Primeiro outra vez
Não são esperadas respostas pela minha parte, a entrevista desta noite na RTP certamente não trará grandes novidades, visto ser sobre os dois anos de governação.
Fonte: Pedro Correia: "O que está em causa na licenciatura de Sócrates"; Diário de Notícias
terça-feira, 10 de abril de 2007
No Público de hoje!
Nos registos do Parlamento sobre o então deputado socialista eleito por Castelo Branco surgia uma licenciatura em Engenharia Civil, apesar de o actual primeiro-ministro já ter afirmado que apenas terminou a licenciatura em 1996, o que coincidiu com o exercício de funções de secretário de Estado adjunto do Ministério do Ambiente.
Nesse ano de 1993, o registo académico de José Sócrates incluía apenas um bacharelato em Engenharia pelo Instituto Superior de Engenharia Civil de Coimbra, que foi concluído no fim da década de 1970.
Desde então, José Sócrates frequentou o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e a Universidade Independente, tendo obtido aí o diploma em Setembro de 1996.
Um outro dado revelado pela investigação do RCP aponta para que um ano antes da conclusão da licenciatura, em Outubro de 1995, o então secretário de Estado adjunto do Ministério do Ambiente assumiu o título de Engenheiro no decreto de nomeação para o Governo de António Guterres publicado em Diário da República."
Aparentemente quando o Público abordou a questão, todos lhe caíram em cima por causa da licenciatura de José Sócrates, houve até quem falasse em vingança contra Sócrates por assuntos antigos. Agora afinal todos seguem na mesma direcção.
Fonte: Jornal Público; (o artigo aqui)
A grande ilusão (pilhagem) do nosso século!
O Euromilhões, se tiver uma máquina de calcular científica (pode usar a calculadora do computador) poderá fazer a seguinte conta (50!)/(5!*(50-5)!) esta operação permite-lhe calcular simplesmente as combinações de 50 números 5 a 5. O resultado é impressionante 2118760 (ainda não desistiu de jogar?) a parte das estrelas, aquela parte fácil de acertar num número! Cá vai: (9!)/(2!*(9-2)!) ou simplesmente combinações de 9 números 2 a 2. O resultado é 36 (sim é bastante mais fácil acertar nas estrelas!). Agora vem a parte chata, para saber a probabilidade de ganhar tem de multiplicar os dois resultados e... 76275360 é o número mágico. Agora basta dividir 1 por este número e a probabilidade de ganhar o Euromilhões é: 0.0000013% (não parece muito grande a hipótese pois não?).
IEFP ineficiente
segunda-feira, 9 de abril de 2007
O Torcionário
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Pense primeiro, não compre tudo que lhe dizem
Aqui está um exemplo claro do que pode acontecer quando se acredita em tudo que se vê, a verdade fica algures perdida no meio de inclinações mais para a direita ou mais para a esquerda. É ver as recentes notícias de tentativa de silenciar a comunicação social por parte do gabinete do primeiro ministro. Estranho é ver a comunicação social que lhe estava mais próxima a manifestar-se contra esta pressão...
Os custos de agência
O princípio desta coisa é bastante simples (princípio do dividendo), se não há projectos com retorno superior ao que os accionistas receberiam com outras aplicações, então devolve-se o dinheiro dos lucros aos accionistas (afinal de contas a empresa é deles). A PT e o BPI podiam fazer isto, mas só agora com o aperto é que alinham por esta política.
quarta-feira, 4 de abril de 2007
Finalmente boas notícias
terça-feira, 3 de abril de 2007
Ao Vladimiro Silva
O seu terceiro ponto no comentário que deixou: Quantos sectores na economia pensa que têm margens legais a regular o seu funcionamento? A minha análise não é Portugal contra os outros países, é concorrência perfeita ou não. Existem neste sector restrições do lado da oferta, com limitação de entradas no sector, limites de propriedade e as restrições de natureza quantitativa.
Ponto número quatro: Compreendo que não haja confiança no governo, se estivesse no lugar de um proprietário de farmácia também não confiaria no governo, contudo penso que a ANF serve os farmacêuticos, mas não se servirá também dos farmacêuticos?
O seu quinto ponto: Não possuo dados referentes à densidade populacional do Reino Unido para comparar com Portugal, nem sequer da legislação local, estes factores podem enviesar uma análise tão simplista dos números.
A questão da concorrência por só haver 3 concorrentes na Noruega, compare os preços dos bens nas dezenas de lojas de bairro (antes das grandes superfícies) com os preços na cidade de Aveiro com a existência de grandes superfícies (Feira Nova, Carrefour, Jumbo, Pingo Doce), estas passaram a representar mais de 90% das vendas de produtos alimentares no concelho e os preços caíram drásticamente. A concentração não significa menos concorrência.
O seu ponto seguinte: o monopólio é comercial, não é só quando um bem é fornecido apenas por um fornecedora nível nacional, se preferir eu uso a palavra oligopólio. A verdade é que o lobby do sector tem mantido o número de participantes no sector limitado, com forte regulação criando monopólios locais como afirmei antes. Coloque-se na pele de uma morador na Torreira, acabou de sair do centro de saúde local com uma receita. A que farmácia vai? Tem algum incentivo a andar uns quilómetros para ir a outra farmácia? (eu estou a falar em média, sem casos particulares).
A ANF, desculpe se pensa de outra maneira, é o veículo que mantêm as coisas mais ou menos como estão, os prejudicados são os consumidores finais.
Por fim, a minha escolha para a localização de uma farmácia seria exactamente Canelas, se possível no largo do Campo da Cruz, quanto a mim seria o local que maximizaria o meu número de clientes no panorama actual. Não em Estarreja.
Quanto aos pagamentos, certamente não confiaria no Estado se estivesse na pele de um proprietário, certamente os 1,5% cobrados pela ANF não são pela bondade do coração do senhor Cordeiro mas sim pelo conhecimento de que nunca nenhum estabelecimento actual conseguiria uma taxa mais baixa no mercado de capitais. Quanto aos 8 dias do pagamento que refere, sempre foi assim? Ou foi uma coisa que sempre podia ter sido feita e quando o Estado fez uma proposta igual à que a ANF tinha em vigor o senhor Cordeiro mandou fazer esta alteração? Se eu estiver certo e os 8 dias for uma coisa bastante recente então afinal a ANF está a fovorecer os seus associados?
Os sectores onde Portugal se destaca a nível mundial: Vinhos de mesa, sector do vidro, têxteis lar, sector de rolhas de cortiça e outros derivados, pavimentos e revestimentos cerâmicos, moldes, sector do cimento e alguns outros materiais de construção, sector da embalagem...
O império contra ataca
Talvez o comércio mundial seja bom quando se está a ganhar e a subsidiar a Microsoft para conquistar quota de mercado mundial, talvez os subsídios sejam produtivos quando se trata de apoiar a Boeing. A verdade é que o comércio mundial tem feito com que se ganhe bastante em termos de especialização e de preços mais baixos, mas é certo também que há sempre no final algumas pessoas (trabalhadores) que ficam a perder. Neste caso bastou uma empresa pelos vistos com bastante peso nos meios políticos norte americanos para fazer subir o protecionismo.
Quanto a Estarreja, as boas notícias parecem continuar pois aparentemente não haverá restrições na importação de Kiwis, o próximo motor do desenvolvimento local.
segunda-feira, 2 de abril de 2007
A ANF e o bem estar dos portugueses
O sector das farmácias é apenas um sector com um volume de negócios de 3,2 mil milhões de Euros (valores de 2003), onde os medicamentos representam 92% deste valor e 90% destes dizem respeito a medicamentos sujeitos a receita médica. Com um crescimento de 8% entre 1999 e 2003 certamente este sector precisará de mais um pouco de protecção. A simpática reserva de actividade conseguida através de lobby dá um interessante valor em média de 1,25 milhões de Euros de volume de negócios por estabelecimento e uma margem líquida sobre as vendas de 6,8%.
Sinceramente se isto não é um lobby, porque é que existe limite de entrantes neste mercado? O número de concursos abertos todos os anos é motivo para rir. Uma margem bruta fixada administrativamente de 19,15%, claro que esta margem é de perto de 25% quando se fala de medicamentos sujeitos a receita médica(sim, tal como nos outros sectores da economia, nos medicamentos também há descontos dos grossistas). É aqui que entra a ANF, defensora de concorrência, desde que essa concorrência não ocorra no sector farmacêutico, no resto da economia, tudo bem. Com a esmagadora maioria das farmácias a serem associadas desta, descobriu uma maneira de ganhar dinheiro dos dois lados da barricada, mantendo os seus associados contentes com o lobby para manter o sector o mais longe possível da concorrência perfeita, cobra a estes uma percentagem para que estes recebam as suas dívidas atempadamente, do outro lado faz uma operação financeira, financiando-se no mercado de capitais e cobrando um valor superior ao Estado. Um caso claro de arbitragem. Ao mesmo tempo a ANF estende os tentáculos sobre a actividade individual de cada associado de forma a achar novas formas de mutação e colocar entraves sérios se algum dia alguém os tentar tirar do sector. Ou não estivessem já um pouco por todo o sector, com integração vertical e horizontal, mantendo os seus associados numa teia muito bem montada. A autoridade da Concorrência pensa mesmo que este comportamento inviabiliza a concorrência no mercado. Mas voltando às farmácias, com a entrada no mercado restrita, com medidas quantitativas, critérios geográficos e demográficos, para obter uma licença é preciso entrar num concurso com cariz administrativo e cumprir requisitos de capitação e distância entre farmácias (é bom ter um monopólio local não é meu caro Vladimiro Silva?).
Então em negociação entre o Estado e a ANF foi decidido que vai haver liberalização da propriedade mas as restrições de natureza quantitativa continuam (afinal ainda não queremos concorrência perfeita diz a ANF). Talvez haja receio que faltem técnicos qualificados para trabalhar nas farmácias caso os particulares consigam por a mão em alguma (não faltam)... Já agora, se por acaso alguém quiser contestar que isto é um monopólio, então primeiro vão descobrir o que é um monopólio de natureza comercial. Já agora, o meu caro Vladimiro Silva poderia esclarecer-me, no caso do software fornecido pela associação nacional de farmácias, se este não é utilizado pela mesma para detectar mudanças de comportamento de um associado? Ou pensava que os padrões comuns de gestão criados por este assocação eram para benefício apenas das farmácias? Já agora podia informar-me se não existe estudo nenhum em que se mostre que a liberalização total do negócio das farmácias e que a possibilidade de haver descontos seria significativamente benéfico para os consumidores.