sexta-feira, 31 de agosto de 2007

J. S. Bach

Uma nova piscina

Albergaria inaugurou mais uma piscina municipal, na Branca. Esta piscina pode adiar a necessidade de uma nova piscina em Estarreja por estar bastante próxima de Estarreja. A não ser que se seja irredutível defensor da rivalidade entre concelhos, a verdade é que uma piscina em Estarreja, junto ao Estádio Municipal ou uma piscina na Branca servem da mesma maneira boa parte da população, Canelas, Fermelã e boa parte de Salreu.
Talvez a Câmara Municipal de Estarreja tenha outros projectos que considere urgentes, a realizar nos próximos tempos, ou talvez apenas possa manter as suas contas equilibradas e quem sabe seguir o exemplo da Mealhada e aliviar umas dezenas ou centenas de euros aos contribuintes do concelho. Poderia por exemplo alterar o IRS, como medida de neutralidade fiscal, com o objectivo de anular o efeito das taxas municipais que têm crescido nos últimos anos no concelho.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Assuntos de Verão

O ano passado, no parlamento europeu, foi debatida uma proposta francesa de constituição de uma frota aérea para combate a incêndios. O assunto não passou do papel, o assunto afundou-se quando o tema em discussão era o financiamento, quem pagava a frota?
Este ano o ministro francês da agricultura voltou à carga e oportunamente apareceu imediatamente um país a juntar-se à coisa, a Grécia. Actualmente a actuação da UE centra-se na ajuda de países com equipamento disponível e países com necessidades de equipamento. Claro que este ano, como no último, a questão do pagamento dos aviões é a grande questão. A UE aconselha o investimento na prevenção de incêndios.
Cá em Portugal fazem-se uns negócios estranhos, primeiro compram-se aviões que têm dificuldades técnicas, os negócios são anulados em concursos públicos para se optar por ajuste directo (falta referir que os concursos foram efectuados com as especificações de um aparelho, excluindo da questão um certo fabricante canadiano que normalmente ganha este tipo de concursos...). Agora apareceram uns helicópteros para combater incêndios no Inverno... Coisas de Verão.

Concorrência perfeita?

Os editores de livros não consideravam o mercado de livros do 1.º ciclo um mercado rentável. A partir daí, conseguem convencer o governo a que em 2008 possam aumentar o preço dos manuais em 6%. Um aumento superior à inflação, independente da estrutura de custos das editoras, o preço dos manuais subirá 6%. De uma forma geral, todos os livros vão subir de preço.
Se havia um problema tão grande, não poderia o Estado português, passar a produzir os manuais para o 1.º ciclo? Se há uma falha de mercado assim tão séria, poderiam deixar as editoras concentrarem-se noutros segmentos de mercado?
O que me parece é que tem havido alguns movimentos de concentração a nível de editoras, agora os resultados parecem estar à vista. Preços mais altos, maior qualidade? O que é certo é que o ensino gratuito, ficará só um bocadinho mais caro para as famílias.

Mealhada em alta

A Câmara Municipal da Mealhada apareceu ontem nas notícias por um bom motivo, vai baixar o Imposto Municipal sobre Imóveis em 40%, noticiou a Rádio Renascença (aqui). A taxa passará a ser de 0,3%.
Hoje o mesmo executivo dá uma ajuda subsidiando os aumentos dos transportes escolares, mantendo o preço pago pelos alunos por esse transporte igual ao do ano anterior.
Outros houve, que em vez de olharem pelos interesses da população em geral, andaram a fazer buracos para mais tarde recordar, é que fazer estádios de futebol onde nem de graça lá vão mil pessoas, é realmente triste.
É um princípio bastante básico da gestão, se não tens nenhum projecto rentável para investir o dinheiro, então devolve-o aos accionistas, que neste caso são os cidadãos do concelho.
Quanto à Mealhada, além do leitão ter sido recentemente considerado uma das sete maravilhas gastronómicas de Portugal, o nome do Presidente é Carlos Cabral e os únicos defeitos que achei quanto à governação do senhor, foi o parecer do Tribunal de Contas, no que diz respeito aos orçamentos que apresenta.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Não há almoços grátis

Literalmente não haverá mais almoços grátis para ex-trabalhadores da EDP. A medida vai significar uma redução de 125 mil euros por ano nos custos da empresa. A medida tem um impacto tão reduzido nas contas da empresa que é bem possível que a actual administração não precisasse de comprar esta guerra. Se é certo que num plano de corte de custos, se procure maximizar o retorno para os accionistas, também é certo que quem colocou o actual presidente na empresa foi o governo português. O Sr. Mexia poderia aferir sobre as necessidades desses trabalhadores e, caso achasse que alguns deles precisam desta ajuda, poderia prescindir de algumas visitas ao Ritz, suponho que o Sr. terá habitação em Lisboa e até suponho que se as suites são usadas para reuniões, também haverá instalações da EDP na cidade.

Metas ambientais

A União Europeia prossegue a sua estratégia de reduzir o consumo de energia, no entanto, hoje parece ter dado mais um passo para manter as lâmpadas economizadoras a preços elevados. O comissário europeu Peter Mandelson afirmou que provavelmente as tarifas de importação sobre este produto vão manter-se por mais um ano. Segundo o comissário, os produtores europeus precisam de mais tempo para se ajustarem. Cá em Portugal também há umas quantas indústrias que precisavam de tempo para ajustamentos...
Há bons lobbies por essa Europa fora.

Capitalismo divino

Uma notícia que revela mais uma vez a face capitalista do Vaticano, no sítio do Diário de Notícias (Aqui), sobre a possibilidade de o Vaticano realizar voos para peregrinos com destino a Fátima.
Ao que parece o Vaticano além de outras actividades também já é proprietário de uma companhia aérea Low Cost!?

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Hospital Visconde de Salreu

De acordo com dados do INFARMED, o Hospital Visconde de Salreu continua a sua têndência de sobrecarga para o Ministério da Saúde.
O relatório sobre o consumo de medicamentos em meio hospitalar revelam que o HVS consumiu 91 162€ nos primeiros 5 meses do ano, um valor extremamente pesado em termos relativos sobre o total, só para se ter uma ideia, o HVS tem um peso de 0,0287%.

Poupe 700 euros

Eu já cheguei à mesma conclusão há bastante tempo, que o Feira Nova de Aveiro, no cabaz de produtos que costumo comprar é o mais barato. No extremo oposto coloco o Carrefour.
A notícia é da DECO-Proteste:
Poupar centenas de euros nas compras do mês é possível, sem cortar na lista ou percorrer grandes distâncias. A conclusão é da DECO PROTESTE, que visitou 572 estabelecimentos à procura dos preços mais baixos. A cadeia Feira Nova é a vencedora.
A PRO TESTE comparou mais de 66 mil preços, recolhidos em 113 localidades de norte a sul do País e Ilhas. Para reduzir a factura, o consumidor só tem de procurar, no suplemento de oito páginas da edição de Setembro, a morada do estabelecimento ou a cadeia que, perto da sua casa, tem os preços mais baixos. Segundo aquela revista, cerca de metade dos seus leitores afirma que este estudo anual influencia a escolha do supermercado.
Como os consumidores têm hábitos de compra variados, a PRO TESTE formou três cabazes:
o cabaz 1, com 100 produtos de características e marcas definidas, para quem privilegia as marcas;
o cabaz 2, que abrange 81 produtos, destina-se a quem escolhe o produto mais barato;
o cabaz 3, a estreia deste ano, composto por 64 produtos de marca própria das superfícies.
Norte e Centro com preços mais baixosOs supermercados foram classificados por tipo de produto (de mercearia, drogaria ou carne, fruta e le­gumes, etc.) e por região.
Para encher o cabaz 1, o Intermarché das Caldas das Taipas, em Guimarães, e o Intermarché da Covi­lhã são os mais baratos do País. Segue-se o Intermar­ché de Mafra e, em terceiro lugar, o Intermarché de Portalegre, revela a DECO PROTESTE.
O Norte e Centro do País têm preços mais baixos.

Chipidea

Cá está no Diário de Notícias a notícia da compra da Chipideia (notícia aqui).
A Reuters também dá a notícia (aqui).

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

FDI e desenvolvimento

Alguns teóricos recentes apontam a Investigação como um dos maiores motores do desenvolvimento de um país e consequentemente da melhoria da sua produtividade. A ChipIdeia, uma empresa com cerca de 10 anos, é comprada pela MIPS (empresa americana), por cerca de 110 milhões de euros. O resultado para a economia portuguesa é que sim, foi comprada uma importante empresa portuguesa do sector de novas tecnologias, por outro lado, existem neste momento mais 110 milhões de euros que podem ser reinvestidos e aumentar o nosso output total.
Parece-me que a empresa é adquirida por um múltiplo bastante elevado, mas não conheço os produtos que serão lançados no futuro mais próximo, é possível que tenha alguns novos produtos. Ou então pode ser apenas uma aquisição importante para a MIPS e a sua cadeia de Valor.

A traição do português

António Mexia, ex-ministro das obras públicas, actual presidente da EDP casou com a filha. Pelo menos é o que se pode entender pelo seu perfil no Portal do Governo (perfíl aqui).


António Luís Guerra Nunes Mexia

Nascido em Lisboa, em 12 de Julho de 1957
Casado com uma filha

José Manuel entalado por Durão Barroso

Notícia do Financial Times:

José Manuel Barroso, the European Commission president, has become embroiled in a party funding scandal in Portugal, his home country, with members of the European parliament demanding he answer questions about the affair.
They want to be told how much he knew about payments made by a construction group to his Social Democrats (PSD) shortly before he became prime minister in 2002 – and whether favours were rendered in return.
This week the Portuguese state prosecutor said he would consider opening a criminal investigation into the case after fresh revelations in the media.
In June the constitutional court convicted Somague, a construction and engineering company, of paying the PSD €233,000 ($318,000, £156,000) for services provided to the party by a public relations company. This exceeded the legal limit on private donations to political parties. Recent revelations have forced prosecutors to re-examine the case.
Local media allege that, less than two months after sanctioning the payment by Somague, the PSD’s finance director, who had since become public works minister, petitioned the state prosecutor’s office in a way that could be interpreted as favouring the construction company in the adjudication of a motorway construction and operation contract. The previous Socialist government had awarded it to a consortium competing with Somague, which contested the decision.
José Luís Arnaut, the PSD’s general secretary in 2001, has assumed “objective responsibility” for the donation, but says he was not aware of the facts at the time. Some believe Mr Barroso, as party leader, should also bear some blame.
A spokesman for Mr Barroso said on Friday: “This is a national issue and we do not comment on national issues.” However, she said he was prepared to answer any questions the Portuguese authorities and parliamentarians might have.
Bart Staes, a Belgian Green MEP, said: “These findings cannot be dismissed as an internal problem. [They] test Barroso’s integrity and independence.”

domingo, 26 de agosto de 2007

Desemprego em Estarreja

Dados do IEFP:


Julho de 2004: 1119 desempregados
Julho de 2005: 1162 desempregados
Julho de 2006: 1134 desempregados
Julho de 2007: 1024 desempregados

Quem dirige Portugal?

Apesar de se poder pensar que o governo constitucional dirigido pelo Sr. Eng. José Sócrates comanda o país, cá ficam umas pistas entre recomendações e políticas portuguesas:


Portugal is recommended by the Commission to:


in the context of the on-going correction of fiscal imbalances and public administration reform, redirect public spending towards uses more supportive to potential growth, while maintaining firm control over public expenditure overall;

O governo responde aumentando impostos, dois pontos percentuais no IVA, ISP, escalões do IRS e diminui o Investimento...


Portugal is recommended by the Commission to:



implement measures to strongly improve the education attainment levels of the young, and develop a vocational training system that is relevant to labour market needs and based on a "National Qualifications Framework"

O governo responde com o programa "Novas Oportunidades"...



Portugal is recommended by the Commission to:



modernise employment protection, including legislation to foster flexibility and security to reduce the high levels of labour market segmentation.

O governo responde com a Flexigurança...


Um coincidência tremenda se me perguntarem a mim, mas nunca me passaria pela cabeça que a agenda do governo seja a da Comissão Europeia.

Salários em Portugal

Ao analisar a Estatística do Emprego, referente ao segundo trimestre de 2007, há uma secção que é bastante interessante, acerca de salários. No ano de 2006, para se pertencer aos 10% mais bem remunerados (salário líquido de trabalhadores por conta de outrem) basta ganhar 1224 euros, isto não para afirmar que é fácil atingir esse salário, mas para afirmar que Portugal continua a ser um país de salários baixos. Os 10% que ganham menos têm um salário inferior a 380 euros.
A verdade do estudo demonstra que 75% da população ganha menos de 800 euros por mês, 25% ganham menos de 440 euros. Também deste estudo se pode comprovar que os melhores empregos se situam em Lisboa, pois a média de salários em Lisboa é de 877 euros, por aqui na região centro a média é de 650 euros. No norte do país o salário médio é o mais baixo, apenas 637 euros. Empresas com trabalhos qualificados monta em Lisboa, fábricas com mais requisitos de mão-de-obra do que de qualificação manda para os outros.

sábado, 25 de agosto de 2007

Razões de atraso de Portugal (II)

Para todos os fãs incondicionais de Salazar e companhia, a educação nunca foi uma prioridade, era mais urgente a criação de elites do que a necessidade de ensinar as pessoas a ler, como o próprio afirmou. Pois bem, em 1970, a média de anos de escola de um português entre os 15 e os 64 anos era de 2,4. O português médio não chegava a andar 3 anos na escola. A iliteracia abrangia aproximadamente 20% da população.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Razões de atraso de Portugal

Vou dar um pequeno contributo para explicar a diferença de produtividade entre Portugal e os outros parceiros da U.E. (quando ainda era a 15).
Este texto é sobre produtividade, para muitos o principal indicador do nível de vida em determinado país ou região. Quantifica como uma economia usa os seus recursos disponíveis. No tempo de António Guterres, havia um incentivo enorme a que houvesse uma fraca produtividade. Aqui ficam os dados:
Outubro de 1997, 19 511 famílias abrangidas pelo Rendimento Mínimo Garantido, ou 66 337 pessoas, ou ainda 0,7% da população residente.
Outubro de 1998, 100 412 famílias abrangidas pelo R.M.G., ou 311 940 pessoas, ou 3,1% da população residente.
Outubro de 1999, 143 360 famílias abrangidas pelo R.M.G., ou 427 461 pessoas, ou seja 4,3% da população residente.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

As mãos andam muito sujinhas

Só ninguém parece conseguir explicar porque é que a Somague pagou. Talvez tenha sido um erro da tesouraria da Novodesign, enviando uma factura para a empresa errada (acontece), que por sua vez originou outro erro na tesouraria da Somague, que talvez seja um pouco amadora e pague facturas que não estarão registadas na contabilidade da empresa.
É prática comum em empresas mais organizadas, haver um certo protocolo quando aparecem facturas acima de determinado valor, que têm de ser assinadas as ordens de pagamento por mais do que um administrador (será que nenhum achou estranho?) quando as despesas não fazem parte dos orçamentos do ano (ou será que faziam?).
Notícia do Jornal de Negócios (aqui).
Será que existe algum coeficiente de determinação entre a presença do PSD no Governo e o pagamento? E querem os senhores ser oposição...

Então é assim que eles fazem...

Não há nada como ser honesto e dizer-se aquilo que se pensa. José Luis de La Torre, director de uma divisão da Fomento de Construcciones Y Contratas, S.A., disse desta forma ao Financial Times porque é que as empresas espanholas estão a ganhar uma fatia considerável de concursos nos novos países membros da U.E.:


"Spanish companies are experts at tapping EU funds. We can teach the new member states how to do it. We want them to . . . put the funds available to the best possible use"


Talvez seja por isso que já apanharam à U.E. noventa mil milhões de euros de apoios para infraestruturas desde que entraram para a União (obras efectuadas em Espanha).

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Estatística como passatempo


Como adepto de futebol e curioso da estatística, gosto de fazer alguns cálculos sobre quem vai ganhar jogos. A minha estatística é confirmada por um site de apostas bastante conhecido.

As minhas cobaias para as estatísticas são normalmente ou o Chelsea ou MAN UTD, devido à sua estabilidade (treinadores), o que no caso do MAN UTD permite séries mais longas.

No caso deste fim de semana, estive a calcular os dados para o Chelsea - Portsmouth, sendo que, desde que José Mourinho está no comando da equipa londrina, a probabilidade de o Chelsea ganhar este encontro é de 100% (nem sequer levei em conta nos cálculos o facto de José Mourinho não ter perdido ainda um jogo em casa desde que treina a equipa). O site de apostas, dá a quem apostar na equipa do Portsmouth um retorno de 10 vezes o montante apostado, no caso do empate o retorno é de 5 vezes o montante apostado (uma boa confirmação dos meus cálculos). Eu não aposto, mas se alguém quiser seguir a dica...

Irresponsabilidade sem limites.

Quando se é totalmente irresponsável, não se pode ter grande credibilidade. Miguel Portas escreveu:
"Está a dar que falar o primeiro acto de desobediência civil ecológica realizada em Portugal. Ainda bem e gostaria de declarar a minha simpatia com o gesto.Distancio-me, assim, das respeitáveis opiniões da Quercus e da Almargem - ambas com trabalho mais que meritório - que criticaram o gesto, concordando embora com os seus objectivos. Tais posições reflectem, acima de tudo, uma cultura de prudência ante a desobediência civil que penso ser injustificada e tradicionalista"
Já agora, se uma cambada de parasitas achar que a minha casa é ecológicamente desagradável podem entrar e destruir a mesma, ou talvez o meu carro, se por acaso não agradar aos senhores podem vir e destruir a propriedade de quem trabalha. Já apanhar propriedades a estes parasitas será mais difícil, nenhum deles é conhecido por ser grande trabalhador. Nem o Miguel Portas.
Porque será que lhes chamam irresponsáveis?

Portanto mais uma obra em Lisboa?

Continuando com a equidade que leva a lágrimas qualquer defensor de regionalização, lá vão ser aprovados mais dois mil milhões de euros para mais uma obra de acesso à principal cidade de Portugal.
E aqui os tipos que usam a A29 é que são uns sacanas que querem extorquir os contribuintes deste país. Pelas minhas contas, sem manutenção, custos administrativos ou qualquer custo adicional de obras e outros necessários para a manutenção não se vai aplicar o princípio de utilizador pagador porque com 50 anos de amortização do projecto a conta dá quase 3 500 000€ por mês.
É só um projecto, mas de uma maneira ou de outra vai acontecer, se não for túnel será uma ponte. Já nem vale a penafazer mais considerações sobre qual é a cidade portuguesa que é engordada a toda a força.
Notícia do Jornal Sol aqui.

Mais alguns postos de trabalho

O sítio "Notícias de Aveiro" dá notícia de mais algumas dezenas de postos de trabalho a serem criados em Estarreja.
A notícia pode ser consultada aqui.

Não deveria ser ao contrário?

Existem crianças na praia da Torreira a promover a consciência ambiental de adultos. Infelizmente há pessoas que precisam que uma criança os ensine a comportarem-se com civismo. É pena as crianças não poderem trabalhar durante o período nocturno, porque também a essa hora existe muita gente que não tem grande educação ambiental...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

"Combata a obesidade à dentada"


"Combata a obesidade à dentada" é o título de uma campanha efectuada pela Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça (APMA). A associação está a efectuar acções de promoção do consumo de maçã como forma de conseguir uma alimentação mais saudável, a promoção passa pela publicação em jornais e revistas de publicidade e pela distribuição por algumas praias do seu produto, gratuitamente.

É óptimo ver alguém a aproveitar o financiamento da U.E. para promover os seus produtos, é que o Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas tem os fundos para serem usados, não para serem devolvidos de novo. Mas os financiamentos não são concedidos a entidades individuais, são para agrupamentos de produtores. A verdade é que os agricultores que constituem este tipo de associações têm a hipótese de apoio durante 5 anos para despesas de constituição e administrativas e para o plano de reconhecimento. Os limites do apoio são em função da produção do agrupamento de produtores.

O único reconhecimento de produtos por estes lados é dos Ovos Moles e da carne Marinhoa.

sábado, 18 de agosto de 2007

Imigração, a culpa não é dos imigrantes

Não para falar dos imigrantes, mas sobre as políticas de imigração. Se há coisa que me deixa com um sorriso nos lábios, é a afirmação que o mercado de trabalho é muito rígido em Portugal. E isto tem tudo a haver com a questão da imigração.
Os trabalhadores são pessoas que querem bons trabalhos e bons salários, não porque precisam apenas de comer mas porque precisam igualmente de satisfazer as suas necessidades. E como as pessoas têm sentimentos, preocupam-se com a procura de trabalho (por parte das empresas) e a qualidade dessa oferta.
Sem entrar nos pormenores da teoria económica do mercado de trabalho, é fácil entender que a escassez de mão de obra para trabalhar em tanto centro comercial iria fazer subir os custos do trabalho, para acalmar os alarmados patrões pouco interessados em partilha de lucros com empregados, o governo garante um stock permanente de trabalhadores de países com qualidade inferior de vida (por exemplo o Brasil) com um stock permanente de pessoas que esperam uma oportunidade de poderem melhorar a sua qualidade de vida. Empregados mais dispostos a manter os salários bastante baixos, alguns mesmo com contratos de tempo parcial mas que acabam por fazer horários inteiros sem receber mais por isso. Se o fenómeno ainda não é muito visível por aqui, quem passa por exemplo num famoso centro comercial de Cascais pode descobrir facilmente esta realidade.
O problema é que os patrões (os medíocres) têm medo do efeito borboleta, pois se existisse uma verdadeira política de imigração, o país teria melhores salários, as empresas medíocres afundariam-se mais facilmente. Bem querem atirar lama para os olhos com a saída de empresas com mão de obra intensiva de Portugal, mas depois fomentam a exploração barata para manter os mesmos na mesma situação.
Andamos sempre atrás porque a oligarquia dominante alimenta o país de políticos à medida das suas necessidades. Portugal no fundo? Não é realmente um mistério porque lá andamos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Actividade de Lobby

Novo Complexo de Piscinas Municipais de Estarreja

Descrição do projecto:


O projecto do novo Complexo de Piscinas Municipais de Estarreja foi apresentado em reunião do executivo camarário em Outubro 2005. O investimento previsto é de 2,8 milhões de euros.
Constituído por três pisos, o equipamento vai nascer junto ao Estádio do CDE sendo destinado a fins balneares e actividades recreativas, formativas e desportivas. A Autarquia prevê lançar o concurso internacional para execução da obra até ao final do ano. A construção deverá ter início no primeiro semestre de 2006.
A intervenção arquitectónica apresentada rege-se por quatro directrizes fundamentais: a definição de uma praça pública, a criação de uma vasta zona verde, a construção de três campos de ténis e de um complexo de piscinas cobertas.
A praça pública, junto à entrada principal do edifício, e a intervenção nos espaços exteriores circundantes materializam zonas de convívio, lazer e desporto, ponto de encontro de pessoas, estabelecendo-se a preservação e criação de áreas ajardinadas e arborizadas. Os estacionamentos localizam-se junto à rede viária.
O terreno de implantação possui boas condições de acessibilidade e complementa outros espaços públicos de desporto e lazer. Na envolvente destacam-se as instalações do Clube Desportivo de Estarreja e a Escola Secundária.
Uma das principais preocupações para a concepção da piscina foi a clara distinção dos espaços interiores para evitar conflitos entre as diferentes funções espaciais. Destacam-se quatro sectores: a zona do público, a zona de serviços anexos, a zona de banho e a zona de serviços técnicos.
A piscina coberta terá dois tanques artificiais. O de 18x10m considera-se de aprendizagem ou recreio e o tanque 25x18 classifica-se como desportivo. A zona de serviços técnicos funciona ao nível da cave.
O espaço do bar possui vista panorâmica para a praça exterior e para o complexo de ténis, fazendo parte da composição do alçado principal do edifício. A sua localização permite igualmente visão para o interior da nave.
Num corpo localizado a norte, situam-se as áreas de ginásio, “health-club”, salas de “squash” e respectivos balneários.
A disposição dos dois volumes que compõem o edifício permite a criação de um pátio interior ajardinado. Para esta área ficam voltados os espaços de “health club”, nomeadamente a sala de relaxamento.
Existe ainda um espaço interior com carácter polivalente, destinado a sala de eventos. Este espaço localiza-se na frontaria do edifício, ao nível da cave, voltado para um espaço complementar exterior onde se situa um anfiteatro.
Construída em 1986, a actual Piscina Municipal de Estarreja, situada no centro da Cidade, apresenta várias lacunas: inexistência de um espaço social ou bancada, o grande grau de humidade impossibilita a informatização dos serviços e limitações ao nível da tecnologia do tratamento e aquecimento da água. Por outro lado, a actual piscina implica custos de manutenção elevados.
Face às carências detectadas, a Câmara Municipal optou por construir o Complexo de Piscinas equipado com 2 piscinas cobertas, ginásio, “health club”, hidromassagem, 2 campos de squash e 3 de ténis, auditório e bar.
Oferecendo outro tipo de condições e diversificando as actividades, tais como ginásio, sauna, jacuzzi, o novo Complexo irá contribuir para o desenvolvimento da prática desportiva dos Munícipes.
O texto sobre o projecto é da responsabilidade da Câmara Municipal (ligação aqui).
Meu caro José Eduardo Matos, faça lá a piscina, eu agradeço.

Emprego e desemprego

O INE apresentou os dados relativos a emprego no segundo trimestre de 2007. Os dados mais relevantes da comparação com o mesmo período do ano anterior foi o aumento da população activa de 5 586 400 para 5 595 200, uma diminuição da população empregada de 5 180 800 no segundo trimestre de 2006 para 5 164 600 no mesmo trimestre deste ano. O número de trabalhadores com contrato sem termo desceu de 3 109 100 para 3 031 500 enquanto os trabalhadores com contrato com termo aumentou de 617 800 para 673 800 (isto nos trabalhadores por conta de outrem). De referir também o aumento dos empregados a tempo parcial de 589 400 para 630 200 enquanto que os empregados a tempo inteiro diminuiram de 4 591 500 para 4 524 400.
O desemprego aumentou de 405 600 no segundo trimestre do ano anterior para 440 500 no segundo trimestre deste ano. O desemprego de longa duração continua a aumentar, o desemprego de pessoas com ensino superior aumentou (25,1%), o único ponto positivo nos números relativos a desempregados foi no desemprego dos 15 aos 24 anos (-3%).

A ridícula crise

A crise actual nos mercados financeiros deve-se sobretudo a um sistema demasiado complexo do mercado de crédito, com a criação de produtos financeiros que são extremamente dependentes do comportamento de outros mercados principais. Neste caso do mercado de crédito, existe um índice (chamado de ABX index BBB, Mortgage backed securities), que funciona pela titularização dos mercados de crédito tradicionais. Ora bem, nos mercados de crédito tradicionais já se chegava ao ridículo de compra de casas (nos E.U.A.), para alugar ou para posterior venda a preços completamente especulativos (para dar uma ideia, havia compras de casa para posterior arrendamento que levaria, aos preços de arrendamento de mercado, a retornos a quase 40 anos), os bancos felizes por aumentarem os seus lucros emprestavam aos dois lados com facilidade, a quem compra casa e a quem as contrói, livrando-se de muito do risco destes créditos por titularização dos créditos.
Como nada pode crescer sem sentido a coisa tinha de parar, para já os bancos europeus não foram muito afectados, com excepções de alguns distintos membros em França e Alemanha e de fundos no Reino Unido. Já nos Estados Unidos para além de falências causadas por esta crise, o que eu acho incrível é a capacidade dos bancos de não serem honestos sobre as suas perdas, o que já levou o novo presidente francês Sarkozy a pedir maior transparência nos mercados. O banco americano Goldman Sachs apenas refere que vai injectar 3 000 000 000$ num dos seus fundos, o Bear Stearns fechou um fundo onde se estima que tenha perdido 20 000 000 000$. O índice ABX BBB perdeu cerca de 60% desde Janeiro e é esperado que ainda haja muita perda por aí escondida.
Na europa o enigma continua, o BNP Paribas suspendeu três dos seus fundos apenas referindo-se a uma evaporação de liquidez, A AXA registou problemas de liquidez em dois fundos, o Commerzbank é afectado pela falência do Homebanc nos E.U.A., mas apenas refere que as suas perdas andarão nos dois dígitos (em milhões de euros) e o Postbank referiu que tem 600 000 000€ de activos expostos a este mercado de crédito o que fez as suas acções caírem 5% num dia.
Tenho pena que o responsável do Banco Central Europeu não seja muito sério e venha dizer que voltou tudo ao normal, não voltou tudo ao normal senhor Trichet, também se entende que os bancos podem continuar o seu caminho de irresponsabilidade, têm sempre por trás um banco central para os socorrer, os tipos no fim da linha é que não têm. Já agora o pai da crise, o senhor Greenspan que até aconselhava os americanos a atirarem-se de cabeça a esta nova oportunidade poderia ter dado agora uma palavra de conforto, ou uma explicação, qualquer coisa.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Imigração

O Diário de Aveiro de hoje (notícia aqui) indicava que no país existe já uma ocupação de empregos significativa por parte de imigrantes, no distrito de Aveiro indicava a existência de 10 000 imigrantes e que já representam até 20% da mão de obra do distrito.
Por outro lado no Jornal Público de dia 13 deste mês (notícia aqui), indica que o número de imigrantes tem vindo a diminuir desde 2001.
Segundo o INE a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2007 era de 8,4%.
Não tenho um conhecimento muito profundo do mercado de trabalho, mas certamente parte da imigração a que se refere o jornal Público, especialmente os emigrantes de leste estarão mais voltados para trabalhos mais afectados pela situação económica (por exemplo construção). Os dados referentes à contradição entre o número de imigrantes empregados e o valor do desemprego em Portugal terá explicações mais complexas que não tentaria nunca explicar sem dados concretos. De qualquer forma é um paradoxo interessante.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Turismo em alta

Apesar da minha visão diferente para o desenvolvimento, não tenho nada contra as pessoas que pensam que é pelo turismo que o país vai avançar, respeito a perspectiva mas penso de forma diferente.
Aqui está a notícia do JN a falar de um aumento, embora sem números muito conclusivos, do turismo em Aveiro. Quem anda pela cidade normalmente durante o dia, certamente que percebe o aumento de turistas.
"Mais turistas, pelo segundo ano consecutivo. Hotéis e restaurantes mais cheios. Passeios de barco, e city-tour mais procurados. Estadias mais prolongadas. O Turismo, na região de Aveiro, está a passar por um bom momento.As estatísticas da Região de Turismo "Rota da Luz", relativas aos atendimentos nos balcões do posto de turismo de Aveiro, atestam um incremento de 26%, de Janeiro e Julho e de mais de 33 % só no mês de Julho. Um aumento que se percebe nas ruas e os números da Associação da Hotelaria Regional do Distrito de Aveiro (AHRDA) atestam.Na cidade de Aveiro, a ocupação hoteleira teve um incremento de 13%, no mês de Julho, enquanto, ao nível de toda a região, o aumento médio do número de dormidas foi, no mesmo período, de 17%. Com uma particularidade, nada despicienda. "Há, hoje, mais pessoas a ficarem mais noites na região", diz Óscar Damaya, presidente da AHRDA.As estatísticas confirmam o predomínio dos espanhóis, seguidos dos nacionais. O que poderá ser explicado pela melhoria da situação económica em Espanha, mas também, pelo facto de a A25 (auto-estrada Aveiro-Vilar Formoso), completa desde o Setembro do ano passado, ser, agora, uma via de acesso ao litoral aveirense mais rápida e segura do que era o IP5. Também o número de franceses e italianos tem vindo a aumentar, muito provavelmente fruto da promoção - "um trabalho altamente meritório", na opinião do presidente da Rota da Luz - que o Turismo de Portugal tem feito nesses países.Porém, de uma forma geral, hoteleiros, industriais de restauração e demais operadores referem, como determinante, "o dinamismo" e a "postura mais colaborante" da actual direcção da Região de Turismo."Hoje há colaboração entre os vários agentes", reconhece Rui Barros, da Ecoria, o maior operador de passeios de barco na ria, que regista um aumento da procura da ordem dos 25%."De há dois anos para trás é melhor nem falar. A Região de Turismo esteve parada. Sem ideias, nem articulação com o sector. E isso reflectia-se na ocupação hoteleira", dizia, ainda há poucos dias, o presidente da associação de hoteleiros, Óscar Damaya, sem papas na língua.A diversificação da oferta, através de novos produtos e/ou pacotes de serviços e o trabalho colaborativo (de hotéis, restaurantes e outros operadores, Região de Turismo e câmaras) na promoção tanto interna como externa tem sido, para o presidente da Rota da Luz, a chave do crescimento da actividade turística na região.Aí, Pedro Silva, reconhece que, apesar do esforço promocional que a Região de Turismo tem vindo a desenvolver, os maiores créditos devem ser atribuídos "ao trabalho de qualidade da associação de hoteleiros, que tem sido muito dinâmica"."Os hotéis já não vendem apenas dormidas. Vendem um produto integrado. Vendem a dormida, mas também vendem visitas à cidade, vendem circuitos e vendem passeios na ria. Isto é, um pacote turístico. E isso já começa a reflectir-se na ocupação e no aumento de duração das estadias", argumenta Pedro Silva. "

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Hospital sem controlo

A Inspecção Geral de Saúde não mostrou grande entusiasmo pelas práticas adoptadas no Hospital Visconde de Salreu quando a questão se refere à sua gestão. A notícia do "O Aveiro" aponta várias falhas importantes. Na função pública parece haver sempre incidentes acerca das compras, ajustes directos pouco claros parecem ser o prato principal do gestor público médio.
A notícia aqui.

Travessia com sentido (notícia JN)

"O ferry-boat "Cale da Vila", transportou 1570 automóveis e 5210 pessoas entre o Forte da Barra (Ílhavo) e S. Jacinto (Aveiro), na primeira semana de carreiras regulares, evidenciando uma procura que parece estar ao nível do esperado, revelou, ontem , a MoveAveiro."Para já está a ser um sucesso", diz o presidente da Junta de Freguesia de S. Jacinto, António Costeira. Mesmo nos primeiros dias, em que a procura terá sido menor, por desconhecimento (há quem aponte o facto da entrada em funcionamento do "ferry" não ter sido publicitada e a falta de sinalização) a procura esteve à altura das expectativas. E a partir do meio da semana, começaram a formar-se filas."Na sexta-feira a maior parte das carreiras esgotou", adiantou, por sua vez, o vereador Pedro Ferreira, administrador da empresa municipal de mobilidade MoveAveiro, que explora o ferry-boat, ainda sem ter conhecimento do "movimento" de sábado e domingo. No fim-de-semana, " houve carros que ficaram em terra", testemunha António Costeira, registando que, nos últimos dias, houve quem, "por não querer ficar uma hora à espera na fila (o "ferry" transporta 14 viaturas, em média e as carreiras são de hora a hora) optasse por efectuar o percurso de regresso, cerca de 100 quilómetros até Aveiro, por estrada".Dino Silva, do restaurante "Peixaria", confirma que "de facto, notou-se, no fim-de-semana, um aumento do movimento de carros em S. Jacinto e de pessoas a passar". Outra questão é saber até que ponto esse aumento do movimento de pessoas e viaturas decorre da entrada em funcionamento do ferry-boat ou se é apenas reflexo do período de férias que atravessamos. "É difícil de dizer, porque estamos no Verão e a praia traz muita gente ", adverte Maria da Luz, do restaurante Américo Calisto. "A partir do mês que vem é que vamos ver", vaticina. O presidente da Junta concorda "é preciso esperar pelo fim do Verão para vermos qual vai ser o impacto real do ferry no dia-a-dia de S. Jacinto"."

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Betuwe Line

Um dos mais controversos projectos de infraestruturas públicas na Holanda está finalmente pronto. A Betuwe Line como é conhecida, liga o Porto de Roterdão (e não só) com a Alemanha e em geral com a U.E.. A oposição maior a este projecto fez-se por motivos ambientais, por ser considerado pelos movimentos ambientalistas que este mega-projecto teria impacto sobre a paisagem e a nível de ruído. O principal objectivo desta linha é retirar parte do movimento das autoestradas para um meio mais rápido e mais seguro de transporte.
Chegou-se à conclusão que este projecto vai ainda aumentar mais o potencial do Porto de Roterdão como porto de entrada na Europa, o que deixou os ambientalistas ainda mais desencantados com o projecto.
Em Portugal também poderia ser feita uma ligação para dinamizar um ou dois portos nacionais, retirar trânsito do IP5 ao mesmo tempo que se aumentava a atracção do distrito para fixação de empresas.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Escolher a escola do seu filho

No sítio na rede da SIC, é possível encontrar uma compilação de um ranking de escolas, este ranking é dado pela média ponderada da média das classificações internas de frequência e da média dos exames do 12.º ano. Apesar de poder haver argumentos em defesa dos resultados de uma escola em relação a outra (por exemplo pode alegar-se que o número de exames efectuados a disciplinas de maior dificuldade numa escola são superiores aos efectuados noutra escola), a verdade é que há diferenças muito grandes entre escolas, especialmente quando levamos em conta apenas os exames do 12.º ano. Do topo da classificação, nos dez melhores, parece-me claro que a performance mais honesta é das escolas: Colégio São João de Brito (O nível de exigência da escola parece ser superior ao pedido nos exames) e da Escola Secundária do Restelo, que apesar de as classificações internas se situarem nos 13 valores, a performance semelhante nos exames permite-lhes estar entre as melhores. No extremo oposto por exemplo o Externato de nossa senhora de Fátima consegue estar no fundo da lista porque as classificações dos exames são desoladoras. O que leva por exemplo a concluir que o nível de exigência da Escola Secundária do Restelo com uma média de 13,65 nas classificações internas e 13,42 é muito superior ao do aluno do Externato Nossa Senhora de Fátima com 11,85 e 6,95 respectivamente. O aluno médio perde 1,8 valores durante o ensino regular e depois numa prova semelhante perde quase 6,5 valores? O que dá uma ideia que nem sequer o acesso ao ensino superior é muito justo, além de mostrar as deficiências do ensino em algumas escolas.
A Escola Secundária de Estarreja ficou no lugar 174 da lista com uma média de 13,31 no CIF e uma média de 10,58 nos exames.

Bancos sem liquidez

Parece que a quebra de liquidez é mesmo séria. 49 bancos já aceitaram a oferta do Banco Central Europeu de cobertura de liquidez e os empréstimos já chegaram aos 95 mil milhões de euros. Sexta Feira para recordar.
Para quem tem créditos (particulares) o BCE não empresta. Só mesmo para banqueiros em apuros.
Uma pergunta sem sentido: O dinheiro injectado pelo BCE não faz descer ainda mais os mercados?
Aditamento: Hoje o BCE já emprestou mais 65 mil milhões de euros.

Crash nas bolsas mundiais

Parece que ninguém previa que o crédito pudesse afectar desta forma o comportamento dos mercados (Este tipo previa) embora nem ele pensasse que a coisa corresse mal tão rapidamente.
Agora as bolsas caem e os bancos centrais querem armar-se em espertos e tentar controlar a situação, só o nosso BCE saiu logo a correr e injectou mais de 61 mil milhões de euros no mercado (notícia). Eu não tenho culpa que os idiotas sem cérebro coloquem o dinheiro em risco, também não me interessa se isso afecta gente importante ou um sistema capitalista, agora quando os tipos do BCE, da Reserva Federal dos E.U.A. e todos os outros se põem a injectar dinheiro no mercado, eu consulto a minha bola de cristal e sei o resultado da medida. INFLAÇÃO, que eu não preciso porque já ganho suficientemente pouco para daqui a uns meses visitar o supermercado e ver as etiquetas dos preços.
Cá em Portugal, suponho que o nosso Ministro das Finanças tenha algum mal estar, afinal se a coisa corre mal nos mercados financeiros, a coisa passa para a economia e rapidamente teremos mais uns quantos socialistas em fuga, após um período de aumento de receita (E NÃO DIMINUIÇÃO DA DESPESA) do Estado.
Também há aquela questão do crédito à habitação, estes movimentos dos mercados não são nada bons para quem tem créditos a pagar. Quando o BCE terminar a aventura idiota de poupar as carteiras dos idiotas que têm mais olhos que barriga (ou cérebro digo eu) quem vai pagar é a taxa de juro, que terá de aumentar para compensar estas injecções de capital na economia, afinal o objectivo dos senhores é a estabilidade de preços e não vão mudar de política agora pois não?
Aditamento: A boa notícia é que o preço da gasolina pode baixar, isto na hipótese de não mexerem no ISP para aumentar receitas.

Subtrair para poupar

Este ministério da educação parece-se cada vez mais com uma empresa em decadência mal gerida, em vez de encontrar soluções para dinamizar o problema e inverter a situação, limita-se a cortar no denominador para que os números que apresenta fiquem melhor, mais difícil é mexer no numerador da fracção e realmente resolver os problemas.
Aqui fica a notícia dos encerramentos de jardins de infância um pouco por todo o país, também por aqui encerram alguns. (Notícia do Diário de Aveiro).

"Os jardins-de-infância de Laginhas (Albergaria-a-Velha), Agualevada e Monte Cima (Estarreja) não irão funcionar no próximo ano lectivo, denunciou ontem o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC). A estrutura sindical sedeada em Coimbra acusa o Ministério da Educação de encerrar 33 jardins-de-infância só na região Centro do país e de ter mentido quando, em Março passado, negou categoricamente o fecho de estabelecimentos. (...)"

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Vergonha?

O link para o Notícias da Aldeia, eu já tinha dito que alguém na CCDR-C já devia ter sido posto na rua. Ninguém foi, a empresa seguindo a sua política de responsabilidade social, continua numa demanda por equidade a distribuir a porcaria pelo país.

sábado, 4 de agosto de 2007

Factos sobre a OTA

O texto é de Luis Guimarães Lobato, professor do Instituto Superior Técnico, publicado na revista Ingenium n.º 99, se a OTA perde para a Margem Sul em todos os aspectos aqui apresentados, porque motivo se quer fazer o aeroporto na OTA?

Por volta do decénio de 1960, o Eng.º Victor Veres, então director geral da Aeronáutica Civil, verificou que a expansão dos transportes aéreos era muito superior à prevista. Nestas condições, o aeroporto da Portela teria dificuldade em acompanhar uma tal expansão por falta de espaço de reserva para a ampliação das instalações técnicas e complementares nos próximos decénios de exploração do actual aeroporto. Era, portanto, necessário encontrar nova localização para o novo aeroporto de Lisboa, tanto mais que ele poderia servir de plataforma de distribuição de tráfego aéreo intercontinental em relação à América, Brasil e países africanos. Aprovada esta proposta pelo então ministro das comunicações, Eng.º Carlos Ribeiro, este determinou que fossem ouvidas missões técnicas sobre aquela nova localização. Para este efeito, foram convidadas as missões que tinham sido responsáveis pela construção e localização dos novos aeroportos na Europa e EUA.
As missões em referência foram conclusivas em relação à exclusão da margem direita do Tejo para nela se instalar o novo aeroporto, pelas razões que a seguir serão indicadas. Do mesmo modo, foram unânimes em designar 14 localizações na margem Sul do Tejo. Na sequência dos relatórios das missões técnicas, o ministro Carlos Ribeiro criou o G.N.A.L. – Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa – para prosseguir a concretização da selecção da área do novo aeroporto de Lisboa. O estudo comparado das 14 localizações, agora tendo em conta a isócrona mais favorável da ligação a Lisboa, acabou por seleccionar a localização do Novo Aeroporto na área da margem Sul compreendida entre o Rio Frio e a margem esquerda do Tejo.
De facto, não era verdadeira a afirmação de que resultavam dois locais – Rio Frio e Ota – pelo menos enquanto existiu o G.N.A.L..
Em virtude de fortes pressões sobre a localização do novo aeroporto, o Ministro das Obras Públicas e Comunicações do governo de Marcelo Caetano, assim que subiu ao poder, extinguiu o G.N.A.L.. Depois do 25 de Abril aparece a Ota como o local referido para o novo aeroporto, contrariando a opinião unânime das missões técnicas já referidas, de não implantar o novo aeroporto na margem direita do Tejo.
Passemos agora, resumidamente, à enumeração das exigências e condicionamentos que presidiram à selecção pelas missões técnicas, da nova localização do novo aeroporto.
1. CAMPO DE VISÃO
O novo aeroporto deveria ter um campo de visão livre de 360º até à distância aconselhável da manobra dos aviões – aterragem e descolagem.
Margem Sul do Tejo
Qualquer localização nesta margem dispõe de campo de visão de 360º e permitiria a localização de pistas sem interferência de outros corredores aéreos.
Ota
Campo de visão restrito a 180º em virtude do paralelismo com a serra de Montemuro. Loca-lização condicionada das pistas no sentido Nor-te/Sul devido ao posicionamento em relação à serra de Montemuro. Corredores aéreos com interferência de outros corredores e a linha de indústrias da margem direita do Tejo.
2. METEOROLOGIA
O aeroporto exige a localização dependente de ventos largos e favoráveis aos movimentos dos aviões e condições gerais tanto quanto possível boas para movimentações aéreas.
Margem Sul do Tejo
Qualquer localização estudada pelas missões técnicas apresentou-se com boas condições meteorológicas.
Ota
As condições meteorológicas deste local são completamente adversas às movimentações aéreas, segundo conclusões das missões técnicas. Primeiro, em virtude das condições muito desfavoráveis dos ventos dominantes do quadrante norte, apresentando-se sempre lateralmente às pistas, não só com fortes rajadas como turbulências altamente inconvenientes. Segundo, a grande frequência de nevoeiros e brumas nos períodos da manhã e no fim do dia, provocadas pela proximidade do rio Tejo.
3. DISPONIBILIDADE DAS ÁREAS NECESSÁRIAS PARA AS INSTALAÇÕES TÉCNICAS E PARA A GRANDE GAMADE INSTALAÇÕES COMPLEMENTARESDE SERVIÇOS DIRECTOS E TODAA VARIEDADE DE APOIOS DESTINADOSAO FUNCIONAMENTO INTEGRADODO AEROPORTO
Margem Sul do Tejo
A grande planície a sul do Tejo permite estabelecer a área necessária para a instalação do aeroporto e sua futura expansão sem quaisquer limitações de terrenos disponíveis, tal como se concebe na concepção de um aeroporto nacional e destinado também a serviço internacional. A sua localização depende principalmente da melhor isócrona das comunicações e transportes com Lisboa e o resto do País. Como se disse e para satisfação dos condicionamentos enunciados, deveria dar-se preferência à área compreendida entre o Rio Frio e a margem Sul do Tejo.
Ota
Como foi dito, as missões técnicas em causa foram unânimes em excluir a margem direita para a legalização do novo aeroporto, tendo em conta a dificuldade de obtenção de áreas extensas e conformadas para uma devida localização.
4. CONSTRUÇÃO
Para construção do novo aeroporto é dada preferência à disponibilidade da larga área com movimentos de terra somente pequenos, facilitando, assim, a construção das pistas actuais e da expansão sobre terreno natural. Qualquer intercalação de troços de pista sobre aterros é altamente indesejável porquanto qualquer pequeno abatimento de aterros pode levar ao encerramento do aero-porto durante o tempo necessário para nova consolidação dos mesmos aterros.
Margem Sul do Tejo
As disponibilidades de superfícies livres de terreno natural para as instalações técnicas são totais. Haveria apenas pequenos movimentos de terras para regularização geral do terreno. A distribuição de carga dos impactos às pistas seria minimizada pelas próprias características para a sua construção. Deste modo, não haveria alteração geotécnica dos terrenos, não haveria alterações geotécnicas hidrológicas das superfícies, onde seriam construídas as instalações técnicas e complementares do novo aeroporto.
Ota
As instalações técnicas e complementares do novo aeroporto teriam de ser construídas sobre a criação de uma plataforma geral, construída acima do nível das cheias do Tejo. Isto criaria a necessidade de integrar numa unidade, terrenos naturais e aterros. Também para efeito de disponibilidade desta plataforma, seria necessário realizar grandes movimentos de terra, incluindo os de segurança dos movimentos dos aviões. A execução de aterros bem consolidados e à prova das infiltrações das cheias do Tejo seria um obstáculo difícil de vencer para garantir não haver abatimentos. Mais umas condições técnicas de exclusão da margem direita do Tejo para localizar o novo aeroporto.
5. ACESSOS AO NOVO AEROPORTO
Segundo as missões técnicas, os acessos ao aeroporto deveriam ser os múltiplos das redes nacionais e regionais, não só em relação a Lisboa, mas a todo o País. Assim, o novo aeroporto deveria ficar em relação a Lisboa, numa isócrona de 20 a 40 minutos por ligação directa a Lisboa. Para este efeito, o aero-porto seria integrado nas redes nacionais dos caminhos-de-ferro com ligações directas ao Norte e ao Sul. Também deveria dispor de ligações ferroviárias regionais, tipo metropolitano de ligação a Lisboa. Do mesmo modo, deveria ser reservado espaço para qualquer nova ligação ferroviária. As ligações rodoviárias a Lisboa e sua região e ao Norte e Sul do País deveriam ser integradas com liberdade de circulação nas redes nacionais e regionais.
Margem Sul do Tejo
A localização na margem Sul do Tejo permitiria, com toda a disponibilidade, as necessárias instalações de amplas gares ferroviárias e igualmente o estabelecimento de todas as modalidades de transporte ferroviá-rio. Deste modo, seria respeitada a localização com a isócrona desejada.
Ota
A dificuldade de obtenção de espaços livres seria grande para o estabelecimento das instalações dos transportes por forma a serem integrados na isócrona de 20 a 40 minutos, dada a estreiteza das áreas disponíveis entre a margem do Tejo e as fraldas da serra de Montemuro. Foi mais um parâmetro de exclusão, à qual se juntariam as dificuldades técnicas, por falta de espaço, para o estabelecimento das ligações directas a Lisboa.
6. PLANEAMENTO GLOBAL
Em virtude da experiência já havida, foi aconselhado prever logo à partida as áreas necessárias para o estabelecimento do novo aeroporto e de sua futura expansão, por forma a constituir uma unidade global aeroportuária e todos os seus apoios complementares. Em resumo, seriam consideradas as seguintes áreas especializadas integradas numa unidade de funcionamento lógico: a área mais importante em relação às restantes seria destinada a todas as instalações técnicas, entre outras, as pistas e sua expansão, a gare de passageiros, as instalações técnicas de comando dos movimentos aéreos, as plataformas para estacionamento de aviões de carga aérea, os hangares de revisão dos aviões, as oficinas de apoio aos aviões e aos serviços, a gare e mais instalações de apoio à plataforma de helicópteros, os depósitos de redes de abastecimento de combustíveis e mais todo o equipamento de apoio ao funcionamento do aeroporto, cais de movimentação por transporte terrestre de apoio à aerogare nas suas modalidades individuais, públicas e colectivas e parques de estacionamento a curto e longo prazo. Gare de ligações ferroviárias próprias do aeroporto e das linhas de passagem das redes nacionais.
Segunda área importante: a das implantações dos edifícios destinados a serviços e a instalações turísticas e comerciais.
Em virtude da experiência vivida e das exigências exponenciais verificadas, é necessário prever uma área importante destinada a instalações industriais, designadamente agro--industriais e de mecânica ligeiras e finas muito dependentes para a sua expansão do transporte aéreo imediato.
Finalmente, todo este conjunto de instalações deveria ser apoiado por uma unidade urbana de 15 a 20 mil habitantes destinada a todo o pessoal trabalhador do novo aeroporto.
Margem Sul do Tejo
A margem Sul do Tejo dispõe de áreas suficientes para a criação de uma unidade aero-portuária/urbana, desde que seja elaborado o plano de conjunto do novo aeroporto
Ota
Face às exigências do conglomerado técnico--urbano do novo aeroporto, foi mais um parâmetro de exclusão da margem direita por não serem aceitáveis afastamentos entre as diversas áreas específicas do conglomerado.
7. CONCLUSÃO
De acordo com as conclusões das missões técnicas então encarregadas dos estudos de localização do novo aeroporto, estas foram, no seu conjunto, completamente desfavoráveis à localização do novo aeroporto na margem direita do Tejo, até porque o impacto directo da movimentação aeroportuária seria altamente desconfortável para a população da faixa já muito urbanizada da margem Norte do Tejo. Teve-se também em conta o custo muito menor da construção do novo aeroporto na margem Sul do Tejo.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Beethoven by Wilhelm Kempff

Para esquecer as filas de trânsito intermináveis. Ar condicionado e uma sistema de som compatível com a obra.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Farmácia no Santa Maria

Li a mesma notícia que o Vladimiro Silva, no sítio do Diário Económico, sobre o concurso para uma nova farmácia (a primeira de seis ao que parece) em regime de concessão por 5 anos, com um preço de 600 000 €, acrescidos de 3% da facturação.
Concordo com o aspecto que não será para qualquer pessoa o concurso (o Vladimiro Silva falava em pequenos farmacêuticos, suponho que já seja aberto a qualquer concorrente esta concessão), penso que o Vladimiro Silva ainda não entendeu que o sector, embora Portugal seja um país pequeno, tem uma dimensão enorme, sendo as suas perspectivas muito aliciantes para o futuro.
Sobre o pagamento concretamente, certamente aparecerão interessados (não só grandes grupos, talvez até mesmo alguém ligado à ANF quem sabe...) e quem negoceia este tipo de contratos não vai ver o que dá. Assina contratos com cláusulas onde se prevê a facturação, com penalizações para o lado do Estado caso esta não se atinja (como fazem os concessionários de auto-estradas).
A juntar ao mercado potencial, tal como acontece com a grande distribuição, a margem de lucro pode ser pequena mas, a dimensão do negócio faz dele um bom negócio, a implantação dentro do hospital traz mais alguns serviços (por exemplo segurança) no pacote, que as outras farmácias não têm.
Simplesmente, tal como na distribuição, os donos dos mini-mercados estão a ver a construção de hipermercado perto deles e sabem que o negócio nunca mais será o mesmo.

A CCDR-C nas notícias

Para que as pessoas deste concelho não pensem que o comportamento da CCDR-C no caso das lamas de Canelas foi intencional, cá fica o exemplo do intenso e competente trabalho dos senhores:

Por seu lado, Moura Maia, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, responsável pela monotorização ambiental, disse ao JN que o problema levou à marcação de uma reunião para hoje. E acrescentou que se tratava, só, de uma falha num servidor informático. Mas, quando questionado sobre se no caso concreto da estação da Avenida Fernão de Magalhães, em Coimbra, não haveria um problema que impedia totalmente a medição dos poluentes, admitiu que sim. "Se calhar, há quase um ano", afirmou Moura Maia, referindo que um conflito com o senhorio do prédio onde estava instalado o equipamento levou à sua desactivação.

Para quem conhece a avenida Fernão Magalhães em Coimbra, não precisará de uma medição para lhe dizer que não é uma rua onde deva permanecer muito tempo, umas boas inalações bastam. (A notícia completa aqui)

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O mês negro para os Iberistas

Como é sabido pela maior parte dos portugueses (Pina Moura, Mário Lino, Comunistas emigrantes e companhia preferem lembrar esses tempos como negros), o mês de Agosto, mais propriamente o dia 14, foi um dia decisivo na história de Portugal, corria o ano de 1385 e, tal como estes senhores o tipo do outro lado da fronteira D. Juan de Castela pensava que este pequeno território fazia parte da península e não deveria ser autónomo.
Do lado de cá, o nosso tipo D. João e Nuno Álvares Pereira juntamente com ajuda externa de onde se pensa que vieram algumas das tácticas usadas na batalha simplesmente achavam que não éramos espanhóis e que merecíamos ser independentes.
A história da batalha, embora não seja completamente precisa pode ser consultada para quem quiser mais detalhes. O moral da história é que se não tivessem havido batalhas como aquela, Portugal não tinha tido a história que teve. Deveriam lembrar-se também que não foi só o exército anglo-português que chacinou os espanhóis, também as populações mataram bastantes espanhóis enquanto estes fugiam. Se um dia destes os tipos decidem atravessar a fronteira outra vez são capazes de perder outra vez e vocês como apoiantes, pode ser que ao passarem na fuga, também levem umas cacetadas.

Más notícias (Controlo de rendas)

António Costa que não fazia coligações com ninguém, afinal faz coligação (não era esta a novidade). A recém formada coligação para Lisboa, prevê uma medida que não vai contribuir em nada para a melhoria da habitação em Lisboa. Rendas Controladas em 25% dos imóveis construidos ou reabilitados.
A medida parece boa, afinal, assim dá a possibilidade a qualquer um de morar em Lisboa independentemente do seu rendimento. O que esta medida faz é destruir o mercado em Lisboa, era sinceramente mais fácil colocar uma bomba na cidade para a destruir mais rapidamente. O problema é que os efeitos de uma política como esta, será sentido ao longo dos anos e não a curto prazo. A curto prazo, será sentida uma escassez de casas, a oferta, aos preços controlados não tem interesse em fornecer tantas casas como faria sem controlo, a procura irá aumentar, porque os preços mais baixos, são acessíveis a mais pessoas. No longo prazo, os fornecedores de habitações, não têm incentivo económico (a não ser que o preço nos 75% sem renda controlada aumente de forma a compensar a medida, o que prejudica duplamente quem paga impostos) para construir novas habitações, ao mesmo tempo que perdem um incentivo para manutenções nas casas de custo controlado. Do lado da procura, os preços mais baixos, trazem mais gente para o mercado à procura das casas, tanto pessoas que já moravam na cidade como pessoas de fora. No longo prazo tanto a procura como a oferta tornam-se mais elásticos dificultando ainda mais um equilibrio que não o forçado pelo controlo de preços.
A medida criará listas de espera, um mercado de arrendamento onde os senhorios discriminarão os seus inquilinos (preferirá pessoas sem filhos, pode escolher a raça, etc.) ao mesmo tempo que conservarão listas de espera. O passar de um dinheirinho por baixo da mesa para adquirir estas casas também acontecerá.
Grande António Costa.

S. Jacinto finalmente parte de Aveiro?

De acordo com um Jornal de Notícias desta semana e do Jornal Público hoje, a ligação por ferry boat será iniciada brevemente entre a praia da Barra e S. Jacinto.
Finalmente, pessoas que visitam as praias de Ílhavo, que tenham curiosidade de conhecer as que estão mais a norte não terão de fazer quase uma centena de quilómetros de automóvel para passear do lado de cá. Infelizmente é pena que já só em pleno mês de Agosto esteja disponível o ferry, por certo o Verão será a altura em que fará mais sentido a travessia.
Quanto aos preços, segundo o JN serão de 5 € para os automóveis e de 2 € para os passageiros. Infelizmente os preços não permitirão mais do que apenas a visita de turistas, este preço será certamente uma barreira ao fluxo constante de pessoas entre os dois pontos.
O ferry custos segundo as notícias 500 000 €, tendo já efectuado serviço em Entre-os-Rios.