quarta-feira, 11 de julho de 2007

Política

Se há coisa que eu não gosto nada é de memória curta e aproveitamento de circunstância. Há políticos que se esquecem que o seu partido esteve no poder e deu origem a problemas que têm um desfasamento temporal e acabam por acontecer no ciclo seguinte.
Podem sempre alegar que não eram eles que estávam a comandar o partido, etc. mas, não podem atirar responsabilidades para cima dos outros para ver se a coisa cola.
Usando como exemplo o caso do Eco-Parque, houve um atraso considerável nas obras, houve um atirar de culpas para cima do actual executivo, na minha perspectiva, o PS iniciou o projecto, mas empolou demasiado os seus feitos e após alguns meses de arrastar da situação, acabou tudo com uma vitória, embora não total, esmagadora para o lado do actual executivo.
Mais recentemente houve a situação do hospital. Se acho que a postura do director da unidade merecia uma total oposição dos Cidadãos de Estarreja à continuação de tal pessoa por este concelho, já o PS local, analisando correctamente o desenrolar dos acontecimentos no sector da saúde formulou uma proposta enquadrada com as concessões no processo de reorganização das urgências. Esta proposta parece-me semelhante à que acabou por sair da reunião entre a comissão de utentes e os partidos políticos locais.
O que eu gostava de ver na política local era, não o aproveitamento, como no caso da IKEA, que não entendo como o PS usa esse argumento tantas vezes, quando me parecia claro que se fosse preciso o ministro da Economia teria subornado os responsáveis da IKEA só para eles escolherem Paços de Ferreira, mas sim um pouco mais de espírito aberto ao debate. E existindo um pouco mais desse espírito, tudo o que a oposição diz não deve ser descartado imediatamente só porque são oposição. E caso houvesse este espírito de contribuir para melhorar o concelho, não fica nada mal a quem está no poder aparecer com as pessoas da oposição que contribuem para bons projectos.

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