Além de campanhas eleitorais sem ideias, além do desespero de um candidato vencedor em encontrar gente em Famalicão para agitar umas bandeiras na noite de Domingo em Lisboa (é melhor não arriscar, em Lisboa estava difícil encontrar quem fosse votar quanto mais convencer alguém a ir passar a noite a olhar para o António Costa), houve alguns acontecimentos que não devem passar ao lado das notícias. Em primeiro lugar a minha surpresa por ver um Ministro da Agricultura tão aberto à iniciativa de arranque de vinhas. Como já tinha escrito antes, como era previsível, os franceses disseram logo "non", uma proposta que pretende favorecer os vinhos dos produtores de maior dimensão e que pretende favorecer os produtores do norte da Europa, que com menos horas de sol são os que mais são favorecidos com parte das medidas da U.E., cá estamos nós como sempre, prontos para levar uma fatia maior do que o nosso prato suporta.
Em segundo lugar, não estará na hora de renegociar a quota de produção de leite dos produtores portugueses? Continua a diminuir a produção, a variação anual quando comparado o ano de 2005 com 2006 é de menos 5% no continente. Se houvesse um excesso de produção até poderia ser que as medidas fossem correctas mas, num país com um défice de 77 000 toneladas (não faço ideia porque é medido em quilos) não faria sentido permitir pelo menos que a produção pudesse ser equivalente à procura interna? Se produtores estrangeiros procurarem um país para produzir lacticínios não escolherão Espanha? É que afinal precisarão importar a matéria prima.
Eu não entendo nada de agricultura mas surgem-me algumas questões...
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