segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Comissão Nacional de Caçadores Portugueses


· A CNCP engloba dez formações regionais com a cobertura total do território;
· Os cerca de 250 mil caçadores lutam contra um processo que pensavam já estar resolvido e que é o da conflituosidade na caça em praça pública;
· A caça é hoje uma prática consciente e que desempenha um papel fundamental, sendo que os caçadores ajudam o comércio, abrem caminhos que facilitam o acesso a zonas difíceis, semeiam terrenos para assim alimentar os animais durante todo o ano, limpam as matas e florestas e apoiam na divulgação e sensibilização das populações;
· Por outro lado, o desenvolvimento da caça turística é uma actividade fundamental para o desenvolvimento económico das zonas do interior e um contributo concreto para diminuir o fenómeno da sazonalidade, típico por exemplo do Turismo no Algarve;
· Mostrou estar seriamente preocupado com a actual situação da caça em Portugal após o Senhor Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas ter afirmado não estar receptivo a alterar a regulamentação que fixou a proibição da actividade cinegética a menos de 500 metros das casas de habitação. Explicou que o tiro atinge 80/90 metros, sendo que os 250 metros previstos inicialmente eram mais que suficiente. Os 500 metros acha que é um autêntico exagero, inviabilizando a caça e inviabilizando precisamente aqueles que querem desenvolver o interior da serra e criar postos de trabalho;
· A proibição do Governo inviabiliza a prática da caça em cerca de dois terços do território nacional, nomeadamente no Algarve, Oeste e entre Douro e Minho. E por isso mesmo, a CNCP terá que tomar uma posição em relação às declarações do Sr. Secretário de Estado e caso não haja cedência por parte do Governo, garantiu que haverá medidas de luta muito fortes;
· A seca também esta na lista das preocupações dos caçadores, com prejuízos graves para a população cinegética, embora tenham vindo a investir para que não falte a água às populações cinegéticas e não cinegéticas ;
· Integrar a actividade na oferta turística da região do Algarve é uma matéria que permitirá medir o peso económico da caça no Algarve e a criação de roteiros turísticos e gastronómicos seria um passo importante para o turismo de caça;


Fonte: Audiência de 29 de Junho de 2005, subcomissão de agricultura, desenvolvimento rural e pescas.

A exposição é feita pela Confederação Nacional de Caçadores Portugueses CNCP

2 comentários:

AC disse...

Os 250 mil caçadores citados representam menos de 2,5% da população residente, uma minoria que se julga com direito divino de abate de espécies que fazem parte de todo um património comunitário. São indivíduos que entram nas propriedades privadas, destruindo o que lhes não pertence. Que matam por prazer e, por tal, merecem o meu repúdio.

Ainda assim, enquanto actividade praticada em reservas especialmente criadas, geridas e pagas com o seu dinheiro, nada tenho contra.

Não é o que aqui se passa nos terrenos do Baixo Vouga. Quem para aqui vem matar espécies protegidas e outras, vem a coberto da madrugada e pelas dez da manhã já se foi embora. A sua presença não traz qualquer actividade económica à zona e é bom que se não confundam os conceitos de caça predatória com práticas éticas e legais. Igualmente, é desejável que todos tenhamos alguma consciência ambiental que nos ajude a discernir entre as condições locais – uma zona de protecção especial – e as áreas de caça onde é feita a gestão dos efectivos e o devido repovoamento, sempre que tal é necessário.
Cpts

Pedro Javier Mazzoni disse...

Caro Abel Cunha,
Apenas queria dar a conhecer o lobby dos caçadores, alguns dos seus argumentos, se bem que nenhum me pareça particularmente forte e são certamente todos vagos de mais para serem ponderados com seriedade.