quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Despejar lamas está a tornar-se moda

A notícia é do Jornal de Notícias:

A empresa responsável pela deposição de lamas provenientes da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Areosa na vizinha freguesia de Carreço, em Viana do Castelo, veio a público afirmar que a actividade que desenvolve é legal, sendo do conhecimento tanto da firma multimunicipal Águas do Minho e Lima (AML), a quem presta o serviço, como da Câmara de Viana do Castelo. Indignada com a situação, a Junta de Carreço vai exigir, em tribunal, uma indemnização "pelos danos causados à freguesia", e apresentar, também, uma providência cautelar, com vista à paragem "imediata" dos trabalhos e consequente limpeza dos terrenos "afectados".Em comunicado, os responsáveis pela referida empresa, com sede em Coimbra, assinalam que a aplicação das lamas "decorre de actividade perfeitamente enquadrada na legislação nacional e comunitária, sendo efectuada por técnicos responsáveis e com conhecimento dos trabalhos executados". Mais refere a empresa que a solução preconizada "é, do ponto de vista técnico, ambiental e económico, sustentada por organizações internacionais e apoiada por ambientalistas, uma vez que reduz tanto o consumo de água como a aplicação de adubos químicos, reciclando substâncias que todos nós cidadãos produzimos diariamente".Considerando que o trabalho desenvolvido pela empresa "faz parte da solução e não do problema", o documento alude a trabalhos semelhantes, desenvolvidos um pouco por todo o país, dando conta que a firma "não está disponível para alimentar polémicas ou interesses de índole pessoal ou corporativo, mas para esclarecer e clarificar as questões levantadas pelas populações locais".Revoltado com o despejo das lamas da ETAR em terrenos da freguesia, o autarca de Carreço, Viana da Rocha, disse que terão sido já depositados mais de mil metros cúbicos desses resíduos na Veiga de Paçô, a curta distância de praia com o mesmo nome, que é há muito distinguida com o galardão da bandeira azul.Sobre a questão, fonte da administração da AML havia já referido que a empresa em causa "é responsável pela recolha e despejo das lamas", tendo a Câmara Municipal, segundo indicou o líder do Executivo, Defensor Moura, participado a ocorrência "às entidades competentes".

1 comentário:

Anónimo disse...

Atualmente as lamas já não são um problema,podendo ser tratadas, já existem muitas empresas existem em Portugal licenciadas e que realizam o tratamento correcto das lamas, seja com centros de recepção no Norte e no Sul, embora parece continuar a ser normal empresas que realizam a recolha e o dito "tratamento" para as camaras municipais as colocarem na terras, ainda com o argumento que é bom para os solos, e agarram-se a ideia antiga que a lei permite, sendo facilmente credivel quando apresentam um tão baixo custo de tratamento, esse custo ás vezes até é ridiculo, mas com um alto custo para os donos das terras que "vão na cantiga" nos ditos Eng. com nomes sonantes e outros que nem sabem que lhe andam a colocar as lamas nas terras, mas tamebm é proibido as colocar em aterros, a lei actual tambem proibe isso, e até proibe realizar mudanças nas lamas para que lá possam ser colocadas, as lamas tem que ser alvo de valorização e aproveitamento.

Embora seja pena que as empresas produtoras de residuos não tenham nos seus quadros pessoas atentas á lei, porque a lei alem de proibir quaquer prática de colocação de lamas nos solos, dificultam ou torna aquase impossivel alguem tentar o fazer, mas se fossem conhecedores saberiam que actualmente já não basta um simples alvará para qualquer recolha de residuos, e muito menos para a recolha e deposição de lamas,se conhecem-se a lei, essas empresas não argumentavam com lei antigas, já que apostam na ignorancia dos ditos eng. que desconhecem a lei.

Claro que é caro tratar as lamas, por essa razão cada vez mais as etars proibem ás empresas privadas irem descarregar os seus residuos nas etar, já que todos sabem que essas empresas recolhem e transportam residuos carregados de sólidos e saturados de lamas,embora ainda é normal as empresas de recolha de residuos levarem para as etar gorduras,residuos de fossas, mesmo sabendo que já tem empresas para tratar esses residuos, o argumento é muito simples que o custo é enorme para as empresas produtoras de residuos, o que não dizem é que aplicam a tabela das empresas licenciadas para tratar esses residuos e levam esses residuos para etar, conseguindo enormes lucros, mas á que lembrar que as Etars não são empresas licenciadas para o tratamento de residuos provenientes dessas empresas, e só podem tratar as águas uqe lhe chegam pelos colectores publicos.

quando as etars compreenderem que estão a ser enganadas e deixarem de deixar essas empresas que tudo metem nas etars, e fizerem as camaras municipais fazerem cumprir as empresas para instalar equipamentos de tratamento ou de retenção, as lamas de etar serão reduzidas, mas como a lei diz a responsabilidades do encaminhamento e tratamento adequado é da empresa produtora conjuntamente com os restantes operadores.