- 31,6 % de desvalorização do PSI20?
Olhando para trás, não querendo parecer arrogante, há um ano já havia um ou dois tipos que previam que as bolsas não seriam o melhor local para aplicar as poupanças.
Ligação aqui.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
domingo, 29 de junho de 2008
Comportamento anti-social
As situações de vandalismo e de roubo do bem público que ocorrem no concelho de Estarreja não são um problema só deste concelho. Ocorrem por todos os concelhos deste país, os actos de alguns prejudicam muitos.
Os problemas familiares, falta de educação, o desemprego, o abuso de álcool ou de drogas não podem servir como desculpa para prejudicar a vida das outras pessoas. Estes pequenos parasitas da sociedade aproveitam-se do esforço dos outros, com a falta de respeito que lhes é comum para arruinar o que tanto custa a produzir.
No concelho de Estarreja, a polícia devia ter um papel muito mais activo na localização dos prevaricadores e tomar acções eficazes quando alguém viola as regras de vida em sociedade. Se as pessoas que são afectadas entendem que os responsáveis não são punidos, deixam de denunciar, começam a ter medo, o que por sua vez leva a que baixem as estatísticas de criminalidade.
Suponho que nas prioridades da Administração Interna deste país para a actuação da polícia o contributo para o controlo do défice esteja acima do controlo dos comportamentos anti-sociais.
Quando alguém tenta, como foi o caso de Canelas ou de Estarreja, dar um aspecto mais limpo e mais moderno a uma estação, com grande custo para os contribuintes, não espera que os espaços públicos sejam destruídos desta maneira.
A tolerância por algum tipo de comportamento anti-social leva inevitavelmente a um acréscimo da criminalidade na sociedade. O "Chico" era um rapaz problemático, pintava umas paredes e andava com más companhias, agora já anda metido na droga, assalta carros e casas e durante o ano já visita mais casas na freguesia do que o presbítero da paróquia.
Em Estarreja neste momento rouba-se de tudo. Rouba-se areia, roubam-se árvores nos pinhais, rouba-se gasóleo onde é possível, assaltam-se casas, carros, pequenos estabelecimentos comerciais, roubam-se contadores, todo o tipo de metal que tenha valor comercial...
Podem sempre argumentar que é um problema intrínseco à sociedade nacional mas na minha opinião os problemas locais devem ser resolvidos com acções focadas e localizadas para o concelho. Suponho que os únicos criminosos que passam pelo concelho não são automobilistas que violam o Código da Estrada.
Cá ficam algumas recomendações:
- Cortar os apoios sociais (Rendimento Social de Inserção, Abono de Família, etc.) a quem é apanhado a praticar crimes.
- Maior proximidade da segurança social junto de famílias com problemas com o objectivo de prevenir que os filhos sejam arrastados para uma vida semelhante à dos pais.
- Proteger os vítimas dos crimes e quem os denuncia, não os expondo aos criminosos numa sala de audiência.
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Os problemas familiares, falta de educação, o desemprego, o abuso de álcool ou de drogas não podem servir como desculpa para prejudicar a vida das outras pessoas. Estes pequenos parasitas da sociedade aproveitam-se do esforço dos outros, com a falta de respeito que lhes é comum para arruinar o que tanto custa a produzir.
No concelho de Estarreja, a polícia devia ter um papel muito mais activo na localização dos prevaricadores e tomar acções eficazes quando alguém viola as regras de vida em sociedade. Se as pessoas que são afectadas entendem que os responsáveis não são punidos, deixam de denunciar, começam a ter medo, o que por sua vez leva a que baixem as estatísticas de criminalidade.
Suponho que nas prioridades da Administração Interna deste país para a actuação da polícia o contributo para o controlo do défice esteja acima do controlo dos comportamentos anti-sociais.
Quando alguém tenta, como foi o caso de Canelas ou de Estarreja, dar um aspecto mais limpo e mais moderno a uma estação, com grande custo para os contribuintes, não espera que os espaços públicos sejam destruídos desta maneira.
A tolerância por algum tipo de comportamento anti-social leva inevitavelmente a um acréscimo da criminalidade na sociedade. O "Chico" era um rapaz problemático, pintava umas paredes e andava com más companhias, agora já anda metido na droga, assalta carros e casas e durante o ano já visita mais casas na freguesia do que o presbítero da paróquia.
Em Estarreja neste momento rouba-se de tudo. Rouba-se areia, roubam-se árvores nos pinhais, rouba-se gasóleo onde é possível, assaltam-se casas, carros, pequenos estabelecimentos comerciais, roubam-se contadores, todo o tipo de metal que tenha valor comercial...
Podem sempre argumentar que é um problema intrínseco à sociedade nacional mas na minha opinião os problemas locais devem ser resolvidos com acções focadas e localizadas para o concelho. Suponho que os únicos criminosos que passam pelo concelho não são automobilistas que violam o Código da Estrada.
Cá ficam algumas recomendações:
- Cortar os apoios sociais (Rendimento Social de Inserção, Abono de Família, etc.) a quem é apanhado a praticar crimes.
- Maior proximidade da segurança social junto de famílias com problemas com o objectivo de prevenir que os filhos sejam arrastados para uma vida semelhante à dos pais.
- Proteger os vítimas dos crimes e quem os denuncia, não os expondo aos criminosos numa sala de audiência.
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segunda-feira, 9 de junho de 2008
Protecção social
Na Noruega, ao contrário do que acontece em Portugal, o custo da saúde não é um problema que preocupe os cidadãos (mesmo considerando que ganham salários em média mais altos do que em Portugal).
Na Noruega, quando alguém com cobertura da segurança social vai a um hospital tem direito a tratamento gratuito (não me disseram se como em Portugal há alguma taxa moderadora), mesmo que essa pessoa escolha um médico de clínica geral privado, o máximo que pagará do seu bolso pela consulta serão cerca de 15 euros, caso seja um especialista este valor ascende a 35 euros. Cada viagem até ao hospital tem um custo para o paciente.
O parlamento, aprova um tecto máximo que o cidadão pagará nesse ano por tratamentos (cerca de 205 euros actualmente), a partir desse valor tem direito a receber tratamento durante o resto do ano gratuitamente.
Também ao nível do subsídio de desemprego há aspectos interessantes, o subsídio de desemprego é pago com base no salário do último ano ou a média dos três últimos anos, conforme o que for mais alto, sendo o valor pago, 0.24% por dia até ao valor máximo de 55 euros por dia. Há incentivos para quem não foge aos seus impostos pois se o salário for inferior a 15 000 euros anuais apenas receberá o subsídio por um período máximo de 52 semanas, caso o salário anual fosse superior a 15 000 euros terá direito a um máximo de 104 semanas.
Claro que há uma parte desagradável de tudo isto, o trabalhador desconta 7.8 % do seu salário para a segurança social, enquanto o seu empregador terá de entregar 14.1 % e tem de pagar o subsídio de doença de um trabalhador durante os primeiros 16 dias de baixa e a idade de reforma é de 67 anos.
Na Bulgária, a idade de reforma dos homens é de 63 anos e 58 anos e 6 meses para as mulheres, os homens têm de obter 100 pontos e as mulheres 92 para serem elegíveis para a pensão (é atribuído um ponto por cada ano de idade e um ponto por cada ano de descontos para a segurança social). Não há reformas antecipadas (com excepção para algumas profissões). Basta trabalhar durante 5 dias para ter direito a baixa médica por doença embora só receba 80 % do salário e por um período máximo de 90 dias. Para receber 4 meses de subsídio de desemprego é necessário ter trabalhado pelo menos 3 anos consecutivos, quem tenha trabalhado mais de 25 anos tem direito a um máximo de 12 meses. O valor a receber é de 60 % da média dos últimos 9 meses de trabalho. Quanto aos benefícios médicos dos contribuintes, são um pouco vagos, passando por um contrato entre os prestadores de cuidados de saúde e um fundo nacional de cuidados de saúde.
Na Noruega, quando alguém com cobertura da segurança social vai a um hospital tem direito a tratamento gratuito (não me disseram se como em Portugal há alguma taxa moderadora), mesmo que essa pessoa escolha um médico de clínica geral privado, o máximo que pagará do seu bolso pela consulta serão cerca de 15 euros, caso seja um especialista este valor ascende a 35 euros. Cada viagem até ao hospital tem um custo para o paciente.
O parlamento, aprova um tecto máximo que o cidadão pagará nesse ano por tratamentos (cerca de 205 euros actualmente), a partir desse valor tem direito a receber tratamento durante o resto do ano gratuitamente.
Também ao nível do subsídio de desemprego há aspectos interessantes, o subsídio de desemprego é pago com base no salário do último ano ou a média dos três últimos anos, conforme o que for mais alto, sendo o valor pago, 0.24% por dia até ao valor máximo de 55 euros por dia. Há incentivos para quem não foge aos seus impostos pois se o salário for inferior a 15 000 euros anuais apenas receberá o subsídio por um período máximo de 52 semanas, caso o salário anual fosse superior a 15 000 euros terá direito a um máximo de 104 semanas.
Claro que há uma parte desagradável de tudo isto, o trabalhador desconta 7.8 % do seu salário para a segurança social, enquanto o seu empregador terá de entregar 14.1 % e tem de pagar o subsídio de doença de um trabalhador durante os primeiros 16 dias de baixa e a idade de reforma é de 67 anos.
Na Bulgária, a idade de reforma dos homens é de 63 anos e 58 anos e 6 meses para as mulheres, os homens têm de obter 100 pontos e as mulheres 92 para serem elegíveis para a pensão (é atribuído um ponto por cada ano de idade e um ponto por cada ano de descontos para a segurança social). Não há reformas antecipadas (com excepção para algumas profissões). Basta trabalhar durante 5 dias para ter direito a baixa médica por doença embora só receba 80 % do salário e por um período máximo de 90 dias. Para receber 4 meses de subsídio de desemprego é necessário ter trabalhado pelo menos 3 anos consecutivos, quem tenha trabalhado mais de 25 anos tem direito a um máximo de 12 meses. O valor a receber é de 60 % da média dos últimos 9 meses de trabalho. Quanto aos benefícios médicos dos contribuintes, são um pouco vagos, passando por um contrato entre os prestadores de cuidados de saúde e um fundo nacional de cuidados de saúde.
domingo, 1 de junho de 2008
Cartel informal
Apesar da ilegalidade da formação de cartéis no nosso país, sem dúvida que eles ocorrem, algumas vezes esta prática é descoberta mas é ao mesmo tempo muito difícil de provar.
Em Portugal está a ocorrer um fenómeno chamado colusão tácita. Neste cartel existe um oligopólio em determinado mercado (neste caso no da refinação e distribuição de combustíveis) e existe uma empresa dominante que altera o preço sendo seguida pelos restantes agentes do lado da oferta. O que é extraordinário é que a estrutura de custos em Portugal é tão semelhante entre empresas que as mudanças de preço se dão normalmente me simultâneo e ao segundo.
O mais estranho é que este tipo de cartel nem é novidade, já ocorreu noutros países nos anos 70, ao nível da distribuição.
A questão dos oligopólios no futuro vai trazer outros casos deste tipo, há cada vez mais concentração ao nível do retalho automóvel, dos hipermercados e a nível empresarial é cada vez mais difícil encontrar diferentes distribuidores tal é o nível da concentração a que se vai assistindo.
Entretanto o boicote marcado não vai produzir os efeitos desejados porque o problema não está no retalho mas sim na distribuição e refinação. É muito improvável que o abastecimento de uma bomba de gasolina em Portugal não seja feito a partir das refinarias da Galp.
Neste momento a alta do petróleo nos mercados internacionais já fez uma coisa extraordinária, afectou o consumo de gasolina nos E.U.A. mas a realidade é que a procura de combustíveis é bastante rígida especialmente no curto prazo e por isso o cenário não deverá mudar muito nos próximos tempos.
Em Portugal está a ocorrer um fenómeno chamado colusão tácita. Neste cartel existe um oligopólio em determinado mercado (neste caso no da refinação e distribuição de combustíveis) e existe uma empresa dominante que altera o preço sendo seguida pelos restantes agentes do lado da oferta. O que é extraordinário é que a estrutura de custos em Portugal é tão semelhante entre empresas que as mudanças de preço se dão normalmente me simultâneo e ao segundo.
O mais estranho é que este tipo de cartel nem é novidade, já ocorreu noutros países nos anos 70, ao nível da distribuição.
A questão dos oligopólios no futuro vai trazer outros casos deste tipo, há cada vez mais concentração ao nível do retalho automóvel, dos hipermercados e a nível empresarial é cada vez mais difícil encontrar diferentes distribuidores tal é o nível da concentração a que se vai assistindo.
Entretanto o boicote marcado não vai produzir os efeitos desejados porque o problema não está no retalho mas sim na distribuição e refinação. É muito improvável que o abastecimento de uma bomba de gasolina em Portugal não seja feito a partir das refinarias da Galp.
Neste momento a alta do petróleo nos mercados internacionais já fez uma coisa extraordinária, afectou o consumo de gasolina nos E.U.A. mas a realidade é que a procura de combustíveis é bastante rígida especialmente no curto prazo e por isso o cenário não deverá mudar muito nos próximos tempos.
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