segunda-feira, 28 de julho de 2008

Repetição da história

"As condições financeiras são terrivelmente más, a dívida externa muito elevada, a população está a diminuir. Os impostos aumentam continuamente, a corte e os nobres mantêm uma vida de esplendor e dissipação. A talha, imposto directo recai sobre as classes populares. O contraste entre ricos e pobres, o luxo e a miséria acentua-se." Era assim a descrição da França no início do século XVIII, qualquer semelhança com a actualidade é pura coincidência.
O mundo não está em crise quando a dívida dos E.U.A. pesa 30 000 dólares sobre cada americano (60 000 se levarmos em conta só os que trabalham)...
A coisa já não vai lá mesmo com taxas de juro reais negativas.Os bancos americanos estão mais preocupados em consolidar os balanços do que aproveitar a política expansionista. Os executivos que provocaram a crise são postos de lado, com o pesado fardo de compensações milionárias pelo dispensa.
Gostava de saber se alguém fez as contas aos prejuízos de todos os investimentos de longo prazo feitos nos E.U.A. por empresas, particulares e Estados, em títulos denominados em dólares...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Desemprego

Não entendo muito de macroeconomia mas pela minha estimativa, daqui a algum tempo, quando terminar a perseguição da comunicação social a cada empresa que fecha no sector têxtil, componentes para automóveis, etc. vão começar a reparar que a construção já está numa trajectória descendente e a perder empregos há algum tempo.
O fenómeno é cada vez mais evidente.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Robin Hood

Penso que a maioria das pessoas ainda não entendeu que o imposto Robin Hood, em Portugal, não incide sobre os lucros das empresas petrolíferas mas sobre a maneira como contabilizam os stocks de petróleo e se obtêm mais valias com essa contabilização.

Banco Comercial Português

Para o cliente mais desatento, talvez não fosse má ideia informar-se sobre o novo preçário do Millennium BCP. A nova administração trouxe a receita da Caixa Geral de Depósitos, para aumentar os lucros, não havendo estratégia, aumentam-se as comissões aos clientes.
Para quem quiser conhecer as comissões de manutenção de conta:

http://www.millenniumbcp.pt/multimedia/archive/00407/Precario_20080707_n_407597a.pdf

Outras comissões em:

http://www.millenniumbcp.pt/

Leitura recomendada

Pedro Guerreiro do Jornal de Negócios comenta a descida do IVA.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Manuel (Action Man) Pinho

O Sr. Ministro da Economia, Manuel Pinho, em vez de fazer palhaçadas em hipermercados enquanto procura ver se a redução do IVA foi repercutida nos preços dos bens e serviços vendidos, deveria ter visitado um qualquer posto de pagamento, de uma qualquer autoestrada nacional e verificava se há diferenças entre os preços no final de Junho e no início de Julho.
Os custos de menu afectam tanto uma grande empresa como a Brisa ou a loja de bairro.

sábado, 5 de julho de 2008

AdP & Companhia

Quanto maior o número de empresas detidas pelo Estado, quanto maior a regulação em determinado sector de actividade, maior a probabilidade de existir corrupção e pessoas que procuram rendas.
Privilégios pessoais, salários e prémios altos sem nada fazer para o merecer, segurança no posto de trabalho, favorecimento de empresas externas em concursos, etc.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Obras públicas...

O Abel Cunha (aqui), podia aproveitar para referir que além das infraestruturas, empresas como por exemplo a TAP, na maior parte dos anos fiscais apresenta prejuízos em vez de lucros. Uma empresa que já anda na linha que separa o lucro do prejuízo, que utilizará o novo aeroporto como base, com os custos acrescidos que lhe trará, continuará a pesar nos bolsos dos portugueses (dos que pagam impostos pelo menos).

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Bons exemplos

O Sr. Pedro Vaz, considera que o Banco Central Europeu (BCE) está a fazer um trabalho miserável. Parece que até a mãe do Sr. Trichet já perdeu a fé nele.
Como suponho que o Sr. não entende muito de negócios, nem de expectativas de empresas, não terá grande conhecimento do impacto da inflação na economia e no investimento das empresas. Provavelmente conhecerá alguém que lhe possa explicar o fenómeno.
Mais ou menos como aconteceu no Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), no final de 1996 os Estados Membros estavam de acordo sobre as linhas de orientação para manter as finanças públicas sobre controlo. Quando alguém é atingido é que deixa de estar de acordo. Hoje há tantas excepções ao PEC que praticamente já não tem utilidade.
O tratado de Lisboa foi assinado, mas um dos signatários já está contra o mesmo (o mesmo tipo que o assinou!).
O universo de políticos competentes em Portugal é cada vez mais reduzido, até o Ministro da Economia anda na rua a controlar a descida do IVA (que palhaçada!).
O objectivo do BCE é a estabilidade de preços (que saudades dos tempos em que tínhamos um Banco Central rigoroso cá em Portugal), não é andar ao sabor dos políticos sem qualquer noção de economia.

A opinião aqui.

Explicação do que é a estabilidade de preços (pensado para crianças) para principiantes. Depois podem aprofundar o conhecimento da coisa. Há imensas coisas interessantes como saber o que acontece quando um governo imprime demasiado dinheiro (coisa que um governo socialista conhece bem)...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Ingrid Betancourt

Suponho que amanhã as notícias serão ocupadas pelo menos uma boa meia hora por noticiário com esta senhora. Lá se vai o esforço do nosso primeiro ministro na entrevista desta noite... Relegada para segundo plano.

Um empurrão... Pequenino.

Como se podia ter feito os estaleiros de São Jacinto um líder europeu? Como os senhores na Grécia. Injectavam-se 363 milhões de dólares do dinheiro dos contribuintes durante uns anos, em empréstimos, garantias e injecções de capital.
Ou então podia fazer-se como na Alemanha, usar 572 milhões de euros dos contribuintes para ajudar a Deutsche Post a cobrir prejuízos. Suponho que cá já se faz isso, com o dinheiro dos contribuintes a colocar uma empresa do Estado a competir com empresas privadas nas entregas expresso. É para isso que serve o dinheiro público afinal, tanto na Alemanha como aqui.