Um artigo publicado no Semanário Expresso deste fim de semana, intitulado "A fuga das galinhas", expunha o problema dos criadores de galinhas poedeiras. Ao que parece, a União Europeia criou regulamentos em 1999, com o objectivo de melhorar as condições de vida das galinhas e ao mesmo tempo de produtividade. O que parece curto é o período dado para o ajustamento, apenas até ao ano de 2012.
O problema de boa parte dos "gestores" de pequenas e médias empresas (nas grandes empresas o problema é mais de agência e não de eles saberem quais são as atitudes correctas), é que não entendem grande coisa de gestão, pelo menos não de gestão estratégica de negócio. Mais do que entender conceitos como taxas internas de retorno de projectos ou de valor económico acrescentado, o que qualquer estudante de uma cadeira de finanças aprende, embora alguns se esqueçam rapidamente, é que as regras mais simples são as mais difíceis de seguir:
Os investimentos devem apenas efectuar-se em projectos que tragam um retorno maior do que aquele que o proprietário do negócio (accionista) conseguiria com investimentos alternativos. Caso não se verifique esta condição, o papel do gestor é muito simples, devolver os lucros sobre a forma de dividendos e deixar o proprietário investir nos projectos alternativos que tem fora da unidade de negócio.
É aqui que o gestor medíocre intervém, com uma década de investimentos em BMW, casas de praia, sobrecarga da empresa com todos os custos possíveis e imagináveis que lembrem a quem manda na empresa, deixando o negócio, segundo palavras da associação do sector "os empresários portugueses garantem que não têm capacidade financeira para realizar os investimentos exigidos", sem capacidade para investir em imobilizado, que garantirá a sustentabilidade da empresa a longo prazo. É que se numa década, a empresa não consegue libertar meios para fazer as remodelações necessárias, então o gestor andou a enganar o patrão e o patrão não faz a mínima ideia do negócio em que está envolvido. Muitas vezes o patrão e o gestor nas pequenas empresas são a mesma pessoa.
Agora lá vem o - Oh Meu Deus que vamos fechar, vem aí o desemprego no sector, vêm aí os ovos espanhóis (onde aparentemente não se devem aplicar as regras dos galinheiros, visto que eles não vão falir) e vejam lá se mandam uns subsídios para a malta viver (e já agora o Mercedes está a ficar desactualizado e o meu status social está a baixar).
São empresários destes que fazem um país caminhar lenta mas calmamente para o fundo, com a produtividade medíocre que o INE, corroboradas pelo Eurostat, apresenta todos os anos. Mandem lá o subsídio aos homens, o país precisa deles e eles precisam do país.
O problema de boa parte dos "gestores" de pequenas e médias empresas (nas grandes empresas o problema é mais de agência e não de eles saberem quais são as atitudes correctas), é que não entendem grande coisa de gestão, pelo menos não de gestão estratégica de negócio. Mais do que entender conceitos como taxas internas de retorno de projectos ou de valor económico acrescentado, o que qualquer estudante de uma cadeira de finanças aprende, embora alguns se esqueçam rapidamente, é que as regras mais simples são as mais difíceis de seguir:
Os investimentos devem apenas efectuar-se em projectos que tragam um retorno maior do que aquele que o proprietário do negócio (accionista) conseguiria com investimentos alternativos. Caso não se verifique esta condição, o papel do gestor é muito simples, devolver os lucros sobre a forma de dividendos e deixar o proprietário investir nos projectos alternativos que tem fora da unidade de negócio.
É aqui que o gestor medíocre intervém, com uma década de investimentos em BMW, casas de praia, sobrecarga da empresa com todos os custos possíveis e imagináveis que lembrem a quem manda na empresa, deixando o negócio, segundo palavras da associação do sector "os empresários portugueses garantem que não têm capacidade financeira para realizar os investimentos exigidos", sem capacidade para investir em imobilizado, que garantirá a sustentabilidade da empresa a longo prazo. É que se numa década, a empresa não consegue libertar meios para fazer as remodelações necessárias, então o gestor andou a enganar o patrão e o patrão não faz a mínima ideia do negócio em que está envolvido. Muitas vezes o patrão e o gestor nas pequenas empresas são a mesma pessoa.
Agora lá vem o - Oh Meu Deus que vamos fechar, vem aí o desemprego no sector, vêm aí os ovos espanhóis (onde aparentemente não se devem aplicar as regras dos galinheiros, visto que eles não vão falir) e vejam lá se mandam uns subsídios para a malta viver (e já agora o Mercedes está a ficar desactualizado e o meu status social está a baixar).
São empresários destes que fazem um país caminhar lenta mas calmamente para o fundo, com a produtividade medíocre que o INE, corroboradas pelo Eurostat, apresenta todos os anos. Mandem lá o subsídio aos homens, o país precisa deles e eles precisam do país.
1 comentário:
É nesse sector, na panificação, etc, etc.
É como se costuma dizer: "Portugal tem patrões a mais e gestores a menos"
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