sábado, 8 de novembro de 2008

Futebol

O comportamento desportivo do F.C. do Porto este ano é equivalente à prestação de contas que fez, relativamente ao exercício de 2007/2008.
Um clube que cada vez depende mais das transferências de jogadores, diminuindo o que devia ser mais importante para um clube, os proveitos de bilheteira, televisão e produtos comerciais.
Ao mesmo tempo assiste-se ao aumento dos custos com pessoal, representado um valor insuportável, quando excluído o item das transferências de jogadores. O passivo do clube cresce ao ritmo de 2 dígitos e continua a violação do artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais (sócios pouco dispostos a perder mais dinheiro?). Salva-se o facto de ser campeão pelo terceiro ano consecutivo, o que significa simplesmente que ou a concorrência se encontra pior ou que como já foi verificado noutras ligas, os resultados desportivos no curto prazo não necessitam de apoiar-se numa situação económica equilibrada (um ponto contra o Soares Franco?!). Por outro lado, facto que parece ser confirmado por alguns estudos efectuados em Espanha, o correcto plano de aquisições, um plantel equilibrado em todas as posições e a idade média dos jogadores representam têm um forte reflexo nos resultados desportivos (poderá explicar os resultados do Benfica este ano). No entanto, a médio prazo, mais uma vez os resultados em Espanha são fatais, a estabilidade económica é sinónimo de sucesso, o que explica a incapacidade dos clubes portugueses manterem um padrão de resultados ano após ano consistente (montanha russa do Estrela da Amadora ou do Vitória de Setúbal?).

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