terça-feira, 27 de novembro de 2007

Incrível!

Mais do que um normal artigo de opinião, esta narrativa de Rui Moreira, a ser verdadeira, é um autêntico escândalo. Sem comentários...
A ler no Público.

domingo, 25 de novembro de 2007

Uma mente brilhante

Quando começamos a suspeitar das capacidades de Ben Bernanke de controlar os problemas deixados pelo seu antecessor, eis que ele mostra todo o brilhantismo, coisa que sempre me pareceu ter. Isto apesar de a comunicação social não perceber estes movimentos da economia americana, reclamar a cabeça do homem por deixar o dólar afundar.
Os Estados Unidos atingiram o limite do mercado imobiliário através de uma poupança negativa do sector privado nos últimos anos, ao mesmo tempo o saldo das relações com o exterior tem aumentado e o deficit não tem parado de crescer. Se a questão da poupança líquida não for invertida a crise é certa. É a lógica bastante simples que diz que se continuasse tudo inalterado, o deficit dos E.U.A. facilmente chegaria a números acima dos 7%, a dívida externa dispararia para valores muito superiores a 100% do PIB.
Como Bernanke tenta manter o crescimento a níveis que não afectem os números do emprego (os E.U.A. necessitam de crescer acima de 3% ao ano), precisava de estimular as exportações das empresas americanas, pressionar o consumo interno a baixar, a solução que poderá salvar a economia americana está a acontecer. O dólar está a perder valor, o que poderá permitir manter o crescimento a níveis sustentáveis, diminuir o deficit do saldo orçamental e diminuir o desnível da balança de transacções. Claro que ainda há a questão do preço de petróleo nos mercados a níveis demasiado altos mas para já, Bernanke mereceria a nota mais alta do professor Marcelo, se ele fizesse ideia do que está a acontecer.

sábado, 24 de novembro de 2007

O que o ministro nunca diz

O ministro Teixeira dos Santos diz que vai ter tolerância zero contra a fraude e a evasão fiscal.
"se não houvesse incumprimento por parte daqueles que se evadem e procuram defraudar o fisco, os contribuintes cumpridores poderiam pagar quase menos 38 por cento de IRS ou menos 25 por cento de IVA”

Nunca ouvimos um ministro pedir desculpa, aos que pagam impostos, por simplesmente haver fuga fiscal. Pedir desculpa a um contribuinte perseguído, mesmo quando acaba por ter razão (mas primeiro paga, depois fica responsável por efectuar a prova). O primeiro ministro nunca pediu desculpa por não ter cumprido a promessa eleitoral de não aumentar impostos. Por prometer que não haveria portagens nas SCUT. E não pedirá se não houver mais emprego - coisa que estrategicamente prometeu. Nunca pediu desculpa por nomear (ainda que diga que não foi ele que o fez) um ex professor, que depois de uma saída em desgraça da Estradas de Portugal, voltou para gastar o dinheiro dos tipos que pagam impostos a contratar uma funcionária brasileira, de um restaurante de centro comercial, para um posto de chefia na administração pública sem concurso...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Publicidade e a confiança das empresas

Este ano, apesar de não parecer, a publicidade nos meios de comunicação (TV, rádio, cinema, imprensa e outdoor) tem sido inferior ao ano passado. A explicação é bastante simples, as empresas de telecomunicações decidiram (pelo menos até ao momento) não gastar tanto em publicidade. Sendo assim, a Vodafone, a TMN e PT decidiram não fazer a luta sem sentido e sem resultados do ano passado (só estas 3 representaram mais de 10% do mercado).
Parece-me um sinal claro de falta de confiança na economia, as empresas não gastam o dinheiro porque não esperam resultados, apenas as cadeias de distribuição apostam forte nesta altura, ainda assim anunciando descontos agressivos na época em que deveriam garantir as melhores receitas do ano em alguns departamentos. Quem tem acções de empresas cotadas (Impresa e companhia...) devia aproveitar a época natalícia para reflectir se quer esperar até saber dos resultados do 4.º trimestre deste ano.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Leitura obrigatória

Este post no Efervescente (aqui).

Um natal mais ecológico

Os lojistas independentes, de maior ou menor dimensão, são uma fatia significativa de todos os negócios do país. No próximo natal, com o objectivo de evitar longas filas de trânsito nos acessos aos centros comerciais, causando poluição desnecessária, ao mesmo tempo ajudando o comércio tradicional, compre nas lojas de rua. Ao mesmo tempo que protege o comércio tradicional, no longo prazo mantêm empregos a nível local e estimula a que os negócios locais aumentem a gama de ofertas. As pequenas e médias empresas são responsáveis pela maioria do emprego em Portugal, não são as grandes empresas.

Não tenho qualquer tipo de negócio deste tipo (directa ou indirectamente).

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O Orçamento de Estado

Apesar de não ter dado muita atenção ao Orçamento de Estado para o ano de 2008, cada vez mais me parece que a qualidade da discussão é menor. Além de o debate se centrar em questões que nada importam para o orçamento de 2008, não são abordados temas fundamentais como a questão do emprego, a grande aposta de um governo que pensava que a economia conseguiria recuperar sozinha e sem grande esforço (e para testar a capacidade do país crescer, num cenário macroeconómico bastante desfavorável ainda aumentaram os impostos), pelas estimativas do ministro Teixeira dos Santos ainda não é em 2008 que a promessa dos empregos é cumprida.
A produtividade, aquela coisa que é o que fará os salários reais crescer no médio prazo, quem é que abordou essa questão? O que é que vai acontecer à produtividade em 2008?
Qual é o comportamento esperado para o investimento das empresas? A balança de transacções correntes do país vai mover-se em que sentido (o seu saldo)? As existências como vão variar? O governo continua à espera que o português médio continue a endividar-se e o consumo aumente?
Tantas questões que ficam sem resposta que é quase inútil a discussão no parlamento.
A função pública era um bom tema de análise, não no próximo ano mas daqui a 5.
Por último a questão do petróleo, quando é que vai haver um governo que pense que os combustíveis não são uma fonte de receita inesgotável, que uma grande parte dos custos de algumas empresas (e não são poucas), são os combustíveis?

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Bioria

Parece certo que apenas uma de duas situações aconteceu nos campos de Canelas/Salreu, ou a mão criminosa de quem na falta de melhor programa para passar os seus dias, encontrou na destruição pelo fogo um passatempo, ou a negligência acumulada com a cobardia de algum Chico-Esperto que ao ver o resultado da sua queimada fugiu para não ser responsabilizado pelos danos causados.
Os acessos ao local eram difíceis, o que não é estranho para quem já andou por aqueles lados, o que me faz pensar onde andam os meios aéreos permanentes de que António Costa tanto se vangloriava. 4 aviões pesados, 6 helicópteros médios e 4 helicópteros ligeiros, em pleno mês de Novembro nenhum estava disponível, ou então não existem.
Para quem quiser uma boa cobertura fotográfica da tragédia é altamente recomendada a visita ao blogue 7 meses.

domingo, 4 de novembro de 2007

2300 idiotas, ou não?

Não. Na verdade não são 2300 idiotas, são apenas os que estão no fundo da pirâmide. No expresso deste fim-de-semana surge mais um estúpido jogo de pirâmide, onde nada se vende, apenas ilusões, que se dá pelo nome de AGEL. É estúpido mas resulta, sendo que os enganados normalmente são pessoas mais susceptíveis a um logro deste género.
Peço desculpa a quem possivelmente possa ler as palavras que vou escrever a seguir:
- Se entra neste esquema, ou algo do género, ou é um grande idiota ou então é um aldrabão que não passa de um verme.